GP da Espanha F1: Notas AutoSport (Parte I)

Por a 15 Maio 2018 15:18

O circuito da Catalunha recebeu as máquinas da F1 e ficou assim inaugurada a ronda europeia do campeonato, numa pista que é um verdadeiro teste às qualidades dos chassis das equipas, com muitas curvas em apoio. E quando as pistas se tornam mais exigentes ao nível aerodinâmico… a emoção das corridas diminui um pouco. Foi um domingo menos entusiasmante que outros,  mas ainda assim com vários apontamentos de interesse.

 

Mercedes – De volta à velha forma

Foi um fim de semana típico para os flechas de prata. Desde 2014 que andam a coleccionar corridas assim, em que dominam de fio a pavio. O carro apresentou-se mais competitivo e pelos vistos gostou dos pneus que a Pirelli trouxe para Barcelona, ao contrário dos Ferrari. Corrida perfeita de Hamilton, que acabou com 20 segundos de vantagem sobre Bottas, que também fez uma boa corrida mas… ficar a 20 seg. do colega de equipa não é bom. Perdeu no arranque para Vettel e ainda agora deve piscar o olhos aos engenheiros da Ferrari que gizaram a estratégia do alemão, que permitiu-lhe subir ao segundo lugar no pódio..  A Mercedes, tal como em 2017, começou menos bem aguentou até Barcelona e aí apresentou melhorias significativas. Liderança em todas as frentes garantida até à próxima prova, nas ruas do principado do Mónaco.

Lewis Hamilton: Nota 10

Valtteri Bottas: Nota 8

Mercedes: Nota 10

 

Red Bull – E à quinta corrida, Verstappen sorriu

Tem sido um início de época complicadíssimo para Verstappen, mas o holandês parece dar-se bem com os ares de Barcelona, pista onde venceu pela primeira vez na F1, na sua primeira corrida pela Red Bull. A distância de Max para Ricciardo na qualificação foi mínima (0.002 seg) mas fez toda a diferença na corrida. Verstappen, conseguiu subir à terceira posição,  cortesia da Ferrari, e mesmo com a asa danificada devido a um toque com Stroll, conseguiu levar o carro ao lugar mais baixo do pódio. O azar deve ter-se fartado de implicar com ele pois se não fosse assim, o toque  no Williams teria arruinado a corrida. Mas Max teve o fim de semana que precisava para regressar à forma que todos esperam dele. Já Ricciardo… uma corrida onde passou despercebido e ainda bem pois assim ninguém viu o erro no recomeço da corrida depois do Virtual Safety Car. Um pião ” à la Grosjean” que custou 12 seg. e que carimbou a sua posição final. Tentou compensar e ficou com a volta mais rápida da corrida (terceira vez este ano) mas o carro estava muito difícil de guiar, segundo o australiano. Quanto à Red Bull… excelente carro, excelente estratégia, talvez tenha faltado um pouco de motor.

Max Vestappen : Nota 8

Daniel Ricciardo: Nota 7

Red Bull: Nota 9

 

Ferrari – Um rude golpe na moral

No fim de semana em que apresentaram uma versão mais… orelhuda do Halo, a Ferrari chegou ao final do dia de domingo com a clara sensação que podiam ter feito mais e com muitas dúvidas. Uma corrida onde a estratégia não resultou, com a chamada às boxes de Vettel  durante o VSC a correr mal, o que fez o alemão perder muito tempo. O carro esteve parado 5 segundos (muito tempo) e já a primeira chamada às boxes colocou Vettel atrás de Magnussen, uma situação longe do ideal. O alemão fez o que pôde mas não teve a ajuda das boxes que precisava. Kimi também teve um fim de semana mau, com problemas nos dois motores que usou, um dos quais ditou o abandono na corrida. Kimi  estava a mostrar o bom andamento que tem evidenciado ultimamente,  mas ficou apeado ainda antes do meio da prova.  A Ferrari para além dos problemas de fiabilidade, vai ter de entender porque estes pneus se degradaram tão depressa. A Scuderia, que tem conseguido gerir como ninguém o desgaste das borrachas, foi a que mais dificuldades teve nesse capitulo.

Sebastian Vettel: Nota 8

Kimi Raikkonen: sem nota

Ferrari: Nota 4

 

Haas – Dr Jekyll e Mr Hyde revisitado

Magnussen é um caso complicado de avaliar. É um piloto de grande talento, que não teve a sorte do seu lado no início da sua carreira, mas tem algumas atitudes em pista muito questionáveis. Depois da borrada que fez em Baku, onde ia atirando Gasly contra os muros, resolveu fazer algo semelhante a Leclerc nos treinos livres. Poderia dar vontade de lhe atirar com um capacete à cabeça mas depois vemos que fez uma corria muito boa, onde conquistou um sólido sexto lugar, aproveitando o potencial do seu carro. Está na melhor fase da sua carreira na F1 mas precisa de jogar um pouco mais limpo. Não precisa de usar tanta agressividade para não dar asas à fama que já tem. O talento para se dar bem na F1 é claro mas precisa de evitar problemas desnecessários. Já Grosjean… mais um erro feio, mais uma desistência e mais uma vez sem pontuar. Já começam a faltar adjectivos para qualificar a época  2018 e não é pelos melhores motivos.

Kevin Magnussen: Nota 8

Romain Grosjean: Sem nota

Haas: Nota 8

 

Renault – Não foi brilhante mas deu para subir ao quarto posto

A corrida começou da pior maneira, com Hulkenberg a ser apanhado no “furacão Grosjean”, ficando logo fora de prova, o desfecho menos desejado depois do erro em Baku. O alemão ficou logo prejudicado na qualificação, quando perdeu potência no seu motor (provocado por impurezas no combustível). No arranque perdeu também uma posição e ficou na posição certa para levar com um Haas. Não estava escrito. Já Sainz fez uma boa corrida, com um bom sétimo posto e algumas lutas interessantes e um bom resultado para a equipa que conseguiu passar a McLaren no campeonato de construtores.

Carlos Sainz: Nota 8

Nico Hulkenberg: sem nota

Renault: Nota 8

 

 

 

 

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