WRC, Rali da Acrópole: Segunda vitória de Kalle Rovanpera
Kalle Rovanpera assegurou na Grécia o seu segundo triunfo no WRC e ainda venceu a PowerStage. Ott Tanak foi segundo, nunca conseguindo contrariar o jovem finlandês. Sébastien Ogier terminou no pódio e está cada vez mais perto do oitavo título.
O regresso do Rali da Acrópole/Grécia ao WRC fica marcado pelo segundo triunfo de Kalle Rovanpera/Jonne Halttunen (Toyota Yaris WRC), após uma prova em foi quem claramente se adaptou melhor à especificidade do traçado, aproveitando também a sua posição na estrada no primeiro dia.
Com um Yaris WRC perfeito, não deu a mais pequena hipótese aos seus adversários, dando sequência à sua história, vencendo pela primeira vez na sua carreira. Enquanto o seu chefe de equipa, Jari-Matti Latvala, anterior detentor do seu atual recorde, como o mais jovem vencedor de sempre duma prova do WRC, demorou 469 para triunfar no segundo rali, na Sardenha 2009, o jovem Rovanpera demorou apenas 56 dias dias. E não se deve ficar por aqui, tal é a maturidade que apresenta.
Em boa hora o Rali da Acrópole regressou ao WRC, esperemos que possa ficar, pelo menos com alguma assiduidade, já que é uma prova diferenciadora, ainda que o percurso escolhido pelos organizadores gregos tenha ficado a ‘milhas’ dos traçados rudes, implacáveis e impiedosos do passado.
As três equipas tiveram entradas diferentes no rali. Enquanto a Toyota depressa teve os seus pilotos no ritmo, a Hyundai nem por isso, embora Tanak só tenha cedido aos poucos. Tanto do lado da Toyota (Elfyn Evans) como Hyundai (Thierry Neuville) houve problemas mecânicos a afastá-los das lutas na frente, até que Kalle Rovanpera se distanciou, nunca mais permitindo qualquer recuperação.
Na Ford, mais do mesmo. O rali que os seus pilotos conseguiram é o normal tendo em conta o que se tem visto este ano, e também porque nenhum dos seus pilotos tinha alguma vez disputado o Rali da Acrópole.
Apesar das curtas diferenças no final do primeiro dia, no segundo, Rovanpera depressa ‘fugiu’ de Tanak e no final do segundo dia, o rali estava resolvido quanto à luta pelo triunfo. A luta pelo segundo lugar estava acirrada, mas não era verdadeiramente uma luta , pois Ogier sempre pensou no campeonato, e pouco ou nada arriscou. Os pontos que se perspectivavam, chegavam e sobravam face aos atrasos anteriores de Elfyn Evans e Thierry Neuville.
‘Puto’ endiabrado
Kalle Rovanperä/Jonne Halttunen (Toyota Yaris WRC) venceram facilmente o rali, muito fruto da soberba exibição no segundo dia de prova. O jovem finlandês foi para a frente do rali na PE3, terminando o primeiro dia com 3.7s de avanço para Ott Tanak. Começou cauteloso, mas depressa percebeu que podia forçar um pouco mais e isso chegou para se colocar na frente. Depois, dominou por completo o primeiro ‘loop’ do segundo dia venceu quatro troços seguidos e abriu uma vantagem de 39.7s face a Tanak. Foi mais cauteloso depois da passagem pela assistência e terminou o dia com 30.8s de avanço. No último dia, foi só gerir.
Ott Tänak/Martin Järveoja (Hyundai i20 Coupe WRC) terminaram o rali na segunda posição, a sua melhor classificação desde a vitória no Ártico.
Tanak teve muitas dificuldades no primeiro dia, passado com falta de ‘feeling’ no carro e com isso, faltou confiança.
Como o próprio disse, esteve sempre fora da sua zona de conforto, e por isso não arriscou mais. O segundo dia não foi em nada diferente, e foi aí que perdeu contacto com Rovanpera, preferindo tentar assegurar o segundo lugar, o que conseguiu. Não está fácil conseguir ter o carro como gosta. Será que a explicação está na suspensão que tinham, por exemplo em Portugal, e que lhe permitiu dominar a prova até ao problema que teve. Será que as alterações que a Hyundai teve de fazer na suspensão, para a proteger de danos, tornou mais difíceis os carros para os seus pilotos? Ao olhar para os resultados parece…
Sébastien Ogier/Julien Ingrassia (Toyota Yaris WRC) terminaram no terceiro lugar, e com os problemas de Evans e Neuville a margem do campeonato voltou a crescer e agora só mesmo uma hecatombe lhe pode tirar o oitavo título.
Liderou na fase inicial do rali, mesmo sendo o primeiro na estrada, perdeu o comando para Rovanperä na PE3, terminando o dia a 0.2s do segundo lugar de Tanak, mas o foco não estava aí, mas sim alargar a margem para Dani Sordo, quarto, o que conseguiu com grande facilidade. E ainda impediu que Neuville lhe roubasse pontos na PowerStage. Agora, se não tiver grandes azares, a questão não é se vai ser campeão, mas sim onde…
Dani Sordo/Candido Carrera (Hyundai i20 Coupe WRC) terminaram na quarta posição no seu primeiro rali juntos.
Uma penalização de 10 por falsa partida no 1º dia começou a atrasá-lo face ao terceiro lugar, terminando o primeiro dia longe dos três da frente. No segundo dia, depressa percebeu que teria de arriscar demasiado para chegar mais à frente e não o fez, preferindo a posição em que já estava e sob esse ponto de vista, cumpriu. Basicamente, fez um rali no ‘meio do nada’. Sem lutar com ninguém grande parte da prova.
Gus Greensmith/Chris Patterson (Ford Fiesta WRC) terminaram num quinto lugar muito lisonjeiro, já que o seu colega de equipa, Adrien Fourmaux teve um problema com o motor do Fiesta já no último dia de prova. Estava bem longe, mas ficou à sua frente. Sem conhecer a prova, foi construindo a confiança, ficando mais perto de Fourmaux, e na verdade não esteve tão mal quando já o vimos em provas anteriores. Bem melhor o resultado do que a exibição.
Apesar do problema mecânico no primeiro dia de prova, Elfyn Evans/Scott Martin (Toyota Yaris WRC) ainda conseguiram recuperar ao ponto de terminar o rali em sexto. Um arreliador problema de caixa no primeiro dia, quando eram terceiro a 1.7s do líder, fê-los perder muito tempo. Terminaram o primeiro dia quase a 5 minutos da frente, lutaram mas o campeonato está cada vez mais longe.
Adrien Fourmaux/Renaud Jamoul (Ford Fiesta WRC) terminaram o rali na sétima posição, depois de chegarem ao fim do segundo dia em quinto. Um problema com o motor e um pião na PowerStage, ‘tramaram-nos’, mas a prova valeu pela aprendizagem, já que nunca tinha disputado um rali tão duro num WRC.
Thierry Neuville/Martijn Wydaeghe (Hyundai i20 Coupe WRC) terminaram o rali na oitava posição, e também eles foram obrigados a recuperar muito na classificação, depois de problemas mecânicos no Hyundai.
Perdeu a direção assistida no carro, forma penalizados porque se atrasaram 24 minutos num controlo, perdendo 4 minutos e ainda mais dois, devido à falta de assistência na direção. Repararam o problema numa ligação… com cola e ainda venceram a PE6. Nesta prova teve que ser um grande mecânico, e foi-o.
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Já se sabia que a genética tem muito a haver…
“Filho de peixe sabe nadar” 😉
Grande miúdo!… Pele certa um futuro campeão! E mais um ótimo resultado para Ogier e a Toyota.
Que bela demonstração de valor do jovem Kalle.
Ainda vamos presenciar muitas coisas boas deste jovem prodígio!