Red Bull Racing: os (primeiros) melhores momentos na F1

Por a 17 Fevereiro 2024 10:42

São 20 anos de um amor veloz. Em 2005, a Fórmula 1 acolheu a Red Bull Racing, e com a garra de um touro e a energia de um raio, a equipa rapidamente conquistou corações e mentes. Sebastian Vettel, o primeiro ‘puto-maravilha’, dominou a era V8, tecendo um conto de fadas com quatro títulos consecutivos, agora é a vez do rebelde e cativante, Max Verstappen, que ascendeu ao trono, e promete lá ficar quebrando recordes e desafiando o status quo. Adrian Newey, o mago da aerodinâmica, esculpiu máquinas que desafiam as leis da física. Christian Horner, o capitão implacável, liderou a equipa com bravura e determinação. 20 anos de sucessos, superações e momentos absolutamente inesquecíveis na história da F1.

Tudo teve um começo, a primeira corrida, o primeiro pódio, e recordamos ainda dois exemplos da forma como a Red Bull ajudou a mudar a face da F1: o Red Bull Bulletin e tentarem ser diferentes a vários níveis, quando quiseram trazer Il Dottore Valentino Rossi para a sua equipa de F1.

GP da Austrália de 2005: Red Bull em grande

A sensação de Melbourne foi o andamento dos Red Bull, com Coulthard a falhar o pódio por pouco. O escocês ganhou uma posição a Webber logo na primeira curva, graças a uma manobra muito agressiva, mas não conseguiu manter-se perto de Trulli, que estava com um carro mais leve que o escocês.

Apesar dum incidente com o estreante Friesacher à 15ª volta, aquando da primeira dobragem, Coulthard manteve-se sempre à frente do australiano para assegurar um sensacional quarto lugar que mostrou bem que ainda tem andamento para se opor aos melhores. Com o jovem Christian Klien em sétimo, a neófita Red Bull saiu de Melbourne com amplos motivos para festejar, confirmando o bom andamento demonstrado nos testes de Inverno.

GP do Mónaco de 2006, 1º pódio da Red Bull: Coulthard vestiu-se de Super Homem

Na corrida em que os Red Bull tiveram o patrocínio de “Superman Returns”, David Coulthard deu à equipa de Dietrich Mateschitz o primeiro pódio da sua história e lá levou a famosa capa vermelha para a cerimonia protocolar junto da família real monegasca. Mas não tinha o fato do Superman, porque o

que lhe tinham entregue estava demasiado apertado, perdendo um pouco do impacto pretendido.

O escocês, um verdadeiro especialista deste traçado, apostou numa estratégia conservadora de apenas uma paragem e isso jogou a seu favor, sobretudo depois da entrada em acção do Safety Car, que prejudicou todos os que tinham previstos dois reabastecimentos.

Preso atrás de Barrichello na primeira parte da corrida, Coulthard optou por fazer apenas uma paragem, à 29ª volta, enchendo o depósito do seu Red Bull para completar as 49 voltas que faltavam. Isso foi decisivo para a obtenção do terceiro lugar, beneficiando também de diversos abandonos, mas a Red Bull também perdeu Christian Klien quando o austríaco estava mesmo à frente de Coulthard perdendo pontos importantes.

Mesmo assim esta foi uma estreia muito positiva da versão já modificada por Adrian Newey do Red Bull RB2, que apesar de não ter sido particularmente veloz

nos treinos, acabou por mostrar o seu valor na corrida. Uma situação que muito promete para o resto da temporada, depois da equipa de Milton Keynes ter ficado muito abaixo das expectativas nas primeiras seis provas do ano.

Boletim da Red Bull

A Red Bull começou a publicar no Mónaco um mini-jornal diário, com o qual pretende mostrar a face mais divertida da Fórmula 1 aos espectadores presentes nas pistas. O Red Bull Bulletin conta com a colaboração de vários jornalistas especializados, mas foram as páginas de social que deram que falar, sobretudo uma foto em que a namorada de Coulthard aparece em atitude muito íntima com Button. Sabendo-se que o inglês está disponível, a foto causou muitos rumores no paddock, comentando-se o facto da Red Bull não parecer importar-se com o efeito que a sua “notícia” causaria ao seu primeiro piloto!

Red Bull queria Valentino Rossi

Uma semana depois de ter negado veementemente qualquer intenção de passar para a Fórmula 1 no final deste ano, Valentino Rossi voltou a ser muito falado no paddock do Mónaco, por estar alegadamente em negociações com a Red Bull, equipa que o pretende contratar para correr em 2006. Segundo fontes da equipa de Milton Keynes as duas partes estão de acordo quanto às vantagens mútuas de trabalharem juntas, mas divergem bastante quanto ao valor do contrato que pretendem assinar.

Para a Red Bull, ter Valentino Rossi ao volante dum dos seus carros seria a garantia de dispor duma enorme cobertura mediática, o que serviria perfeitamente os interesses da empresa de Dieter Mateschitz. Para o piloto italiano, entrar na Fórmula 1 com a Red Bull permitir-lhe-ia aprender tudo o que diz respeito aos Grandes Prémios sem estar sujeito a uma enorme pressão, pois ninguém exigiria vitórias ao actual piloto da Yamaha na Moto GP.

Além disso, é evidente que Rossi assentaria como uma luva na equipa mais descontraída e divertida do paddock, pois tem um modo muito peculiar de se comportar, pouco convencional para a Fórmula 1, mas perfeitamente aceitável na equipa de Mateschitz.

Para além disso ao assinar com a Red Bull o piloto transalpino ficaria com um pé na Ferrari, pois a equipa austríaca vai dispor dos motores V8 de Maranello nas próximas duas temporadas.

O problema, como já acima ficou escrito, é que a Red Bull não está interessada em pagar muito dinheiro a Valentino Rossi, pois considera que correrá um enorme risco ao contratá-lo, dada a sua total inexperiência no automobilismo. Mas o italiano contrapõe que só o seu valor com o imagem de marca justifica um salário milionário, pelo que entre a oferta de Mateschitz e as exigências de Rossi existe um enorme fosso, que poderá comprometer definitivamente as possibilidades das partes chegarem a um acordo.

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