CPR, Rali Serras de Fafe – Armindo Araújo começa da melhor forma

Por a 12 Março 2022 20:24

A dupla Armindo Araújo/Luís Ramalho (Skoda Fabia Rally 2 Evo) começou o ano como uma vitória clara e categórica no Rally Serras de Fafe-Felgueiras-Cabreira e Boticas. O piloto apoiado pela The Racing Factory não teve concorrência a nível nacional e venceu confortavelmente a primeira prova do ano.

Se a última edição do Rali Serras de Fafe já tinha proporcionado dores de cabeça por causa da meteorologia, a edição 2022 da prova nortenha teve contornos similares. A chuva que finalmente caiu no nosso país, complicou sobremaneira a tarefa dos pilotos nacionais, com os troços a ficarem muito danificados com as passagens dos primeiros carros. Assim, quem saiu em primeiro teve alguma vantagem sobre os restantes e foi aqui que esteve parte do segredo da vitória de Armindo Araújo.

A primeira dupla a destacar-se foi Miguel Correia/Jorge Carvalho (Skoda Fabia Rally2 Evo), que fizeram o melhor tempo do CPR na Super Especial de Fafe. Correia vinha determinado em aplicar os ensinamentos do ano passado e começou com o pé direito na única especial de sexta-feira. Neste sábado, as coisas mudaram de figura e o mau tempo que se abateu sobre os troços da prova tornaram tudo muito mais difícil. 

Armindo Araújo começou ao ataque, beneficiando das ainda boas condições dos troços nas primeiras passagens, cavando um fosso de 28 segundos para Correia logo na primeira PE. A dupla do Team Hyundai Portugal  Bruno Magalhães/ Carlos Magalhães (Hyundai i20 N Rally2) tentou entrar no ritmo desde cedo, mas as condições dos troços não ajudaram.

A primeira prova do ano começou mal para vários intervenientes. A dupla Ricardo Teodósio/José Teixeira (Hyundai i20 N Rally2), no primeiro rali com as novas cores, começou o ano com uma transmissão traseira partida logo no primeiro troço do dia, o que obrigou o piloto algarvio a fazer a secção da manhã apenas com tração dianteira, o que nos troços cheios de lama se revelou fatal para as aspirações da dupla campeã em título. Também para a dupla José Pedro Fontes/Inês Ponte (Citroen C3 Rally2), a prova começava mal. Fontes disse que queria apenas sobreviver no início da prova, mas as condições adversas, aliadas a uma escolha menos feliz dos pneus, ditou desde início um atraso muito difícil de recuperar. Pior, só mesmo para a dupla Daniel Nunes / Nuno Mota Ribeiro (Ford Fiesta Rally3) que foi obrigada a desistir logo no primeiro troço. Um toque na Super Especial, que não pôde ser reparado, deitou por terra uma excelente oportunidade de se destacarem, dada a valia do piloto e do carro nas condições que se verificaram. 

Na terceira especial do dia, Armindo Araújo tinha um minuto de vantagem para Miguel Correia. Vantagem que ficou ainda mais dilatada no final da secção da manhã, com dois minutos de diferença entre o primeiro e o segundo. Bruno Magalhães mantinha-se no top 3, mas já demasiado longe do primeiro lugar, sobrando a luta pelo segundo. José Pedro Fontes era quarto e a dupla Pedro Almeida / Mário Castro (Skoda Fabia Rally2 Evo) ocupava o quinto lugar, na primeira prova desta nova dupla, na sua nova máquina. Por falar em estreias, foi também uma estreia complicada para Pedro Meireles / Pedro Alves (Hyundai i20 N Rally2), com as condições longe do ideal para experimentar a nova máquina do piloto, que fez apenas um shakedown antes desta prova.

Para os carros da Racing4You também foi uma manhã complicada com a dupla Ricardo Filipe / Fernando Almeida (Ford Fiesta R5) a ficar pelo caminho e a dupla Manuel Castro / Ricardo Cunha a terem cautelas extra depois de um problema no seu Skoda Fabia R5. 

A manhã, mesmo com a anulação da primeira passagem por Vieira do Minho (por não haverem ambulâncias 4×4 na zona, o que não garantia as condições de segurança) definia assim o resto do dia. Com distâncias tão alargadas, apenas a luta pelo segundo lugar entre Correia e Magalhães, e a luta pelo quarto entre Fontes e Almeida poderia dar algum tempero ao resto da prova.

A tarde começou com a anulação da segunda passagem por Boticas, com a organização da prova a considerar que o troço estava demasiado danificado pela chuva que continuou a cair, optando por anular a PE6 por motivos de segurança.

A PE7 deu-nos um Armindo Araújo mais cauteloso, querendo garantir a vitória no CPR, mas ao mesmo tempo mantendo as abertas as possibilidades de um bom resultado no ERC, onde se mantinha no terceiro lugar da geral. Miguel Correia ganhou algum tempo a Bruno Magalhães e Pedro Almeida passou para o quarto lugar, destronando José Pedro Fontes. Ricardo Teodósio e Pedro Meireles estavam cada vez mais longe da frente e Mário Castro ia sobrevivendo. 

A PE8 deu-nos mais do mesmo na frente. Araújo foi o mais rápido e tinha três minutos e 25 de vantagem para Correia, que teria de se defender do ataque final de Magalhães, a apenas 28 seg. do segundo classificado. O top 3 estava definido, mas a luta pelo quarto teve mais uma cambalhota com Fontes a recuperar a posição de Pedro Almeida que completava assim o top 5, seguido de Teodósio e Meireles.

Sem surpresas, Armindo Araújo venceu a PE9 e carimbou a primeira vitória do ano no CPR. O piloto de Santo Tirso aumentou ainda mais a vantagem para Miguel Correia, que ficou com o segundo lugar, com Bruno Magalhães a ficar com o último lugar do pódio. José Pedro Fontes terminou a prova em quarto lugar, à frente de Pedro Almeida e Ricardo Teodósio. Pedro Meireles foi sétimo, Manuel Castro terminou em oitavo e a dupla Paulo Caldeira e Ana Gonçalves ( Citroën C3 Rally2) fechou o nono posto. Nas duas rodas motrizes, vitória para Ernesto Cunha  / Rui Raimundo (Peugeot 208 Rally4). 

Foi uma prova muito dura onde Armindo Araújo conseguiu ser claramente mais forte, estando sempre acima da concorrência. Venceu os troços todos, incluindo a Power Stage e começa o ano da melhor maneira. Miguel Correia volta a começar bem o ano, com uma boa prestação. A evolução do piloto é clara e este segundo lugar é o prémio justo pela exibição, que considerou a melhor da sua carreira. Bruno Magalhães queria mais, mas o resultado no qualifying comprometeu as aspirações do piloto Hyundai, que ainda assim conseguiu um pódio. Para Fontes foi um dia para esquecer e para Teodósio ficam os primeiros quilómetros em competição no Hyundai. Pedro Almeida terminou no top 5, um bom resultado tendo em conta as circunstâncias da prova e do próprio piloto com muitas novidades (carro novo, navegador novo).

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