GP Hungria F1: Notas AutoSport (Parte I)

Por a 31 Julho 2018 15:38

Chegaram as férias! Depois de 11 jornadas intensas é tempo de recuperar as forças e preparar tudo para a segunda metade da época. A  última corrida, antes da pausa, foi ao nível da grande maioria das provas de 2018… interessante, animada e imprevisível.  Hamilton selou a 67ª vitória da sua carreira e a Mercedes conquistou a 81ª vitória. Mas  a corrida teve muito mais pontos de interesse:

 

Mercedes – Um “wingman” à força

Para Hamilton foi uma tarde “descansada”. O britânico largou bem e cedo impôs um ritmo que lhe daria um intervalo suficiente para começar a gerir a prova. Esticou os ultra-macios até a volta 25, e foi aí que perdeu temporariamente a liderança para Vettel que tinha ainda de parar. A estratégia da Mercedes para Hamilton foi a ideal e o britânico capitalizou a improvável pole  de sábado depois das dores de cabeça na procura do melhor set up. Já Bottas teve uma tarde difícil. A Ferrari fez parar Kimi mais cedo (estratégia de duas paragens) e Bottas foi obrigado a responder na volta 15, colocando os macios. Foi com esses pneus que foi até ao final e tentou segurar Vettel e Raikkonen, sem sucesso. Um toque no Ferrari danificou-lhe a asa dianteira e depois disso ficou sem frente para se defender de Ricciardo. Bottas fez uma boa corrida, conseguiu gerir bem os pneus e segurou Vettel que assim ficou sem hipótese de colocar pressão em Hamilton. Fez o que a equipa pediu, mas merecia ter entrado no segundo VSC para colocar ultra-macios e aguentar assim um lugar no pódio. Assim caiu para o quinto posto e foi penalizado.

Lewis Hamilton: Nota 10

Valtteri Bottas: Nota 7

Mercedes: Nota 9

 

Ferrari: o melhor resultado possível

No inicio do fim de semana parecia que a batalha pela vitória seria entre a Ferrari e a Red Bull, mas a chuva no sábado trocou as voltas à Scuderia que não conseguiu responder ao andamento dos Mercedes em piso molhado. Tanto a Ferrari como a Red Bull mostraram fragilidades à chuva e numa pista com as características de Hungaroring, onde a posição em pista é o factor predominante, a qualificação ganha um peso extra. Vettel arrancou muito bem e conseguiu passar Kimi por fora na curva 2 e ainda ameaçou Bottas. Quando foi obrigado a puxar cometeu alguns erros menores que custaram algum tempo e não teve a sorte do seu lado, quando a paragem nas boxes mais demorada o colocou atrás de Bottas. Vettel parecia resignado com o segundo posto e afirmou  que não esperava mais desta corrida. Já Kimi usou uma estratégia alternativa que resultou e mais uma vez mostrou um ritmo sólido e subiu ao pódio. Está a dificultar ao máximo a decisão da Scuderia para 2019, com estas boas prestações. Duas paragens menos conseguidas por parte da Ferrari influenciaram o desenrolar da corrida.

Sebastian Vettel: Nota 8

Kimi Raikkonen: Nota 8

Ferrari: Nota 7

 

Red Bull – O estanho caso do MGU-K

A troca de palavras entre a Renault e a Red Bull continua num tom pouco amigável e a quantidade de falhas das unidades francesas na Red Bull começa a tornar-se preocupante. O caso ficou ainda mais estranho quando se soube que a Red Bull se recusou a usar o novo MGU-K, mais leve mais eficiente e mais fiável, sob o pretexto que as melhorias não justificavam a mudança para o novo componente. Mas já são várias as falhas na Red Bull enquanto na Renault e na McLaren esse problema não tem surgido. A corrida de Verstappen acabou cedo demais, e o holandês poderia ter animado ainda mais a prova. Assim, coloriu as ondas da rádio com o uso do vernáculo típico de quem está frustrado, quando no dia anterior não conseguiu brilhar à chuva como nos habituou (o RB14 não gosta de se molhar). Ricciardo parece ter dado um pontapé no azar. Aguentou o toque (violento) de Ericsson, caiu para 16º, recuperou até ao quarto, e pelo meio ainda levou mais um “chega pra lá” de Bottas. Fez uma excelente corrida, com boas ultrapassagens e acabou a primeira metade da época a sorrir.

Daniel Ricciardo: Nota 10

Max Verstappen: Nota 6

Red Bull: Nota 8

 

Toro Rosso – Gasly voltou a brilhar

Tal como disse Pierre Gasly, numa equipa como a Toro Rosso, só surgirão duas ou três hipóteses de brilhar durante uma época. Gasly não tem faltado à chamada quando essas hipóteses surgem. Aconteceu em Baku, no Mónaco e agora na Hungria. O francês mostrou qualidade com um ritmo de corrida forte, aproveitando uma excelente largada (ganhou uma posição a Sainz). Viu passar por ele os homens da frente, mas nenhum dos carros do meio da tabela se aproximou e o francês conseguiu um saboroso e merecido sexto lugar. Já Brendon Hartley ficou fora dos pontos, com um arranque menos conseguido e com uma corrida em que as paragens não o colocaram na posição ideal para tentar alcançar os pontos.

Pierre Gasly: Nota 10

Brendon Hartley: Nota 6

Toro Rosso: Nota 8

 

Haas – Magnussen continua a justificar a renovação

O dinamarquês da Haas está a ter a sua melhor época na F1 (afinal a estabilidade é mesmo importante). Fez uma corrida sólida, discreta mas eficaz e desta vez não exagerou na defesa da sua posição. Foi duro mas leal e defendeu até onde pôde sem cair nos exageros que se viram noutras corridas. É oitavo no campeonato e está a justificar um novo contrato. Beneficiou de uma estratégia menos conseguida de Hulkenberg para acabar em sétimo, mas fez uma corrida muito boa. Grosjean não teve a sorte do seu lado. Passou Alonso no recomeço da corrida após o primeiro VSC mas saiu das boxes após a sua paragem no 12º posto atrás de Sainz e Ocon, o que lhe arruinou a corrida. Mas conseguiu ainda assim ir buscar um ponto.

 

Kevin Magnussen: Nota 8

Romain Grosjean: Nota 7

Haas: Nota 7

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