WRC híbrido só para 2022, mas decisões estão ainda em aberto

Por a 29 Julho 2018 18:00

O assunto é cada vez mais falado, o Mundial de Ralicross já optou por esse caminho (para 2020), mas os ralis vão esperar mais algum tempo, pois mexer no que está bem, pode significar um passo atrás. Mas é consensual que algo tem de ser feito…

Não é para já possível com a tecnologia disponível hoje, tornar o WRC totalmente elétrico, mas híbrido será certamente o caminho.

Recentemente e na sequência do seu sucesso em Pikes Peak, com o seu protótipo elétrico, Sven Smeets, diretor da VW MotorSport referiu-se ao WRC, sugerindo aos diretores das equipas que encontrassem forma de adotar energias alternativas num futuro próximo.

Sabe-se que a FIA está a trabalhar na possibilidade de vir a ter carros de ralis elétricos ou apenas híbridos, mas não há ainda consensos, muito menos regras para o novo ciclo que está previsto para 2020: “O WRC precisa de algo que o ligue à próxima geração, mas aceito que a resposta a isto não é linear. Se me perguntarem se acho que o WRC devia avançar já para um carro elétrico, digo que não é a altura certa, mas alguma coisa tem que ser feita” disse Smeets.

Há quem entenda que o WRC deve permanecer igual até 2022, há quem pense que pode ser tempo demais, quatro anos hoje em dia é muito tempo. A decisão que a FIA tem em mãos não é fácil, porque há que trabalhar em dois sentidos, regulamentando para manter as equipas que existem e ao mesmo tempo abrir a porta a outras. Sendo verdade que o WRC está bem, também é verdade que só com uma grande alteração de regulamentos pode seduzir outras marcas a vir para o WRC – não há sinais de construtores a querer entrar neste momento – e isso não significa diretamente que as que estão queiram os novos regulamentos e continuem com eles…

Quando falámos há algum tempo com Michel Nandan, o líder da Hyundai referiu que algo vai certamente mudar nos próximos anos: “Totalmente elétricos é algo tecnicamente impossível devido às distâncias percorridas pelos carros, sobretudo nas ligações, conjugado com o número de assistências que os carros têm hoje em dia. Introduzir tecnologias híbridas pode ser possível mas depende da percentagem da componente elétrica que o carro terá. Há alguns aspetos que teriam que ser bem estudados, como a autonomia das baterias, o seu peso e a influência no comportamento do carro em termos de condução ou ainda a forma como a energia elétrica era obtida, quer através do aproveitamento e da regeneração, quer através de cargas externas. Diria que tem tudo a ver com a tecnologia disponível no momento, pois sabemos que as coisas estão em constante evolução. Em termos estratégicos, a Hyundai tem apostado no desenvolvimento de tecnologia baseada em célula de combustível pelo que, em termos marketing até faria mais sentido este tipo de tecnologia”, disse.

Quanto a Pierre Budar, hómologo da Citroën Racing: “Penso que os regulamentos do WRC deveriam começar a ser pensados para integrar essa tecnologia. Na Europa, as restrições relativamente às emissões de CO2 são cada vez maiores e como tal, nós temos que promover energias alternativas. Para a Citroën, todo o Marketing da marca será focado em tecnologias em que a energia elétrica está presente e, como tal, os ralis, que são um veículo de Marketing por excelência, deviam acompanhar esta evolução”.

Quanto a Malcolm Wilson, dá como adquirido, pelo menos tecnologia híbrida: “É uma evidência. Estamos a discutir com a FIA à procura de uma solução para 2022 ou 2023. Qual vai ser ainda não sabemos. Todos têm a sua visão sobre a questão, e por isso a questão não está fechada. O objetivo passa por ter uma regulamentação técnica definida no final da próxima época de modo a que possa entrar em vigor em 2022”, disse.

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