GP França F1: Calor pode ser dor de cabeça (lembra-se do Bahrein 2005?)

Por a 21 Julho 2022 15:32

A onda de calor que tem afetado grande parte da Europa é uma preocupação para muitas atividades e claro que as atividades desportivas ficam afetadas. Especialmente no desporto motorizado, temperaturas elevadas podem ser sinónimos de problemas para os pilotos e as equipas. Em Paul Ricard, deveremos ver temperaturas a rondar os 35º temperaturas elevadas para todos os que estiverem no circuito.

Espera-se que este seja o fim de semana mais quente em Paul Ricard desde 2018, ano em que o GP de França regressou, com a pista francesa a ser o palco desde então. Poderá não ser o fim de semana mais quente do ano, pois no GP de Espanha registaram-se temperaturas de 37.º Celsius. Claro que isto tem efeito no arrefecimento das unidades motrizes com mais ductos de ventilação a serem necessários.

“Vamos utilizar um nível médio-alto de arrefecimento na carroçaria, utilizando as aberturas de arrefecimento na parte superior da carroçaria e vamos trabalhar nas condutas de travagem para maximizar o arrefecimento dos discos, com o objetivo de afastar o calor dos pneus. As características da pista significam que teríamos feito isto de qualquer forma para contribuir tanto quanto possível para a gestão dos pneus, mas as condições quentes tornarão esta tarefa ainda mais exigente”, disse Diego Tondi, chefe do desenvolvimento aerodinâmico da Ferrari.

Este cenário poderá ser cada vez mais comum pois a subida das temperaturas parece inevitável sem medidas verdadeiramente efetivas para travar essas subidas. Assim, começamos a olhar para a subida de temperaturas como algo que pode afetar negativamente o espetáculo. Ver corridas sob um calor tórrido poderá afastar os fãs, correr com temperaturas escaldantes poderá ser incomportável e complicar ainda mais a gestão do calendário.

Basta lembrar o GP do Bahrein 2005 em que os pilotos correram com os termómetros a marcar 42.5ºC, a corrida mais quente da história da F1, uma corrida em que apenas 13 carros terminaram a prova. Nessa corrida, Tiago Monteiro foi 10º, com Fernando Alonso a vencer, numa altura em que um dos temas era o uso de jóias nos carros por parte dos pilotos. Christian Klien e Tonio Liuzzi eram os principais visados na altura, pois eram os únicos a usarem ‘piercings’. Nessa altura correram com os ‘piercings’, numa prova que a história parece condenada a repetir-se. Quanto às temperaturas, essas, têm batido recordes nunca vistos e poderão ser motivo de preocupação até para a F1. 

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