Entrevista a Elfyn Evans: “Aprende-se sempre algo com um pentacampeão do mundo”

Por a 26 Setembro 2018 13:48

Um dos pilotos convidados do recente Rallyday, foi Elfyn Evans, piloto da M-Sport no WRC. Com os preparativos para o próximo Rali da Grã-Bretanha em aceleração máxima, a prova realiza-se de no País de Gales de 4 a 7 de outubro, esta foi uma chance de descobrir quais são as expetativas do vencedor do rali de 2017.

Residente no Principado do País de Gales, onde o clima é notoriamente instável, e onde as condições húmidas e escorregadias da prova do ano passado influenciaram fortemente o seu desfecho, devido ao pneus mais adaptados que o galês utilizou (DMack), perguntámos a Elfyn Evans como prefere o tempo este ano? Seco ou molhado?

EE: Para ser honesto, espero que esteja seco, devido à nossa posição na estrada. Mas esperar é uma coisa, o que vai acontecer na realidade é outra. Eu acho que será estranho ter uma prova completamente seca. Obviamente, tivemos muita chuva a semana passada, mas a próxima semana está previsto termos novamente tempo seco. Neste verão, não choveu, e as estradas ficaram muito compactas pelo que a chuva que caiu tendeu a correr para as valas, à beira da estrada. Por isso vamos esperar e ver o que acontece.

Este ano a prova tem várias mudanças, são boas ou más?

EE: “É sempre bom ter mudanças. Eu diria que se torna repetitivo, quando as provas repetem os mesmos troços ano após ano. No entanto, acho que os troços de sexta-feira deste ano talvez não sejam tão gratificantes para os pilotos como no passado. Os ‘verdadeiros’ troços estão no meio do País de Gales, e correm-se no segundo dia. Nos troços do norte do País de Gales (primeiro e último dia), perdemos a natureza fluida das estradas, especialmente com os trechos de asfalto que podem ficar muito sujos quando os carros cortarem as curvas.”

O que achas de usar trechos de vias públicas até aqui fechadas?

EE: Eu acho que têm o potencial de ajudar a prova, mas depende da configuração que escolheram. Eu adoraria ver os troços de Dovey e de Gartheiniog (a meio do País de Gales) unidos para fazer um troço longo, com apenas uma pequena ligação curta de asfalto no meio, mas às vezes os troços demasiado longos não funcionam bem. Claro que, se eu olhar para a questão da perspetiva da imprensa e dos adeptos, é muito mais emocionante ver troços mais curtos do que um número muito pequeno de troços longos. Mas quando se têm troços com caráter de Dovey e Gartheiniog, eu penso que daria um grande troço.

Olhando para o ano passado (2017), quais são as tuas memórias do evento e o efeito que teve para ti?

EE: “Foi obviamente um grande alívio, finalmente conseguir a minha primeira vitória no WRC. Chegámos perto da Argentina, no começo do ano, onde foi frustrante perder por uma margem tão pequena (0,7 segundos). Obviamente, tínhamos um pneu diferente de todos os outros, mas isso não era ‘tiro e queda’. Tive alturas em que tinha de gerir o desgaste dos pneus. Estávamos muito no limite do desgaste, na etapa de 110 km feita no sábado, mas conseguimos fazer com que tudo funcionasse. Foi obviamente um grande sentimento ganhar em casa na frente da família e amigos…”

Na M-Sport, as últimas duas temporadas têm contado com Sebastien Ogier. Como tem sido a vida com ele?

EE: “Tem sido bom. Há sempre algo para aprender quando se trabalha com um piloto que foi cinco vezes campeão do mundo. Apanha-se sempre algo novo dele em quase todos os troços. Muitas vezes, algo pequeno, mas por vezes os detalhes são tudo, e significam muito.

Coisas como a maneira como ele lida com a gestão de tempo ou a maneira que ele exige as coisas! Às vezes vem com o privilégio do seu estatuto e da sua experiência passada, mas isso ajudou a equipa a crescer.”

Todos ficaram impressionados com a forma como tu, voluntariamente, sacrificaste pontos no campeonato e ajudaste o Sebastien na Turquia…

EE: “Isso foi difícil! Essencialmente, o nosso rali acabou na sexta-feira, e com isso em mente, temos de fazer o que é do melhor interesse da equipa. Espero que nas últimas três provas possamos colocar-nos numa posição mais forte no campeonato. Sou empregado da equipa para pilotar e tenho que respeitar as suas decisões.”

Finalmente, o que esperas que aconteça no próximo ano?

EE: “Eu ainda não sei. Nada foi decidido ainda. Tenho tido sucesso com a M-Sport. Obviamente, seria ótimo continuar. Alguns pilotos importantes ainda precisam de tomar as suas decisões, ou pelo menos anunciar suas decisões, pelo que vamos esperar e ver. Para mim, de certeza que estou com fome de continuar. 2018 tem sido um ano muito difícil para mim, mas estou ansioso para retificar isso em 2019.”

Martin Holmes

Caro leitor, esta é uma mensagem importante.
Já não é mais possível o Autosport continuar a disponibilizar todos os seus artigos gratuitamente.
Para que os leitores possam contribuir para a existência e evolução da qualidade do seu site preferido, criámos o Clube Autosport com inúmeras vantagens e descontos que permitirá a cada membro aceder a todos os artigos do site Autosport e ainda recuperar (varias vezes) o custo de ser membro.
Os membros do Clube Autosport receberão um cartão de membro com validade de 1 ano, que apresentarão junto das empresas parceiras como identificação.
Lista de Vantagens:
-Acesso a todos os conteúdos no site Autosport sem ter que ver a publicidade
-Oferta de um carro telecomandado da Shell Motorsport Collection (promoção de lançamento)
-Desconto nos combustíveis Shell
-Acesso a seguros especialmente desenvolvidos pela Vitorinos seguros a preços imbatíveis
-Descontos em oficinas, lojas e serviços auto
-Acesso exclusivo a eventos especialmente organizados para membros
Saiba mais AQUI
Subscribe
Notify of
0 Comentários
Inline Feedbacks
View all comments
últimas Newsletter
últimas Autosport
newsletter
últimas Automais
newsletter
Ativar notificações? Sim Não, obrigado