GP Malásia F1: O dia seguinte

Por a 2 Outubro 2017 12:00

O Grande Prémio da Malásia permitiu perceber algumas coisas que pareciam menos óbvias antes da prova. Que era possível ter um vencedor diferente esta época, e que esse poderia ser o mais jovem da história da F1. É que para qualquer piloto que não Max Verstappen obter a sua segunda vitória da carreira aos 20 anos é apenas um sonho. Mas o holandês não é qualquer piloto, e provou-o várias vezes. E não é só a sua irreverência dentro e fora de pista que faz a diferença. O piloto nascido em Hasselt mostrou primeiro que com o mesmo Red Bull como que Daniil Kvyat andava na ‘sombra’ do seu companheiro de equipa ele, Verstappen, podia subir ao lugar mais alto do pódio, fazendo lembrar os tempos em que Sebastian Vettel se revelou um vencedor pela equipa de Milton-Keynes.

Max também provou várias vezes que não é o tipo de piloto que se deixa levar pelos fracassos, que esta época têm sido bastantes. Em Sepang mostrou isso mesmo na forma como ultrapassou Lewis Hamilton, fazendo parecer fácil aquilo que certamente não era. Verstappen mostrou na Malásia que sem os problemas mecânicos que já conheceu esta época talvez pudesse estar na luta pelo top três ou quatro do campeonato. E isto sem um Red Bull à altura dos rivais da Mercedes e da Ferrari.

Outro aspeto a reter da corrida de Sepang é que depois da vitória de Lewis Hamilton em Singapura ter disfarçado alguma preocupação na Mercedes, percebeu-se que a equipa Campeã do Mundo tem alguma crise de confiança, apesar de estar a um pequeno passo de garantir o título de construtores. É que se percebeu na Malásia que a formação liderada por Toto Wolff foi claramente superada por Red Bull e Ferrari, apesar do que sucedeu a Sebastian Vettel e Kimi Räikkönen. E foi o próprio diretor da equipa Mercedes que admitiu isso mesmo quando se referiu à forma como os W08 se debateram para conseguirem obter a temperatura dos pneus. Esse problema não é novo para a formação Campeã do Mundo, já que padeceu de dificuldades semelhantes em anos anteriores quando competiu em Sepang. Tudo isto só torna a situação da Ferrari ainda mais ridícula, pela forma como mais uma vez desperdiçou uma oportunidade de ouro para desfeitear a rival.

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*RPMS*™
6 anos atrás

“Tudo isto só torna a situação da Ferrari ainda mais ridícula, pela forma como mais uma vez desperdiçou uma oportunidade de ouro para desfeitear a rival.” Esta é a frase chave que resume na perfeição estas duas ultimas corridas. De facto, o piloto alemão da Ferrari teve o melhor carro ao seu dispor tanto em Singapura como na Malásia. No entanto, tendo estas oportunidades de ouro para voltar a liderança do campeonato acaba por sair vergado com 34 pontos de atraso. No Japão estará obrigado a ganhar pontos a Hamilton, mas vamos ver se aquele erro (de amador) que fez… Ler mais »

chicanalysis
6 anos atrás

Já toda a gente entendeu que a mercedes optou este ano por uma estratégia de “força bruta” em detrimento do equilíbrio geral do carro. Já a Ferrari escolheu uma abordagem mais centrada no chassis que lhe permite retirar vantagem nos circuitos mais sinuosos e, em consequência do maior apoio aerodinâmico, atingir com mais facilidade o aquecimento dos pneus (até ao limite, como se tem visto como ficam no fim das corridas ditas sinuosas). Como as marcas sabem “um pouco” mais do assunto do que eu, acredito que os prós e contras tenham sido minuciosamente ponderados face às características da totalidade… Ler mais »

*RPMS*™
Reply to  chicanalysis
6 anos atrás

E está visto que no aspecto humano a Mercedes está mais bem servida que a Ferrari.
Cumprimentos

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