Sondagem – Que futuro para a F1? V8? V10? Híbridos?
Mohammed Ben Sulayem, presidente da FIA, tem falado muito sobre o futuro dos motores de Fórmula 1, defendendo o abandono da atual complexidade dos motores turbo híbridos a longo prazo — mesmo com as novas regulamentações previstas para 2026. Para o responsável, estes motores são demasiado caros, complicados e pesados, apesar da eliminação do MGU-H, o componente elétrico que recupera energia do turbo.
Ben Sulayem propõe uma transição para motores V8 mais simples, leves e baratos, idealmente já em 2029 ou 2030. Além disso, defende uma maior padronização de componentes-chave, como caixas de velocidades, combustíveis e sistemas híbridos. Esta estratégia poderá reduzir os custos dos motores em até 65% e diminuir o peso das unidades em cerca de 80 kg, comparativamente às que serão introduzidas em 2026.
A hipótese de regressar aos motores V10 foi descartada pelos fabricantes, mas os V8 parecem mais viáveis. Contudo, a padronização do combustível e dos sistemas híbridos poderá enfrentar resistência, dado que estas áreas estão muitas vezes ligadas a contratos de patrocínio e acordos tecnológicos.
Ben Sulayem reconheceu que quaisquer alterações antes de 2030 precisam de aprovação dos fabricantes, mas ressalvou que, na ausência de consenso, a FIA poderá impor mudanças no final do ciclo regulatório atual. O objetivo final desta visão é garantir a sustentabilidade a longo prazo da Fórmula 1, reduzindo custos e simplificando a tecnologia, sem perder a ligação aos motores de estrada.
A questão que colocamos hoje aos leitores é simples: Que futuro quer para a F1? O regresso dos V8? Dos V10? Ou manter esta fórmula mais atual e mais relevante para a indústria automóvel? Concorda com o uso de mais peças padronizadas, ou isso vai contra a filosofia da F1? A F1 deve ser mais tecnologia, mais espetáculo ou uma mistura bem ponderada de ambos? O leitor tem a palavra.
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Cágado1
11 Agosto, 2025 at 21:05
A F1 deve ser relevante tecnicamente e uma fonte de inovação. Durante anos a F1 soube fazer conviver tecnologias bastante diversas, com fórmulas de equivalência. Devia ser esse o seu foco, em vez de ser demasiado restritiva. V8 ou V10, só se eles puderem ter potências e eficiências próximas dos actuais, o que duvido muito.
Por outro lado, a inovação qtecnológica não se impõe, é algo que deve vir da necessidade competitiva.
Quanto à partilha de peça, sou totalmente a favor, as equipas que façam o que quiserem, sob risco de perderem a sua diferenciação e competitividade.
Jabba
12 Agosto, 2025 at 12:14
Quem não tem saudades dos V12 e V10?
Mas a F1 não se pode tornar uma categoria de carros clássicos, deve continuar a ser o pináculo da tecnologia. A questão para mim prende-se mais com qual será o futuro dos motores? Elétricos ou a combustão, com combustíveis limpos. Sistemas híbridos ou podemos abandonar esta ideia visto os combustíveis serem limpos?
Eu acho que o futuro neste momento passa por usar motores de combustão com combustíveis limpos, mas com o sistema híbrido para ajudar a dar a potência extra. Talvez reduzindo o papel do sistema elétrico se consiga melhorar o peso, ou seja, um caminho oposto ao que fez a F1 para 2026
Rúben Azevedo
12 Agosto, 2025 at 12:34
Os V8, V10 e V12 usados no passado eram motores espetaculares, mas pouco eficientes.
Os motores atuais são tecnologicamente avançados, embora provoquem saudades ao nível da sonoridade.
Os motores previstos no regulamento para 2026, parecem ser ainda mais complexos e possivelmente com uma sonoridade mais desagradável, se se confirmar que os motores a combustão poderão funcionar como geradores e acelerar nas travagens.
De facto, acho que um V10 tem um som fantástico, mas com vinte V10 em pista é preciso tapar os ouvidos, enquanto que vinte V6 hibridos se podem ouvir de ouvidos destapados.
F1 FOR FUN
12 Agosto, 2025 at 14:39
A falta de sonoridade nunca me incomodou, assim posso ver F1 sem incomodar a família. Mesmo assim ainda recebo críticas cá em casa. Os meus preferidos são os V12 e os V6 turbo dos anos 80. As corridas não são só F1 para mim o WEC é o pináculo do desporto automóvel em termos de som, tal a variedade que abraça e os carros são lindos. Desde o som Dos Cadillac que lembram os velhos F1 Turbo, os Aston Martin que tem um pouco do som dos V8/V10. A F1 devia voltar a ser o palco de diversas tecnologias, turbo e aspirados, híbridos e não híbridos.
Thor
12 Agosto, 2025 at 19:51
Aspiradores na F1, como disse o Vettel se não estou em erro, também dispenso.
Breno Mascarenhas
13 Agosto, 2025 at 1:50
Uns 75-80% de combustão, o resto em elétrico.