Quatro títulos, uma lenda: a ascensão irresistível de Max Verstappen na Fórmula 1
Max Verstappen assegurou hoje o seu quarto título Mundial de Fórmula 1, igualando Sebastian Vettel e Alain Prost.
Desde cedo, ainda muito jovem, ousou desafiar o que parecia na altura impossível. Max Verstappen, com muita garra e a coragem de um leão, entrou no universo da Fórmula 1 como uma estrela nascente, depressa iluminando a pista com o seu talento inato. Aos 17 anos, não apenas pilotava um carro, ele próprio era uma autêntica ‘tempestade’ em pista. Hoje em dia, bem mais calmo e ponderado, mantém a garra que sempre o definiu.
Da Toro Rosso à Red Bull, Verstappen não pilotava apenas para vencer; pilotava para encantar. O seu estilo instintivo e sempre ousado, ultrapassagens que eram obras de arte, cada vitória que foi conseguindo mostravam poder ser um dos maiores de sempre na F1, e só não está a caminho disso, porque já disse que não o verão muitos mais anos na F1. Aos 18 anos e 228 dias, em Barcelona, o mundo assistiu boquiaberto enquanto, com audácia e controle, cruzava a meta como o mais jovem vencedor da história. Era mais do que uma vitória, era o prenúncio de uma lenda, que se confirma a cada ano que passa.
Houve, claro, tropeções e tempestades. A sua postura inabalável e defesa ferrenha não apenas dividiram opiniões; moldaram-no como uma figura complexa, um herói imperfeito. Mas onde outros poderiam ter sucumbido, Verstappen floresceu. O fogo da crítica apenas forjou a sua determinação, e a imaturidade dos primeiros dias cedeu lugar a uma confiança avassaladora.
Chegou 2021, a batalha épica que faria as páginas da história. No derradeiro duelo com Lewis Hamilton, Max emergiu como o primeiro campeão neerlandês, um gladiador moderno que transformou pressão em glória, e apesar de toda a polémica que envolveu esse primeiro título, foi merecido, escreveu-se direito por linhas (muito) tortas.
Seguiram-se os anos de domínio, dele e da equipa, ao ponto de, até, Sergio Pérez parecer um grande piloto: em 2022, defendeu o seu título como um rei no seu trono; em 2023, ‘cravou’ 19 vitórias, um recorde que ecoará pelos tempos…durante muito tempo.
Filho de uma linhagem de velocistas, o ADN da velocidade corre claramente nas suas veias. Ainda assim, por trás da ferocidade do piloto, há um lado surpreendentemente humano, um rapaz algo tímido, muito brincalhão, fiel às suas raízes.
Agora, com quatro títulos nas suas mãos, Max Verstappen é cada vez mais não apenas um piloto, mas uma força da natureza e um atleta que será lembrado por muitas décadas.
Que artigo tocante. Quase se diria uma carta de amor.
Recuando 11 anos, quando a Red Bull teve o seu primeiro tetracampeão, os artigos aqui eram sobre as pretensas ilegalidades dos Red Bull (ou só de um deles…) e como esse tetracampeão estava a «matar» a F1 com o seu domínio.
Ainda bem que a redacção tem agora uma atitude positiva.
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