TOP 25 DO ANO – NACIONAL

Por a 13 Janeiro 2020 16:38

O AutoSport decidiu escolher os que entende serem os 25 pilotos nacionais e internacionais que mais se destacaram no ano de 2019. Como sempre, este tipo de escolhas é um desafio bem complicado, e não menos vezes polémico, já que em muitos casos temos de fazer escolhas que se baseiam mais na perceção que os pilotos nos deixam, e menos nos resultados que as classificações dos campeonatos devolvem, ainda que, invariavelmente, as classificações reflitam muito do que foram as prestações dos pilotos em pista, na estrada, ou mesmo fora dela.

Convém sempre não esquecer que o grau de dificuldade das disciplinas onde os pilotos estão inseridos tem de ser levado em conta, já que um piloto que seja sétimo ou oitavo numa disciplina muito difícil e equilibrada ou que conduza carros mais competitivos, pode estar num nível bem mais alto que outros que tenham vencido as suas competições. Para além disso, decidimos ordenar os pilotos que mistuaram ‘pistas’ com ‘estrada’, o que adiciona dificuldade à questão. De qualquer forma, aqui ficam as nossas listas, de 25 pilotos nacionais e internacionais, ordenados segundo o que achamos terem sido as suas prestações de 2019.

1 Filipe Albuquerque (IMSA/ELMS)

2 Ricardo Teodósio (CPR)

3 António Félix da Costa (Fórmula E)

4 Bruno Magalhães (CPR)

5 Henrique Chaves (GT Open)

6 Tiago Reis (CPTT)

7 Alexandre Camacho (CRM)

8 Miguel Ramos (GT Open)

9 Tiago Monteiro (WTCR)

10 Álvaro Parente (Blancpain GT WC America)

11 João Fonseca (C.P. Montanha)

12 José Pedro Fontes (CPR)

13 Luís Miguel Rego (CRA)

14 Francisco Mora (TCR Ibérico)

15 Pedro Santinho Mendes (SSV)

16 Pedro Almeida (CPR)

17 Carlos Fernandes (PRCI)

18 André Cabeças (CNR)

19 Pedro Antunes (ERC/PRCI)

20 Fernando Teotónio (CCR)

21 Márcio Marreiros (CSR)

22 João Ribeiro (Ralicross)

23 Gil Antunes (CPR2)

24 Guilherme Oliveira (Karting)

25 Rodrigo Ferreira (Karting)

1-Filipe Albuquerque (IMSA/ELMS)

Filipe Albuquerque teve um ano repleto de competição. O piloto de Coimbra correu no IMSA, no ELMS e por fim no WEC, o que significa que esteve presente nas três maiores competições de endurance do mundo. A qualidade e o talento de Albuquerque já não surpreendem ninguém e o rótulo de um dos melhores pilotos de endurance do mundo assenta-lhe muito bem. Não foi uma época fácil para o português e os resultados nem sempre foram os melhores, demasiadas vezes acompanhado pelo azar. Mas cumpriu sempre o seu papel de forma irrepreensível, sendo sempre dos mais rápidos nas categorias em que correu. Não podemos deixar de lembrar João Barbosa, que fez dupla com Albuquerque no IMSA, mas o piloto de Coimbra esteve uns furos acima. 2020 promete muito, agora com uma máquina mais capaz no ELMS e no WEC e com a parceria no carro #31 nas provas de longa duração. Se o azar o largar, vamos ver muitas vezes a bandeira portuguesa no topo como vimos no Bahrein.

2-Ricardo Teodósio (CPR)

Depois de em 2018 ter lutado pelo título do CPR até ao fim, este ano assegurou o almejado título nacional de ralis. Não foi fácil, ainda apanhou um susto com o acidente pré-Vidreiro, mas o que fez nessa prova com duas costelas partidas mostrou que dificilmente perderia o título. Uma enorme vontade de ser campeão, aliada a uma pilotagem que sobe de nível de ano para ano, torna-o num campeão merecido, numa competição muito valorizada pela luta dos adversários. Uma regularidade impressionante de resultados foi o segredo e, para lá das duas vitórias que obteve, só uma vez não foi ao pódio (Madeira).

3-António Félix da Costa (Fórmula E)

A entrada da BMW em cena permitiu-lhe lutar pelo título, que escapou, e vencer uma corrida. Mas o português relembrou a quem se pudesse ter esquecido que tem tudo para ser uma referência. Voltou também ao endurance, no WEC, começando a sua participação da melhor maneira com vitórias e presenças no pódio. Tem como missão suplantar o bicampeão de Fórmula E na “sua” equipa. 2019 foi bom, mas queremos mais.

4-Bruno Magalhães (CPR)

Bruno Magalhães regressou este ano ao CPR, e tal como fez nos últimos anos, voltou lutar pelo título. Dado o nível da competição, sabia-se que não seria fácil, e o período de adaptação inicial comprovou-o. Quanto teve o carro como queria, venceu duas provas e foi ao pódio nas outras duas, levando a luta no CPR até ao derradeiro metro. Em três anos, foi vice-campeão duas vezes e foi ao pódio no outro ano. Continua um grande piloto.

5-Henrique Chaves (GT Open)

A aposta nos GT não podia ter sido mais acertada, pois Henrique Chaves foi um dos destaques na sua primeira época no GT Open. Adaptou-se rapidamente à sua nova realidade e foi competitivo desde início. Venceu, lutou pelo título (terminou em terceiro) e, mais que isso, provou que tem capacidade para ser bem sucedido na modalidade. Pelo segundo ano consecutivo experimentou uma nova realidade e voltou a dar-se bem.

6-Tiago Reis (CPTT)

Tiago Reis é um excelente exemplo de que com um bom trabalho se pode chegar longe. Saiu da ‘Montanha’, competição que já lhe ‘dizia’ pouco, e foi para o TT. Sem nunca lá ter corrido, depois de duas épocas de evolução com o Mitsubishi Racing Lancer, chegou este ano ao título nacional. Não é o mais rápido, mas é muito consistente, pois a única prova em que não terminou no pódio deveu-se a problemas de transmissão no carro.

7-Alexandre Camacho (CRM)

Sexto título de Campeão da Madeira de Ralis para Alexandre Camacho. Apesar dos adversários se terem equipado melhor este ano, o desfecho da competição foi o mesmo. E mesmo com a forte oposição de Miguel Nunes, Camacho foi mais forte e a sua exibição no Rali Vinho Madeira, que venceu na geral, confirmou tudo o que tinha ficado para trás. O terceiro lugar que obteve no Algarve só mostrou que não é só na Madeira que anda bem.

8-Miguel Ramos (GT Open)

É um nome incontornável do GT Open e continua a mostrar velocidade para lutar contra os melhores. A sua paixão pela competição é clara, mas não deixa que a obsessão pela vitória lhe retire o prazer que tem de estar em pista. É um exemplo para os mais jovens e com muito para dar. Esteve novamente na luta por vitórias e pelo título e fez com Henrique Chaves a dupla que nos representou no FIA Motorsport Games.

9-Tiago Monteiro (WTCR)

Depois de ter enfrentado o maior desafio da sua vida, Tiago Monteiro voltou às pistas a tempo inteiro. Provou a todos que ainda tem o que é preciso para ser bem sucedido, venceu em Vila Real perante o seu público e voltou a ser um grande embaixador da Honda. Voltar a ver o #18 em pista foi um motivo de grande alegria e Monteiro pode estar orgulhoso do que conquistou este ano, dentro e fora de pista.

10-Álvaro Parente (Blancpain GT WC America)

Álvaro Parente não desilude. O piloto luso voltou a ter um grande ano na agora denominada Blancpain GT World Challenge America (anteriormente Pirelli World Challenge). Parente ficou em segundo lugar na competição, que já venceu, e assinou quatro vitórias, a que se juntaram oito pódios, ficando fora do top 3 apenas por duas vezes. O português é dos melhores do mundo e a cada ano prova-o sem margem para dúvida.

11-João Fonseca (C.P. Montanha)

João Fonseca sagrou-se bicampeão de Portugal de Montanha, repetindo o título já alcançado em 2015, isto depois de vencer sete das oito provas do campeonato. Na verdade, foi bem mais o bom andamento que determinou os resultados e não tanto a superioridade do material. É verdade que o Silver Car EF10 esteve em bom plano, mas os curtos apoios colocaram-lhe pressão adicional para não falhar, o que fez com brilhantismo.

12-José Pedro Fontes (CPR)

A época de José Pedro Fontes no CPR demorou um pouco e ‘pegar’, mas quando isso sucedeu, ainda foi a tempo de se incluir na luta pelo título. Depois do segundo lugar na Madeira, venceu dois ralis seguidos, mostrando um andamento fantástico, que já lhe tínhamos visto antes, em Mortágua. Foram precisamente os azares em Mortágua e no Rali de Portugal que o afastaram do campeonato, mas terminou o ano a ‘prometer’ um 2020 diferente.

13-Luís Miguel Rego (CRA)

Luís Rego Jr. assegurou pela segunda vez o título de Campeão dos Açores de Ralis. O piloto do Team Além Mar fez o necessário para vencer o ‘regional’,

depois dos problemas dos seus principais adversários, (saída de Bernardo Sousa e entrada de Diogo Gago) triunfando em três das seis provas da competição. Saiu também da sua zona de conforto e veio ao continente disputar duas provas, para reforçar a sua evolução como piloto.

14-Francisco Mora (TCR Ibérico)

Voltou a ser destaque numa competição TCR. Sem orçamento para continuar a progredir no TCR Europe, onde mostrou o seu talento e venceu, Mora manteve-se no ativo no TCR Ibérico e no Open de Velocidade. Foi constantemente o mais forte e sagrou-se campeão na época de estreia da competição Ibérica que dá os primeiros passos. Mora merecia outros voos, mas sem orçamento para mais, vai mostrando o seu talento em casa.

15-Pedro Santinho Mendes (SSV)

Pedro Santinho Mendes teve uma época de grande nível nos SSV – a disciplina que (de longe) mais tem crescido em Portugal – ao assegurar o título de Campeão Nacional Absoluto nos SSV, vencendo também o Troféu Can-Am Maverick. Sempre com um excelente andamento e leitura do terreno, assegurou duas vitórias na geral, dois segundos e um terceiro lugares, sem nunca ter abandonado. Uma grande época de um bom piloto.

16-Pedro Almeida (CPR)

Pedro Almeida continua a sua caminhada até aos lugares da frente do CPR e em 2019 foi quarto no campeonato, logo a seguir aos candidatos ao título. Ficou na frente de pilotos como Miguel Barbosa e Pedro Meireles, fruto de um ano regular, em que só o ‘azar’ dos Açores destoou. Adaptou-se bem ao Skoda, está claramente a andar melhor, fez dois quartos lugares e um quinto e os pódios já estão bem mais perto.

17-Carlos Fernandes (PRCI)

Depois de vários anos a dar espetáculo no seu Mitsubishi Lancer, com que venceu a Taça de Portugal de Ralis em 2014, entre outros títulos, Carlos Fernandes disputou este ano a Rally Cup Ibérica. Com um Peugeot 208 R2, fez quatro pódios em seis provas, que lhe valeram o quarto lugar da competição. Sempre espetacular, embora não tão eficiente quanto era com o Mitsubishi, sem os azares teria chegado mais longe.

18-André Cabeças (CNR)

André Cabeças foi Campeão Norte de Ralis, depois de vencer cinco das sete provas que realizou. Sempre a contar com um competitivo Mitsubishi Lancer Evo IX, foi mais forte em confronto direto face a Filipe Madureira e assegurou o título, naquela que foi a sua melhor época nos ralis, isto depois de ter passado pelo karting e velocidade, no Troféu Clio, Open e Fórmula BMW. Em 2020 vem aí um R5 com que já correu nas Camélias.

19-Pedro Antunes (ERC/PRCI)

A temporada de Pedro Antunes pode não ter sido muito produtiva em termos de resultados, mas a verdade é que o andamento não engana e um bom exemplo disso foi o Rali das Camélias, ao lutar à chuva com um 4X4. No ERC viu-se uma boa evolução e na Peugeot Rally Cup Ibérica teve demasiados azares, depois de ter vencido em Fafe. Sem dúvida que mostrou um bom andamento em praticamente todas as provas e que o tem ninguém duvida.

20-Fernando Teotónio (CCR)

Ser Campeão de Ralis não é novidade para Fernando Teotónio, mas este ano, o rápido piloto de Amarante esteve ao seu mais alto nível, já que para além de ter sido campeão Centro de Ralis, venceu também os cinco Troféus Kumho, Terra Centro, Terra Sul, Asfalto Centro, Asfalto Sul e Kumho Masters. Tudo o que podia ganhar… ganhou! No CCR, dos oito ralis, venceu cinco, numa prestação quase avassaladora.

21-Márcio Marreiros (CSR)

Márcio Marreiros foi Campeão Sul de Ralis e alcançou um título ‘regional’ pela sexta vez na sua carreira. Um grande feito de um piloto que alia a rapidez no seu inseparável Mitsubishi Lancer Evo, a uma grande espetacularidade no seu andamento. E, ainda por cima, quase nunca desiste, já que isso só lhe sucedeu três vezes em três anos. Este ano, no CSR, venceu três das sete provas da competição.

22-João Ribeiro (Ralicross)

João Ribeiro tornou-se este ano tricampeão Nacional de Ralicross e tem vindo a dominar a competição. Nos últimos quatro anos venceu três campeonatos e três taças de Portugal. Uma prestação avassaladora do piloto na S1600. A juntar aos três títulos, João Ribeiro tem igualmente dominado a Taça Nacional e das 29 corridas dos últimos quatro anos, venceu 20, sendo claramente um dos pilotos mais bem sucedidos do ralicross.

23-Gil Antunes (CPR2)

Gil Antunes conseguiu em 2019 o título de Campeão Nacional de Ralis Duas Rodas Motrizes, algo que há muito procurava. Tal como em anos anteriores, andou sempre na luta pelos lugares cimeiros, mas até aqui sempre lhe foi faltando ‘qualquer coisa’. Este ano os astros alinharam-se e venceu, num ano em que andou a uma nível mais elevado do que lhe tínhamos visto até aqui. Agora, um projeto mais ambicioso para 2020.

24-Guilherme Oliveira (Karting)

O talento de Guilherme de Oliveira voltou a ficar bem visível num ano em que venceu três das mais importantes competições nacionais: o Open de Portugal, o Campeonato de Portugal e o Troféu Rotax. Top-4 no Rotax International Trophy, disputado em Le Mans, e teste na Fórmula 4, no circuito italiano de Adria, também foram momentos importantes num percurso notável do jovem piloto de 14 anos de Vila Nova de Gaia.

25-Rodrigo Ferreira (Karting)

Aos 17 anos, Rodrigo Ferreira tornou-se no primeiro português a conquistar um pódio no ‘Mundial’ de Karting da categoria X30 Super Shifter (karts com motores de 175cc e com caixa de velocidades), numa época em que também se sagrou campeão nacional X30 Super Shifter Sénior e venceu a sua terceira Taça de Portugal de Karting. O piloto do Porto tem desde a categoria Júnior colecionado vários títulos.

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