Kimi Raikkonen, uma de muitas ‘estórias’: “Bebi por 16 dias seguidos entre corridas…”


O título deste artigo é uma das muitas das revelações que se podem ler no livro do finlandês Kari Hotakainen, obra que retrata a vida de Kimi Raikkonen. Desde a pobreza infantil, a fuga do serviço militar para correr e o que durante muito tempo fez entre as corridas de Fórmula 1, são algumas das muitas revelações feitas. O livro chama-se “O Kimi Raikkonen desconhecido”, já existe também em inglês, fala da sua infância, revelando que cresceu numa pequena casa modesta, que nem casa de banho interna tinha.

São relatados os problemas financeiros nos seus anos de adolescência: “O meu irmão, Rami era o meu mecânico. Nós guiávamos uma van velha quando íamos para as corridas. Nessa altura, os meus pais gastavam muito do seu dinheiro nas corridas e por vezes eu pensava que não ia conseguir chegar a lugar nenhum.”

Em 1999, tinha na altura 20 anos, Raikkonen assinou um contrato para correr na Fórmula Renault britânica, o que era um grande passo na sua carreira, mas nessa altura foi convocado para fazer o serviço militar obrigatório na Finlândia e Raikkonen conta que uma vez chegou completamente bêbado e atrasado, e pensou que pudesse ser castigado e com isso falhar a corrida, por isso fugiu do quartel para evitar o castigo nessa altura: “Eles ficaram um ‘bocado’ zangados, porque para além de estar bêbado e atrasado, ainda por cima fugi”, disse Raikkonen que acabou por fazer um acordo com os militares, tendo-lhe sido dada permissão para correr… se voltasse ao quartel.

Ao longo da sua carreira, Kimi Raikkonen deixou sempre muitas histórias para contar, e não era novidade para ninguém a sua ‘fama’ já mesmo quando estava na Mclaren, onde era incrivelmente rápido, mas continuava a não dispensar o estilo de vida permanentemente em festa.

Foi na Ferrari, para onde foi em 2007, que se tornou mais calmo, e foi também aí que venceu o seu título. Como se sabe, foi depois disso que decidiu ir para os ralis, voltando depois com a Lotus para a F1, e no livro recordou que já em 2012, houve uma altura em que bebeu por 16 dias seguidos entre os GPs do Bahrein e de Espanha. Foi segundo no Bahrein e terceiro em Espanha: “Deixem-me em paz, sei o que estou a fazer…” disse, noutro contexto, mais tarde. Mas podia ter sido nessa altura.

O livro esgotou em poucos dias na Finlândia. A edição em inglês está na Amazon, há-de ser um excelente livro para ler, e beber um bom whisky, mas se calhar é melhor não em 16 dias seguidos. Do ponto de vista de qualquer jornalista que conheço, Kimi Raikkonen é dos pilotos mais difíceis, mas não há ninguém que não goste dele.

Tem mesmo algo especial. Não será um bom exemplo para os jovens pilotos, mas ser certinho a vida toda é ‘chato como o caraças’…

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