WRC: Sébastien Loeb vence o Rali de Monte Carlo
Sébastien Loeb/Isabelle Galmiche (Ford Puma Rally1) venceram o Rali de Monte Carlo depois dum reviravolta de última hora, quando Sébastien Ogier/Benjamin Veillas (Toyota GR Yaris Rally1) furaram no penúltimo troço e perderam uma vantagem de 24.6s, rumando ao derradeiro troço, 9.5s atrás.
Sébastien Loeb não se fez rogado, e depois do segundo lugar no Dakar com o BRX Hunter da Prodrive, chega à sua oitava vitória no Rali de Monte Carlo, a primeira desde 2013.
Há muito que faltam palavras para os feitos deste piloto, que aproveitou bem algo que já se ‘desconfiava’, um Ford Puma Rally1 Hybrid muito competitivo, que permitiu três carros da equipa nos cinco primeiros lugares, algo que já não era visto há muito, muito tempo. A equipas fez três 1/3/6 em 2017, mas este 1/3/5 é melhor!
Para Sébastien Ogier e para a Toyota é uma desilusão esta derrota, pois fizeram muito por merecer o triunfo, mas os ralis são assim mesmo, qualquer coisa pode fazer mudar o rumo dos acontecimentos, a qualquer momento.
Depois de ter chegado ao fim do segundo dia 9.9s atrás de Loeb, Ogier atacou forte e dois troços depois na PE10, empatou com Loeb, passando para a frente logo a seguir, chegando ao fim do terceiro dia com 21.1s de avanço para o seu compatriota da Ford, o que seria mais do que suficiente em condições normais.
Mas os ralis estão ‘fartos’ de mostrar que nada se decide até às classificações se tornarem oficiais, pelo que um furo numa das rodas do Toyota GR Yaris Rally1 converteu um avanço de 24.6s num atraso de 9.5s e na PowerStage, Loeb limitou-se a confirmar o triunfo.
Qualquer um dos dois, se vencesse, era merecido. Foi Loeb, que assegura assim a sua 80ª vitória no WRC.
O veterano francês torna-se também no mais velho vencedor de sempre de uma prova do WRC, com 48 anos, batendo o anterior máximo de Bjorn Waldegard, que aos 46 anos e 155 dias venceu o Rali Safari de 1990.
A última vez que um ‘veterano’ tinha vencido uma prova do WRC foi na Catalunha 2018, quando Sébastien Loeb triunfou aos 44 anos e 244 dias. Soberbo!
Outro ‘marco’ muito importante: Desde que Fabrizia Pons venceu o Rali de Monte Carlo ao lado de Piero Liatti, em 1997, que nenhuma navegadora vencia uma prova do WRC.
Grande resultado para Craig Breen/Paul Nagle (Ford Puma Rally1), que terminaram o rali no terceiro lugar, o que já não conseguia desde o Rali da Finlândia do ano passado com a Hyundai. Quarto pódio nos últimos sete ralis do WRC é um excelente cartão de visita de um piloto a quem este rali não correu na perfeição, longe disso, mas cujo resultado é muito prometedor para o que pode ser a sua época se aproveitar melhor o que o seu novo carro está a ‘prometer’. Consideramo-lo um dos quatro candidatos ao título, mas a sua menor experiência nas lutas a esse nível, por vitórias, face a Elfyn Evans, Thierry Neuville e Ott Tanak, pode ser ultrapassada pela valia do carro e permitir-lhe chegar lá. Veremos.
Kalle Rovanperä/Jonne Halttunen (Toyota GR Yaris Rally1) é outro exemplo de um piloto cujo resultado neste rali é melhor do que a exibição. No 1º dia fez um pião, foi 12º, não estava confortável com o equilíbrio no carro e quando isso lhe sucede perde muita confiança para andar depressa. No segundo dia melhorou, subiu para nono, foi adaptando melhor o carro ao seu estilo, no terceiro dia venceu um troço, foi subindo posições e obteve o seu melhor resultado depois do seu último triunfo, na Grécia 2021.
Gus Greensmith/Jonas Andersson (Ford Puma Rally1) foram quintos e fizeram história neste rali já que o piloto venceu o seu primeiro troço à geral o que mostra duas coisas: o piloto está a melhorar, e o caro é fantástico, pois duvidamos que Greensmith vencesse um troço com o WRC do ano passado. A confiança que o piloto demonstrou na fase inicial desta prova mostrou o que pode fazer. Depois vieram os problemas e os azares, mas o quinto posto é seu o melhor desde o Rali da Grécia do ano passado onde também foi quinto. O seu melhor resultado no WRC continua a ser o 4º posto no Safari do ano passado. Virá um pódio este ano? Mais do que isso parece-nos improvável…
Thierry Neuville/Martijn Wydaeghe (Hyundai i20 N Rally1) salvaram o possível de um fim de semana muito mau para a Hyundai que teve pequenos problemas de vária índole nos carros, mas também ficou claro que sem esses problemas o carro não está longe do Ford e do Toyota, pelo que com trabalho o mais provável é que os homens da ‘casa’ coreana se juntem às lutas na frente. Resta saber é a extensão das ‘crises. Naturalmente a equipa não abre o jogo, mas desconfiamos que as coisas não estão tão más quanto os resultados deixam parecer.
A esse nível, a Hyundai parece a M-Sport/Ford do ano passado, mas com o lote de pilotos que tem, caso a margem com que arrancaram o ano se esbata mais ou menos rapidamente, é possível lutarem pelos títulos, já que a época é longa. Mas não se podem atrasar muito.
Quanto a Thierry Neuville, começou em sexto, teve problemas de travões e caixa, ganharam duas posições, foram melhorando até que o carro teve problemas com um amortecedor o que travou a sua recuperação, terminando muito longe da frente, mas foi heróico em ter conseguido chegar ao Mónaco. Foi um rali de sobrevivência.
Mais info assim que possível.
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Loeb és um Deus do volante
Parabéns
A Ford estava a precisar, com um fantástico resultado p’ra Craig Breen! O Loeb destrona o meu ídolo Bjorn Waldegaard… mas a Toyota ‘tá lá com o Ogier.
20 anos de Loeb e sempre competitivo!!
Muito feliz por esta vitória. Já não acreditava, depois de pec 13 Saint-Geniez onde ficou a 21,1sgs mas os Ralis, e muitos desportos…É até acabar. (Que o diga o Sporting…)
Eu tinha esperança que ele conseguisse a 80º e… conseguiu!!! E logo onde foi!
O meu preferido dos Sébastiens, são dois autênticos alienígenas na pilotagem.
Muita festa na M-Sport, muitos bons sinais na Toyota, e muita preocupação Hyundai.
Um «á parte» á festa da Geral, Rali extraordinário para um nome a reter, Erik Cais.
… que subia 1 lugar não fosse os 10 seg. de penalização.
É mais conhecido, mas o Gus Greensmith também pode “dar que falar”…
Não, ficava na mesma em 2.º, a 0,5seg. E é óbvio que o Lorb, sabendo da penalização arriscou menos.
Estava a falar do Erik Cais… ou fiz mal as contas?
Entendi mal. Pensei que era entre os Sebastien.
Estes carros parecem ser bem interessantes e potentes. O Loeb ganha aproveitando o problema do Ogier.Mais uma a juntar ao rol…gigantesco.
Agora, falta renovação a nível top mundial.De qualquer modo,os ralis parecem estar nitidamente a recuperar…porque tornaram os carros bem mais agressivos e maiores.
Que enorme piloto! Quando ganhava tudo, dava-me alguma azia, pois gosto pouco de grandes domínios. Mas fui aprendendo a admirá-lo e isto é o ponto mais alto dessa admiração.
Ganhar um rali de Monte Carlo aos 48 anos com todos os top drivers presentes e a andar nos dois primeiros do princípio ao fim, é obra! E nem uma semana depois de vir de um Dakar!
Sempre gostei muto do Waldegaard, mas ganhar um Safari há uns largos anos atrás não tem o mesmo significado no que à performance diz respeito!
Ref. ao Waldegaard, claro que não… eu é que sou de outra “geração”!
Devemos ser da mesma, comecei a interessar-me pelos ralis nos tempos do Allen, Vatanen, Mikkola, Waldgaard, Rohl, Darniche, etc, etc, etc
Pois: Waldegaard a ganhar o Safari no Escort MkII p/ ex…
Vitória merecidíssima da MSport e de Malcolm Wilson que tanto tem feito pelos ralis e com muito pouco em relação à concorrência. A Ogier hoje faltou a sorte que como o próprio já afirmou o tem acompanhado ao longo de praticamente toda a carreira. Loeb nunca baixou os braços (os anos parecem não passar por ele…) e mereceu a vitória. Os Puma parecem bem competitivos (3 nos 5 primeiros lugares), vamos ver se aguentam a pedalada quando os rivais (com maiores recursos) avançarem ao longo época com novos desenvolvimentos das viaturas. A Hyundai apesar de um rali algo cinzento (provavelmente… Ler mais »
Aí é que está: os recursos para futuros desenvolvimentos.
Pena não ter havido neve…
Depois de um 2 lugar no dakar. Um 1 lugar no monte carlo.
Estupendo piloto!!@!!
Não gosto do loeb mas é um monstro. Nunca tivesse ele saído e o wrc teria uma lenda a conduzir. Teria ele quantos títulos?
Pois… mas há franceses e há franceses! (Isto aplica-se a kualker país, claro.)
Já agora, o facto de ter acabado de “fazer” o Dakar, há bastantes pilotos que aguentariam o mesmo (não estou a tirar mérito ao Loeb!)
… e da idade dele!