WRC: Segunda vitória de Thierry Neuville no Rali de Monte Carlo

Por a 28 Janeiro 2024 12:31

Thierry Neuville/Martijn Wydaeghe (Hyundai I20 N Rally1 Hybrid) venceram o Rali de Monte Carlo, prova de abertura do WRC 2024, depois de uma fantástica luta com Sébastien Ogier/Vincent Landais (Toyota Gr Yaris Rally1 Hybrid) em boa parte da prova, especialmente no sábado, com os belgas a darem a estocada final no primeiro troço da manhã do último dia, com um registo que deixou Ogier a 8.0s, com o francês a perceber ali que já pouco poderia fazer.

É o segundo triunfo do belga em Monte Carlo, depois da vitória em 2020, e o único a vencer no ‘Monte’ desde 2007 que não se chama Sébastien…Loeb ou Ogier!

Um grande começo de WRC 2024, já que Neuville soma 30 pontos, relativos aos 18 de ter ‘vencido’ no sábado, voltou a fazê-lo do ‘rali-sprint’ de domingo, em que bateu Elfyn Evans por 10.3s e triunfou também na Power Stage, o que significa que soma 18+7+5=30! Pontos totais.

Sébastien Ogier/Vincent Landais (Toyota Gr Yaris Rally1 Hybrid) terminaram no segundo lugar a 16.1s da frente, mas deram o que tinham, simplesmente, desta vez, Neuville foi mais forte em ‘casa’ de Ogier.

Terceiro lugar para Elfyn Evans/Scott Martin (Toyota Gr Yaris Rally1 Hybrid), que somam 21 pontos, pois foram terceiros no sábado, segundos no domingo e quartos na Power Stage.

Uma boa prova no primeiro dia, que terminaram na frente, mas já com Ogier a ‘morder os calcanhares’ e Neuville a 16.1s, mas no sábado, sem ritmo para Ogier e Neuville, caíram para terceiro a 34.9s da frente. É verdade que não teve sistema híbrido durante algum tempo, mas boa parte do tempo perdido foi puro andamento…a menos. Ainda assim, um pódio.

Ott Tänak/Martin Järveoja (Hyundai I20 N Rally1 Hybrid) terminam em quarto uma prova marcada no primeiro dia pelo tempo perdido na PE3, 41.9s, depois da saída de estrada no gelo. Tiveram a sorte de não perder mais e no resto da prova, com problemas com o motor a manter rotação alta quando o piloto tirava pé, levou a nem sequer tentar chegar mais à frente levando o carro até ao fim sem qualquer tentativa de andar mais depressa. Ainda assim, um quarto posto.

No campeonato, Neuville soma o total de pontos que havia para ganhar, 30, Ogier soma 24, Evans, 21, e Tanak 15, o que significa que a pontuação, desta feita tem correlação na classificação geral final, mas como bem sabemos, pode vir a não ser assim em alguns casos.

Boa prova de Adrien Fourmaux/Alexandre Coria (Ford Puma Rally1 Hybrid), que terminaram em quinto, que será a que em teoria vai andar a lutar na maioria das provas, talvez com a exceção da croácia, Europa Central e Japão, ou seja as de asfalto, onde anda melhor. Ficou sempre claro nesta prova que estava ‘espartilhado’ pela equipa que lhe pediu para levar o carro até ao fim e o facto de revelar que ia pedir à equipa se o deixava andar mais depressa é reveladora.

A M-Sport/Ford sabe que se for paciente vai ter carros bem classificados, e este foi um bom exemplo. Percebe-se a frustração do francês, na ‘sua’ prova não poder arriscar mais um bocadinho, mas o que fez, fez bem e em condições normais dificilmente terminaria mais acima, portanto a equipa foi prudente.

Andreas Mikkelsen/Torstein Eriksen (Hyundai I20 N Rally1 Hybrid) foram sextos classificados, mas tinham como missão adaptarem-se ao carro nesta prova pois era totalmente impossível que depois de quatro anos só a guiar rally2, pudesse chegar a Monte Carlo e fazer muito melhor. Tinha que ir melhorando ao longo da prova e foi isso que fez, embora mais para a frente não pode ficar a quase dois minutos de Fourmaux, tem de ficar à frente dele, mas cumpriu a missão e é isso que importa para já.

Takamoto Katsuta/Aaron Johnston (Toyota Gr Yaris Rally1 Hybrid) foram sétimos da geral e tiveram a sua prova completamente marcada pela saída de estrada na PE3, onde perderam quase 5m30s, pois saíram de forma mais forte que os outros concorrentes que lá caíram e o carro foi muito mais difícil de colocar na estrada pelo público, que foi bem mais rápido com Ott Tanak e Gregoire Munster, pois os carros derraparam bem mais devagar que o japonês. Talvez Takamoto Katsuta aprenda de uma vez por todas que se as notas dizem muito gelo, é para ter isso muito em conta e mais vale pecar por defeito, e ser cuidados a mais do que lhe suceder o que sucedeu. Para o local estar assim naquela altura, duas horas antes estaria bem pior, porque a temperatura era bem mais baixa, mas esse exagero condicionou toda a prova. Sem os cinco minutos perdidos teria ficado à frente de Adrien Fourmaux, em quinto. Depois disso, andou bem, fez várias vezes top 3 nos troços, incluindo na PowerStage.

Grégoire Munster/Louis Louka (Ford Puma Rally1 Hybrid) foram dos mais azarados da prova e não mereciam aquele azar. É óbvio que foram apanhados naquela zona, em que entraram um pouco depressa demais e foram bater nas barreiras do lado direito, sem que fosse possível tirar de lá o carro sem ajuda, porque não havia público na zona e o local era perigoso, porque as rodas do lado direito ficaram no ar e desse lado havia uma significativo precipício. Foi pena, porque o carro não ficou danificado e iria somar alguns pontos pelo sétimo lugar de sábado, mas assim acabou só com um ponto com o sétimo posto de domingo. De resto, não andou nada mal, chegando a fazer um top 3 em troços, curiosamente o que se despistou na segunda passagem…

A prova ficou ainda marcada pela grande luta no WRC2 LER AQUI e pela quase total falta de neve e gelo pois mesmo o ACM levando a prova para Gap, teve o azar das temperaturas terem sido altas para a altura do ano, o que foi pena porque o Rali de Monte Carlo é uma prova totalmente diferente com o gelo que houve na PE3, e só em 50 ou 100 metros. E fez os estragos que fez.

De resto quase tudo seco, embora sempre com zonas húmidas aqui e ali, mas foi maioritariamente um rali de asfalto seco, mas também sujo. Elfyn Evans aproveitou isso no primeiro dia, mas no segundo, caiu bem para trás de Neuville e Ogier, também por causa do sistema híbrido falhar.

A Compact Dynamics, continua a condicionar demais os pilotos e as equipas. Se for uma peça feita pela equipa que parta, é uma coisa, agora um sistema que as equipas não têm qualquer intervenção e deixa subitamente de funcionar é muito mau, porque se trata apenas de sorte e azar.

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FOTO @World/André Lavadinho

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2 Comentários
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christopher-shean
christopher-shean
3 meses atrás

Parabéns Neuville… mas vamos ver o que o Evans consegue daqui para frente!

FRL
FRL
3 meses atrás

Grande Rali, parabéns aos vencedores e honra aos vencidos.
Parabéns à Sport tv pela cobertura.

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