WRC: Ford de saída? M-Sport pode substituir marca americana pela Lynk & Co

Por a 8 Dezembro 2025 13:01

O futuro da Ford no Mundial de Ralis (WRC) está em causa, e a M-Sport, equipa histórica da marca norte-americana, pode estar a preparar uma mudança de paradigma para a era WRC27. Segundo a revista italiana TuttoRally, a Ford pode estar prestes a abandonar o WRC após décadas de história, com a M-Sport de Malcolm Wilson a explorar uma nova parceria com a chinesa Lynk & Co.

Segundo o tuttorally.news, o envolvimento da Ford no WRC27 é, neste momento, considerado improvável. Vários fatores apontam para um desinvestimento gradual da marca norte-americana. A homologação do atual Fiesta WRC2 está a terminar, e não há sinais claros de um substituto. A Ford regressa à F1 em 2026 como fornecedora de motores para a Red Bull, desviando recursos e atenção do rali. Simultaneamente, a marca tem investido fortemente nas pick-ups Raptor para competição em ralis-raid, uma área onde a M-Sport também tem estado envolvida no desenvolvimento. As verbas para o programa WRC têm sido progressivamente cortadas, sinalizando desinteresse da modalidade.

Entrada chinesa no WRC?

Com o futuro da Ford incerto, a M-Sport está ativamente à procura de um novo construtor. Segundo a mesma fonte, a surpresa vem da Lynk & Co, marca nascida do grupo chinês Geely (que também detém a Volvo), que tem vindo a construir um pedigree sólido no desporto motorizado. A Lynk & Co dominou o WTCR/TCR World Tour, conquistando nove títulos em sete temporadas, demonstrando ambição e capacidade técnica. O projeto envolveria a M-Sport a desenvolver carros WRC27, mas com carroçaria e marca Lynk & Co — um modelo similar ao que a equipa já utilizou no passado com a Bentley no GT. A M-Sport está entre os potenciais interessados nos projetos preliminares do WRC27, e a Lynk & Co surge como o nome mais inesperado.

A possível entrada da Lynk & Co no WRC27, juntamente com o regresso confirmado da Lancia (com o novo Rally2 no Rali de Monte Carlo), é vista como um sinal extremamente positivo para a saúde do Mundial. A M-Sport garantiria que a equipa continuasse a operar com ambições renovadas, mesmo sem a Ford. A chegada de um novo construtor traria frescura e investimento numa altura em que o campeonato se prepara para uma nova era técnica.

Embora ainda não oficial, a informação aponta para um cenário plausível: a Ford poderá estar a fechar o capítulo do WRC, mas a M-Sport, com a Lynk & Co, poderá estar a abrir um novo. Seria uma transição que preservaria a experiência e estrutura da equipa britânica, enquanto introduziria uma marca com provas dadas no desporto motorizado e ambição global. O rali mundial está em mudança, e 2027 pode ser o ano que reescreve as regras do jogo.

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7 comentários

  1. [email protected]

    8 Dezembro, 2025 at 13:15

    Na minha opinião… a confirmar-se a saída da Ford será uma “tragédia”, mais p’lo que a Ford representa nos ralis desde os míticos Escort’s de tracção atrás!
    São outros tempos, bem sei, mas…

  2. Mário Oliveira

    8 Dezembro, 2025 at 20:06

    a Ford não teve capacidade para aproveitar o WRC competitivo que a M-Sport, quase a solo, construiu. Tem meios para estar em todas as frentes menos no WRC. Só espero que a Ford ganhe ZERO nesses campeonatos.
    Pena que tenha que ser uma marca dos chinos a ocupar o lugar, quando essas marcas deveriam era acabar todas

  3. Mário Oliveira

    8 Dezembro, 2025 at 20:06

    a Ford não teve capacidade para aproveitar o WRC competitivo que a M-Sport, quase a solo, construiu. Tem meios para estar em todas as frentes menos no WRC. Só espero que a Ford ganhe ZERO nesses campeonatos.
    Pena que tenha que ser uma marca dos chinos a ocupar o lugar, quando essas marcas deveriam era acabar todas

  4. ferdi_555

    9 Dezembro, 2025 at 9:02

    Totalmente de acordo!

  5. João Carlos Coelho

    9 Dezembro, 2025 at 14:13

    O seu comentário sobre os chineses, faz-me lembrar os comentários do ínicio dos anos 70, sobre os veículos japoneses. “O lixo japonês” como lhes chamavam. E as marcas estabelecidas, em lugar de se prepararem para esse lixo, acharam-se intocáveis. Nas motos foi uma hecatombe. Nos carros, pouco faltou. As marcas inglesas desapareceram. E as outras sofreram para fazerem “tão bem” como os japoneses. Hoje, são referencia. E os chineses, não chinos, não vão dar cartas. JÁ ESTÃO a dar! Vá experimentar um Xpeng, um BYD, um Chery ou outro qualquer. E depois, se tiver a coragem de ser honesto, diga o que acha.

  6. Jose Marques

    9 Dezembro, 2025 at 14:40

    Se querem a minha opinião, A M-Sport deu mais à Ford, do que esta à equipa britânica durante todo o seu período no WRC. Nunca houve um investimento por parte do construtor americano semelhante aos outros construtores e foi graças à resiliência do Malcom Wilson e da sua equipa que conseguiram manter-se presentes no campeonato por tantos anos.

    Por isso, adeus e boa sorte.

    Quanto à M-Sport, espero que para além de encontrar o budget para continuar no WRC, espero que também consiga reunir pilotos de relevo para 2027 e assim ser mais um player a contar na luta pelos campeonatos.

  7. Mário Oliveira

    9 Dezembro, 2025 at 23:11

    Já contava com respostas nesse sentido. Não se trata de ser melhores ou não, porque até acredito que sejam melhores e a UE entregou o mercado automóvel Europeu de bandeja aos chinos. O problema, para mim é que nos estamos a referir a um regime cujo objetivo é dominar o mundo, sem a liberdade que hoje ainda conhecemos. Quando a generalidade da população conhecer verdadeiramente a China talvez vá ser demasiado tarde, mas é aquilo que como um todo causamos.
    Por isso os carros dos chinos podem ser muito melhores que os Europeus e em saldo que eu nunca vou comprar um. Não gosto de ser espiado por esse regime.

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