WRC 2019: Tão bons pilotos e tão poucos ralis…

Por a 23 Janeiro 2019 15:57

O Mundial de Ralis 2019 arranca amanhã. Tantas e tão boas coisas para acontecer…

Ao contrário da Fórmula 1 os adeptos dos ralis têm a sorte do facto do defeso não ser tão longo quanto o da F1. Pouco depois dos carros terem vindo da Austrália, já andavam em testes para o Monte Carlo, prova que arranca amanhã. São sortudos a esse nível os adeptos do WRC.

Há dois anos, nascia esta nova era do WRC, agora que entramos para a terceira temporada destes novos carros, o mínimo que temos a dizer é que bendito seja quem teve a ideia de fazer esta evolução.

São, sem a menor dúvida os mais rápidos carros de sempre da história do Mundial de Ralis e embora não tenham o mesmo impacto que tiveram os ‘monstros’ do Grupo B, a verdade é que se os tivéssemos a andar ao mesmo tempo, os Grupos B envergonhavam-se em termos de velocidade, que não de impacto nas pessoas. Mas isso deve-se ao facto de terem passado 33 anos. Surpreendente foi o facto de há 33 anos os carros andarem como andavam…

Voltando ao Séc XXI, os últimos dois anos têm sido fabulosos. Em primeiro lugar, nos novos carros, houve muito equilíbrio. Sébastien Ogier foi para a equipa mais ‘fraca’ e isso redundou num campeonato de 2017 muito interessante e disputado. Todas as equipas ganharam mais do que um rali (Ford, 5; Hyundai, 4; Citroën, 2; Toyota, 2), com o campeonato a resolver-se perto do fim.

Em 2018 não foi muito diferente, todas as equipas voltaram a vencer (Toyota, 5; Ford, 4; Hyundai, 3; Citroën, 1) e os campeonatos só se resolveram na última prova.

Houve, nestes dois anos, ralis super equilibrados, e oito pilotos diferentes a vencer: (Neuville, 7; Ogier, 6; Tanak, 6; Latvala, 2; Meeke, 2; Evans, 1; Lappi, 1 e Loeb, 1).

Portanto, meus amigos, estou confiante que vamos ter mais do mesmo, e só ‘temo’ um pouco o binómio Tanak/Toyota. O que se viu na segunda metade da temporada passada pode repetir-se este ano. Sei que os outros dois candidatos aos títulos estavam mais preocupados em marcar-se um ao outro do que lutar pelas vitórias, mas ainda assim acho que Ott Tanak esteve forte demais.

Claro que no Monte Carlo e na Suécia ainda não vamos ter certezas absolutas quanto à competitividade, mas quando chegarmos à terra do México é certo. Quem andar bem aí, anda bem em qualquer lado. A qualidade dos motores ainda faz, no México, alguma diferença por causa da altitude, mas depois vem a Córsega e a Argentina e tudo se saberá. Se chegar a essa fase com uma maioria de triunfos de Tanak/Toyota, este campeonato não será tão equilibrado quanto os dois anteriores. Mas neste momento não sabemos isso…

E quanto ao Monte? Não meter as fichas do Casino todas em Sébastien Ogier e Loeb pode parecer errado mas convém lembrar que ambos trocaram de equipa, e com carros novos nunca se sabe. Têm toda a experiência, mas a este nível no WRC, pode dar para qualquer lado. Ott Tanak e Thierry Neuville têm hipóteses, muitas. Há dois anos, Neuville só não venceu no Monte por um erro de 10 cm, e no ano passado, Ogier controlou bem, mas Tanak deu-lhe muito que fazer. No Monte Carlo, Sébastien Loeb tem igualmente muita experiência. Convém lembrar, são sete vitórias!

É verdade que se preparou menos bem que os outros, esteve na areia do Peru ao invés da neve do Monte Carlo, mas isso vai significar muito pouco. A não ser que não se ‘dê’ com o carro. E Loeb dá-se bem com qualquer ‘coisa’…

Se a prova for muito incerta em termos de escolhas, então as maiores probabilidades recaem mesmo em Ogier e Loeb. Assim, tipo 80% entre os dois. Mas o rali parece poder vir a ser mais seco do que gostávamos…

Há muitas perguntas no ar que vão começar a ser respondidas já amanhã.

Sébastien Ogier vai conseguir trazer a Citroën para a posição em que já esteve anos a fio?

O que vai conseguir fazer Sébastien Loeb pela Hyundai? Vai ganhar mais ralis?

Será desta que Thierry Neuville deixa de ser quase um eterno segundo? Já é assim desde 2016…

Ott Tänak vai aproveitar o embalo e acabar com a Era do D. Sebastião no WRC?

Kris Meeke vai conseguir voltar a vencer, ou aumentar a conta da oficina?

Jari-Matti Latvala faz algo semelhante a 2018 ou cai de competitividade? Rovanpera chega em 2020…

Andreas Mikkelsen aproveita a última oportunidade?

Esapekka Lappi fez bem arriscar sair da Toyota para a Citroën?

Teemu Suninen vai continuar a evoluir? Até onde?

Elfyn Evans está na calha para quê? Sair do WRC ou ir para uma equipa melhor?

Pontus Tidemand tem uma oportunidade. Agarra-a?

Há muitas outras questões, mas estas para já chegam…

Caro leitor, esta é uma mensagem importante.
Já não é mais possível o Autosport continuar a disponibilizar todos os seus artigos gratuitamente.
Para que os leitores possam contribuir para a existência e evolução da qualidade do seu site preferido, criámos o Clube Autosport com inúmeras vantagens e descontos que permitirá a cada membro aceder a todos os artigos do site Autosport e ainda recuperar (varias vezes) o custo de ser membro.
Os membros do Clube Autosport receberão um cartão de membro com validade de 1 ano, que apresentarão junto das empresas parceiras como identificação.
Lista de Vantagens:
-Acesso a todos os conteúdos no site Autosport sem ter que ver a publicidade
-Oferta de um carro telecomandado da Shell Motorsport Collection (promoção de lançamento)
-Desconto nos combustíveis Shell
-Acesso a seguros especialmente desenvolvidos pela Vitorinos seguros a preços imbatíveis
-Descontos em oficinas, lojas e serviços auto
-Acesso exclusivo a eventos especialmente organizados para membros
Saiba mais AQUI
Subscribe
Notify of
4 Comentários
Inline Feedbacks
View all comments
últimas Newsletter
últimas Autosport
newsletter
últimas Automais
newsletter
Ativar notificações? Sim Não, obrigado