GP México F1: Notas AutoSport (Parte I)

Por a 30 Outubro 2018 17:18

No México pudemos assistir a mais um momento histórico na F1. Lewis Hamilton sagrou-se pentacampeão de F1, igualando os feitos de Juan Manuel Fangio  e Michael Schumacher.  O britânico carimbou o título, numa corrida onde a Mercedes esteve abaixo do nível que apresentou na segunda metade da época, mas foi o suficiente para confirmar o que era praticamente certo. Max Verstappen não conseguiu a pole mas compensou com mais uma excelente vitória.

 

Red Bull –  Verstappen cada vez mais maduro e Ricciardo cada vez mais amaldiçoado 

A Red Bull sabia que o fim de semana no México seria um dos poucos onde poderia bater o pé à Mercedes e à Ferrari. As diferenças na valia dos motores ficam diluídas no ar rarefeito da pista Hermanos Rodriguez e a Red Bull continua a ser a equipa que mais e melhor apoio aerodinâmico consegue gerar nos seus chassis. Claro que no ar menos denso o efeito do arrasto nota-se menos e a Red Bull ganha outros argumentos. Para Verstappen foi um fim de semana praticamente perfeito. Só faltou a tão desejada pole, mas a “azia” por ter falhado o primeiro tempo na qualificação foi tal que na corrida o jovem holandês foi de faca nos dentes. Determinado em vencer, fez um bom arranque, lutou com Hamilton na curva um e levou a melhor. A partir daí foi mais uma prova que Verstappen está muito mais maduro. Geriu o andamento de forma imaculada e quando viu Ricciardo encostado não se importou de levantar o pé para evitar o mesmo desfecho. Uma prova em cheio de um piloto que cresceu muito em 2018 e que está agora a mostrar a ponderação que um candidato deve ter. Já Ricciardo chegou ao limite. A quantidade impressionante de desistências em 2018 (8 DNF nesta época!) conseguiu acabar com o sorriso do australiano que admitiu mesmo que “o carro está amaldiçoado” e que não se importa de não correr nas duas últimas provas do ano. Para Ricciardo não querer correr na F1 é um sinal claro de desgaste, o que se entende, pois, apesar do mau arranque e de não estar com o mesmo andamento de Verstappen, estava em vias de conquistar um merecido pódio. A maldição do australiano na Red Bull (que afetou Webber) continua.

Max Verstappen: Nota 10

Daniel Ricciardo: Nota 8

Red Bull: Nota 9

 

Ferrari – O choque de realidade

O inevitável aconteceu. A Ferrari viveu as últimas corridas com a ilusão de que o campeonato de pilotos ainda era possível. Mas no México acabou o sonho de Vettel. O penta campeonato ficou definitivamente entregue e o alemão teve de lidar com a dura realidade que 2018 será uma época falhada. Para a história fica o potencial do monolugar vermelho que desde Singapura baixou de nível (tal como no ano passado). Foi preciso a equipa reverter as melhorias para voltar a mostrar um andamento igual ou superior à Mercedes. Vettel não venceu, mas foi um digno vencido. Mesmo no México apesar de um mau início de prova continuou na luta e aproximou-se de Ricciardo. Lutou como pôde para evitar o título no México, mas já era tarde demais. Já Raikkonen não deu continuidade as exibições, embora tenha subido novamente ao pódio. O finlandês teve uma tarde algo discreta, mas aproveitou a desistência do #3 da Red Bull para voltar ao pódio. Resta agora o campeonato de construtores que embora difícil é ainda possível e seria um excelente prémio para a uma equipa que apesar de tudo nunca baixou os braços.

Sebastian Vettel: Nota 8

Kimi Raikkonen: Nota 7

Ferrari: Nota 8

 

Mercedes – Um momento histórico

Não ter vencido o campeonato em Austin não terá sido tão negativo quanto isso, pois Hamilton pôde fazer a festa na espetacular secção do estádio do circuito Hermanos Rodriguez, perante uma multidão efusiva. No entanto não foi um bom fim de semana para a Mercedes que teve dificuldades com os pneus, apresentando um desgaste muito maior do que o resto da concorrência. O ritmo esteve longe do ideal, mas Hamilton tratou de fazer o necessário para carimbar o penta. Um momento histórico para Lewis, que em 2018 esteve no topo da sua forma. Foi provavelmente o melhor Hamilton de sempre. Compostura, rapidez, inteligência… o britânico fez tudo bem e mesmo quando a equipa não tinha o melhor carro não deixou de estar perto dos adversários. Juntou a isso voltas de qualificação imperiais e uma capacidade de lutar pela posição sem erros nem toques que lhe permitiu ser o justo vencedor. Apenas uma desistência e sem culpa própria, num ano em que é difícil lembrar de qualquer erro que tenha feito. Já Bottas esteve mais uma vez apagado. A segunda metade da época tem sido penosa para o finlandês e nem com pneus novos no fim da prova conseguiu fazer a melhor volta. O piloto tem agora duas corridas para esquecer o peso de ser o “wingman” de Hamilton e mostrar algo mais.

Lewis Hamilton: Nota 8

Valtteri Bottas: Nota 6

Mercedes: Nota 7

 

 

Renault – Quarto lugar praticamente assegurado

Depois da boa prestação em Austin, México foi também um bom palco para as máquinas francesas. Hulkenberg e Sainz estiveram em destaque durante o fim de semana e foram constantemente os melhores do “Campeonato B”. Sainz teve o azar do seu lado quando o motor Renault voltou a pregar partidas, com a bateria a desligar-se como aconteceu a Ricciardo nos EUA. O espanhol esteve sempre à frente do colega de equipa na corrida, mas a sua máquina resolveu não ajudar. Hulkenberg fez o habitual… foi eficaz, e trouxe para casa os pontos possíveis numa corrida que terá confirmado o quarto lugar no campeonato de construtores, com 30 pontos de vantagem para a Haas.

Nico Hulkenberg: Nota 8

Carlos Sainz: Nota 7

Renault: Nota 8

 

 

Sauber – Charles Leclerc… quem mais?

Este jovem está destinado a brilhar na F1. Mais uma excelente prestação de Leclerc, que conseguiu mais uma vez vaga na Q3 e não desperdiçou as oportunidades em corrida. Uma excelente gestão dos pneus (infelizmente um dos fatores mais em foco nesta corrida) e uma corrida inteligente por parte do futuro piloto da Ferrari. A Sauber deve muito do sucesso desta época a Leclerc e vai sentir saudades do #16. Para Marcus Ericsson foi uma boa corrida. Aproveitou as desistências para subir aos pontos, mas mais uma vez não mostrou a chama e a capacidade do seu colega. Vai agora para a Indy em busca de novas aventuras.

Charles Leclerc: Nota 9

Marcus Ericsson: nota 7

Sauber: Nota 8

 

 

 

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