GP Singapura F1: Charles Leclerc conquista a pole em qualificação louca
Uma qualificação difícil, com o traçado de Singapura ainda húmido da chuvada que caiu antes do TL3 e com um ritmo de evolução muito lento, dada a humidade e as temperaturas. Os pilotos tiveram de dar o melhor de si para conseguirem boas prestações na já difícil pista de Singapura. A Q3 foi animada com os tempos a caírem muito, com os pneus macios (apesar de demorarem muito a aquecer) e a discussão pela pole foi intensa, mas sorriu a Charles Leclerc que conquistou a nona pole da época, numa volta brilhante (1:49.412). Sergio Pérez foi o segundo classificado nesta sessão e Lewis Hamilton completou o top 3 (parecia candidato à pole) A diferença entre o primeiro e o terceiro foi de apenas 0.054 seg. Max Verstappen, que pode fechar as contas do título este fim de semana, não conseguiu completar a sua volta, provavelmente por não ter combustível suficiente para dar uma amostra aos comissários (a equipa ordenou o piloto a entrar na box sem completar a volta final). Com isto ficou com o oitavo tempo, atrás de Carlos Sainz em quarto, Fernando Alonso em quinto, Lando Norris em sexto e Pierre Gasly em sétimo. Kevin Magnussen e Yuki Tsunoda completaram o top 10.
Excelente qualificação da Ferrari, que conseguiu mais uma pole, conquistada por uma nesga por Charles Leclerc, que foi sempre dos primeiros a querer experimentar os pneus slicks, numa fase em que a performance dos pneus intermédios estava esgotada. A Mercedes também parecia ter argumentos para chegar à pole, tal como a Red Bull, mas Hamilton não teve argumentos no final e a volta de Verstappen terminou mais cedo com a ordem da equipa para regressar às boxes, comprometendo sobremaneira as aspirações do piloto neerlandês que certamente pretende fechar as contas do título este fim de semana. Fernando Alonso voltou a destacar-se, tal como Lando Norris e Kevin Magnussen que conseguiram um lugar na Q3. A maior dificuldade foi encontrar aderência na pista de Singapura que demorou muito tempo a secar, mesmo com muitos carros em pista. Os pneus intermédios foram a melhor escolha na Q2, sendo a única escolha possível na Q1. Na Q3 a aposta nas borrachas macias revelou-se acertada, mas demoraram muito tempo a aquecer, o que complicou as contas finais, que sorriram à Ferrari, que tem aqui uma excelente oportunidade para adiar a festa da Red Bull.
O filme da qualificação
Uma qualificação afetada pelas condições da pista e pelas escolhas dos pneus. A pole para o GP de Singapura ficou para Charles Leclerc, que fez uma volta final brilhante. As margens foram curtas, com Sergio Pérez a ficar a apenas 0.022 seg. e Lewis Hamilton a ficar a apenas 0.054 seg. Eis o filme da qualificação.
Q1
Foi com a pista ainda húmida que os pilotos começaram a Q1, com todos os pilotos a usarem pneus intermédios. Os Mercedes iniciaram bem a sessão com os tempos mais rápidos, mas Charles Leclerc tratou de passar para o topo da tabela classificativa, isto quando os Red Bull pareciam evidenciar algumas dificuldades nesta fase. Mas foi por pouco tempo, pois Max Verstappen tratou de se colocar no primeiro lugar da tabela, à frente de Lewis Hamilton e Leclerc.
A seis minutos do fim, tínhamos Nicholas Latifi, Valtteri Bottas, Daniel Ricciardo, Kevin Magnussen e Mick Schumacher na zona de eliminação. A pista ia evoluindo (pouco) a cada volta, mas os pneus slicks não pareciam ser opção para esta sessão, com alguns pilotos a pararem para colocar intermédios novos para os últimos minutos (Red Bull trocou, Ferrari não). Leclerc passou para a frente do pelotão, mas Hamilton tratou de melhorar ainda mais o tempo do monegasco, tirando quase um segundo ao tempo do #16 da Ferrari.
No final, Verstappen acabou mesmo por ser o mais rápido (1:53.057), tirando 0.104 seg. ao tempo de Hamilton e eliminados na Q1 tínhamos Valtteri Bottas (eliminado por uma volta tardia de Mick Schumacher), Daniel Ricciardo, Esteban Ocon, Alex Albon e Nicholas Latifi.
Q2
Os pneus intermédios foram os escolhidos para o começo da Q2, com a pista ainda muito molhada em vários pontos do traçado, com o asfalto a demorar muito tempo a secar. Charles Leclerc tratou de se instalar no primeiro lugar à frente de Hamilton, com Lando Norris por perto, mas Verstappen colocou-se na segunda posição, seguido de Sergio Pérez, com a dupla da Red Bull a entrar no top 3. Charles Leclerc foi o primeiro a pedir pneus slicks nesta sessão, com duas zonas ainda muito molhadas na pista, mas a equipa colocou um conjunto de pneus intermédios novos no Ferrari #16. Já do lado da Aston Martin, os dois carros foram “calçaram” pneus para piso seco (macios).
Na zona de eliminação tínhamos Yuki Tsunoda, George Russell, Zhou Guanyu (que também arriscou com pneus macios), Kevin Magnussen e Mick Schumacher. Russell conseguia sair da zona de eliminação, mas por pouco, o que evidenciava problemas para o jovem britânico. Os pneus macios revelaram-se numa aposta falhada para os pilotos que escolheram estas borrachas, sem aderência ainda para conseguirem ser competitivos.
No final da Q2 Leclerc ficou com o melhor tempo (1:52.343) e eliminados ficavam George Russell, Lance Stroll, Mick Schumacher, Sebastian Vettel e Zhou Guanyu.
Q3
Vimos finalmente os pneus macios no arranque da Q3 com a maioria das equipas a apostar nos pneus slicks mais macios no arranque desta sessão. Apenas Yuki Tsunoda e Kevin Magnussen saíram com pneus intermédios. Lewis Hamilton tratou de fazer o melhor tempo, deixando a concorrência a mais de 2 segundos, seguido de Yuki Tsunoda e Charles Leclerc. Verstappen colocou-se no segundo posto, mas a 1.2 segundos de Hamilton. O britânico continuava com grande ritmo e voltou a tirar muito tempo, ficando à frente de Leclerc e Alonso que também tinham melhorado o melhor tempo. Mas a pista ia evoluindo cada vez mais e os tempos começavam a cair.
Ninguém quis trocar de pneus (excetuando Magnussen e Tsunoda que trocaram para os pneus macios) pois as borrachas que foram usadas desde o começo da Q3 estava agora numa temperatura mais indicada para enfrentar as últimas voltas.
Fernando Alonso colocou-se no primeiro lugar, mas Leclerc destronou o espanhol pouco depois, sendo o primeiro a entrar no segundo 49. Verstappen também vinha de facas nos dentes, mas um erro fez com que abortasse esta tentativa para a derradeira volta. Na última tentativa, Hamilton não conseguiu chegar ao tempo de Leclerc. Verstappen parecia bem encaminhado para pelo menos ameaçar a pole, mas a equipa mandou-o entrar para as boxes, o que irritou o campeão. Mas a qualificação estava terminada, com Leclerc na pole, Pérez e Hamilton no top 3 e Verstappen no oitavo lugar.
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A melhor qualificação do ano, arrisco-me a dizer, especialmente a Q3, apesar do anti-clímax com o Verstappen. Russell eliminado no Q2, foi uma surpresa pela negativa, mas faz parte. Desilusão foi o Norris, com as evoluções, a partir apenas uma posição à frente do Ricciardo.
Desta vez mereço o negativo. Ficou-me na retina aquele momento em que o Norris era 15º e Ricciardo 16º e pronto… Como fiz o comentário sem olhar para o resultado (no telemóvel é difícil), dei barraca 🙂
A Scuderia tem tudo para conseguir um 1-2 este fim de semana. O que seria excelente pra a equipa depois de tantos fins de semana frustrantes e com tantos erros. Espero que consigam um bom resultado e, pelo menos, manter o segundo lugar nos construtores no fim deste campeonato. A forma como melhoraram o carro este ano, relativamente, a anos anteriores, até seria justo que conseguissem o título dos construtores, no fim do campeonato, porque o de pilotos, havendo Max, é bem mais complicado.