Sexta vitória de Sébastien Ogier no Rali de Portugal

Sébastien Ogier/Vincent Landais (Toyota Gr Yaris Rally1 Hybrid) venceram o Rali de Portugal, com o piloto francês a ‘desempatar’ com Markku Alén e a assegurar a sua sexta vitória na prova portuguesa.
Foi um rali incrível, com cinco líderes distintos, sete vencedores de troços, e uma moldura humana que continua a deixar de boca aberta os responsáveis do WRC Promoter.
Com os ‘azares’ de Kalle Rovanperä/Jonne Halttunen (Toyota GR Yaris Rally1) que se despistaram em Montim 1 quando lideravam e Takamoto Katsuta/Aaron Johnston (Toyota Gr Yaris Rally1 Hybrid), que também passaram pelo comando na fase inicial do rali, foi Ogier que assumiu as rédeas da prova, sempre acossado pelo melhor Ott Tänak/Martin Järveoja (Hyundai I20 N Rally1 Hybrid) do ano, ao dar muito trabalho ao francês, num forte duelo de campeões que durou até aos últimos troços.
No final do primeiro dia de prova a diferença entre os dois homens da frente era de 1.0s, 5.4s entre os quatro melhores classificados, e à entrada para o último dia de prova 11.9s separavam Ogier de Tanak, com o dia de sábado a ser muito rico em incidências.
Ogier foi mais forte, geriu o último dia de forma perfeita e assegurou o sexto triunfo na prova, tornando-se no maior vencedor da história do Rali de Portugal deixando para trás Markku Alén (5 vitórias), Miki Biasion, Hannu Mikkola, (3), e muitos outros. A partir daqui, e num futuro a médio prazo, só mesmo Kalle Rovanpera, (2 vitórias) lá pode chegar.
A 57ª Edição do Vodafone Rally de Portugal foi das mais competitivas dos últimos anos, é preciso recuar a 2015 para uma diferença menor, 8.2s quando Jari-Matti Latvala, hoje diretor da equipa Toyota Gazoo Racing WRT bateu Sébastien Ogier, então ambos na Volkswagen Motorsport.
Como já é habitual há muito, a prova do ACP teve todos os condimentos para manter ‘presos’ os adeptos, já que foram tantos e tão bons momentos de espetáculo, drama e também emoção.
Os pilotos não regatearam elogios ao evento, apesar das críticas dos pneus na Figueira da Foz, situação que o ACP Motorsport foi alheio, pois avisou a FIA e a Pirelli atempadamente do risco, mas estes fizeram ouvidos moucos aos pedidos, os pisos estiveram este ano melhores – especialmente na zona da Lousã, Góis e Arganil – isto numa prova que manteve o seu caráter de dureza.
Filme do rali
Depois de uma primeira especial de abertura na Figueira da Foz, bem interessante para o público, o primeiro dia foi fantástico, com um equilíbrio estendido a várias equipas. No final da etapa, com troços a abrir e fechar em Mortágua, pelo meio, duas passagens na Lousã, Góis e Arganil, este ano com piso melhor do que o habitual, fora três os líderes diferentes, com cinco duplas a vencer especiais, com o dia a terminar com o top4 separado por 5.4 segundos.
Os líderes eram Kalle Rovanperä/Jonne Halttunen (Toyota GR Yaris Rally1) com 1.0s de avanço para
Sébastien Ogier/Vincent Landais (Toyota Gr Yaris Rally1 Hybrid).
A luta foi grande o dia todo, mas a gestão de pneus teve que ser grande por parte de todos, e entre os que sobressaíram estiveram Takamoto Katsuta/Aaron Johnston (Toyota Gr Yaris Rally1 Hybrid) que foram os mais rápidos em três classificativas e chegaram ao fim do dia a 4.7s da frente, contribuindo para um top4, todo Toyota.
Ott Tänak/Martin Järveoja (Hyundai I20 N Rally1 Hybrid) eram quartos, com o primeiro dos três Hyundai I20 N Rally1 a escassos 0.7s de Takamoto Katsuta.
Dani Sordo/Candido Carrera (Hyundai i20 N Rally1) a fazerem a sua primeira prova da época no WRC, venceram três classificativas, fechando o top5, rodam um pouco mais atrás.
Thierry Neuville/Martijn Wydaeghe (Hyundai I20 N Rally1 Hybrid), a abrir a estrada, teve um bom dia pois manteve-se ‘vivo’ na luta na frente do rali, ainda que tenha cedido 18,1s.
Nas posições imediatas terminaram Adrien Fourmaux/Alexandre Coria (Ford Puma Rally1 Hybrid), com o atual terceiro classificado do WRC a arriscar em levar apenas um pneu suplente para a secção matinal, enquanto Elfyn Evans/Scott Martin (Toyota Gr Yaris Rally1 Hybrid) foram os grandes azarados do dia, pois para lá do segundo lugar na estrada, Scott Martin, o navegador esqueceu-se do seu caderno de notas numa mesa de controlo e nos últimos dois troços do dia teve que ler notas através do telemóvel. Ainda sofreram um furo no pneu dianteiro direito, tudo somado, perderam 1m43,2s para o líder. Há dias assim…
Grégoire Munster/Louis Louka (Ford Puma Rally1 Hybrid) foi perdendo tempo ao longo do dia, ele que nunca tinha feito os troços de Arganil, pois quando cá veio, desistiu antes dos fazer.
No WRC2, grande luta entre Oliver Solberg e Yohan Rossel. Apesar de algumas falhas de motor a baixas rotações, Solberg terminou o dia com 7,3 segundos de vantagem sobre o francês. Depois do abandono de Pierre-Louis Loubet, em Góis 2, o britânico Gus Greensmith terminou no terceiro lugar, a 13,3 segundos do líder.
Segundo dia muito competitivo
A luta entre Sébastien Ogier e Ott Tänak marcou ou seugndo dia de prova, isto depois deste ter começado com o despiste de Kalle Rovanpera, que em Montim 1, cometeu um dos seus raros erros e saiu de estrada abandonando o dia. No final, apenas 11.9 segundos separaram primeiro e segundo com Ogier na frente.
A segunda etapa começou com um forte ataque de Kalle Rovanperä, com o piloto da Toyota a ganhar meio segundo, por quilómetro, ao mais direto adversário, na passagem inaugural por Felgueiras, mas em Montim o finlandês estragou tudo. Ao quilómetro 3.9, Kalle Rovanperä despistou-se e duas curvas e 200 metros depois, Oliver Solberg capotou o Skoda por diversas vezes. De uma assentada, ficavam de fora dois líderes: o absoluto e o do WRC2.
Depois, quatro vitórias em classificativas para Sébastian Ogier e três de Ott Tänak. No final do dia, apenas 11.9 segundos de diferença entre os pilotos da Toyota e Hyundai, que deixava tudo em aberto para domingo, só que a Hyundai tinha outras ideias, já que cedo se percebeu que Tanak não iria atacar mas sim manter o segundo lugar a todo o custo por causa dos pontos. Ou seja, se houvesse oportunidade de chegar ao triunfo, se Ogier desse sinais de fraqueza, Tanak atacaria mais, mas não foi isso que sucedeu ambos controlaram o seu andamento, ainda que sempre a uma nível mais alto do que a concorrência como se prova por serem os melhores do super domingo.
No terceiro lugar, a 1m11,4 segundos do líder, Thierry Neuville só quis manter a posição e somar os pontos que lhe permitira reforçar a liderança do campeonato de pilotos, porque Elfyn Evans já estava atrasado e mais atrasado ficou com os problemas de motor do seu Yaris em Cabeceiras 2, antes da power Stage.
Pelo meio ainda estava Dani Sordo que, nem sequer se preocupou em perder uma posição para Adrien Fourmaux, pois o que queria mesma ir à procura dos cinco pontos da PowerStage.
No segundo dia do WRC2, Oliver Solberg e Gus Greensmith abandonaram por acidente e a luta pela vitória passou a ter outros protagonistas. À partida da derradeira etapa, os quatro primeiros partiam separados por apenas 21,3 segundos. Nikolay Gryazin (Citroën), que não conta para o WRC2 nesta prova, era o líder, com 9,7 segundos de vantagem para Jan Solans (Toyota), mas o que verdadeiramente interessava era a diferença deste para Josh McErlean (Skoda) que era de 17,7s enquanto Yohan Rossel (Citroën) estava a 21,3s que passou a ter mais um minuto devido a um erro da equipa e uma penalização por avanço. A luta estendeu-se até ao último troço, o melhor dos RC2 foi Nikolay Gryazin (Citroën),
que não conta para o WRC2 nesta prova, era o líder, com 9,7 segundos de vantagem para Jan Solans (Toyota), mas o que verdadeiramente interessava era a diferença deste para Josh McErlean (Skoda) que era de 17,7s enquanto Yohan Rossel (Citroën) estava a 21,3s que passou a ter mais um minuto devido a um erro da equipa e uma penalização por avanço. A luta estendeu-se até ao último troço, mas foi Nikolay Gryazin (Citroën) a vencer entre os RC2, mas o prémio maior foi para Jan Solans (Toyota), que bateu Josh McErlean (Skoda) por 6.4s.
O piloto que mais pontuou foi Ott Tanak
Apesar de ter vencido a prova, Sébastien Ogier não foi o piloto mais pontuado do fim de semana, mas sim Ott tanak, que depois de ter sido seugndo no sábado, potenciou melhor os ganhos no super-domingo e na PowerStage, o que lhe permitiu somar mais dois pontos que Ogier.
Também bastante bem pontuado ficou Thierry Neuville, que somou 24 pontos, já que depois do terceiro lugar no sábasdo, foi segundo no domingo e venceu a PowerStage.
Foi exatamente esta a estratégia da Hyundai que colocou três pilotos a pontuar no super-domingo, e outros tantos na PowerStage, tendo sido daí que vieram os seus maiores ganhos.
Mais info assim que possível
FOTO @world/ACP Motorsport
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P’ra mim pessoalmente, o recorde do Markku Alén batido representa o fim de uma era! Ogier o mais forte mentalmente neste rali, pena os azares do Evans… O japonês foi uma surpresa, o salto do Neuville em Fafe a melhor, e parece que voltamos a contar com o Tanak! Fui ver a Arganil, mas apesar da experiência e planeamento meticuloso ainda fui surpreendido por cortes de estrada p’la GNR… p’lo menos temos o rali no mundial para mais 2 anos…
Rali Top acessos Stop. O rali também fica prejudicado pelo excesso de popularidade. Ora se condegue entrar mas tens que andar muitos kilometros a pé. em situações quase impraticaveis, muito calor muito pó etc. ou então atracas num ponto e aguardas as duas passagens.Eu pessoalmente fui a zona centro e apenas consegui ver a passagem dos concorrentes em Góis, quizemos mudar de local e entao tudo de complicou.
Pois: o tal “excesso de popularidade” implica por parte das autoridades (e para manter o rali no WRC…) muito rigor… e por vezes em excesso!
Tínhamos duas placas que permitiam acesso a zonas interditas, à generalidade do publico, pouco adiantou. Mas o o custo das mesmas obviamente não o vou aqui mencionar. Se é para fazer dinheiro o ACP e que sabe.
Pois!
Mais uma aula do Mestre, Ogier sabe gerir como ninguém e foi só mais uma demonstração disso, a segunda em pouco tempo. Desfrutemos. Foram dez…Dez longos anos, até a Hyundai Motorsport conseguir dar a Neuville um carro que nada fica a dever aos seus adversários. Anos houve em que o carro era competitivo mas…. a nivel de fiabilidade….Outros em que o carro não era o suficiente… e talentoso Belga tentava no braço fazer o nivelamento, isso trouxe variadíssimos excessos. Presentemente o Hyundai é tão ou melhor que os seus adversários. Foram só dez anos. Neuville está muito forte, nota-se a… Ler mais »
A ver vamos!
Sim, obviamente mas Neuville está outro, parece até que sabe que «este» é o carro e o ano do titulo. Aguardemos e…Se calhar até já merece.
Cumprimentos.
P’los muitos 2ºs lugares de facto já merece…
Cumprimentos tmb…
Sem comentários…Sebastian Ogier continua em alta…
Foi um dos ralis mais emocionantes pelo menos até ao fim da manhã de sábado. Excelentes exibições de Katsuta, Fourmaux e Tanak. Quanto a Neuville e apesar de não ser o meu piloto preferido, tem sido rapidíssimo desde o inicio do campeonato, mesmo quando tem de abrir a estrada (como foi o caso) e com uma capacidade fantástica de reagir às adversidades. A continuar assim será sem dúvida o grande candidato ao titulo de 2024. A Toyota este ano correu um grande risco ao apostar no Elfyn e no Katsuta e dificilmente vai estar na luta pelo campeonato de pilotos.… Ler mais »