GP Hungria F1: a última antes da pausa
As temperaturas em Portugal podem não o indicar, mas estamos no final de Julho, altura em que a F1 se prepara para “estacionar” durante três semanas, para recuperar energias e preparar o resto da época. Até agora, o campeonato tem estado animadíssimo e é já uma das épocas com mais trocas na liderança e as surpresas têm surgido a cada corrida.
A pista de Hungaroring recebe a 12ª jornada do campeonato, cinco dias depois do dramático fim de semana em Hockenheim, que se tornou numa montanha russa de emoções. É uma pista lenta, muito técnica que favorece os chassis, em detrimento dos motores. Costumava apresentar-se muito suja e com uma superfície irregular, mas as obras de beneficiação do piso e as várias competições que têm passado pela pista húngara minimizam estes factores. É ainda assim uma pista exigente e que costuma dar corridas boas. As ultrapassagens são difíceis neste traçado sinuoso e estreito, sendo o ponto mais usado para tal as curvas 1 e 3, onde é habitual haver muita acção.
O primeiro GP nesta pista foi realizado em 1986, no tempo em que Bernie Ecclestone queria fazer um GP na URSS, mas foi lhe recomendado Budapest. A ideia inicial era fazer um circuito citadino, mas o governo decidiu fazer uma pista, construída em 8 meses e a primeira corrida ocorreu a 24 de Março.
Quem recuperou melhor das emoções?
Hamilton chega a este fim de semana revigorado. A Alemanha foi exigente a nível mental e o britânico estará ainda a recuperar dos altos e baixos do fim de semana passado. Os 17 pontos de vantagem com que lidera o campeonato podem depressa desaparecer, como poderá dizer Vettel, que tinha tudo para sair da Alemanha com a liderança reforçada e perdeu essa hipótese numa fracção de segundo. A tarefa de recuperar do turbilhão de emoções será mais difícil para o campeão germânico que, embora tenha minimizado a importância do erro em público, deverá ter ainda as imagens da saída de pista bem vivas na sua memória. Será mais um teste à resiliência e à capacidade de recuperação do alemão, num fim de semana complicado para a Scuderia que perdeu Sergio Marchionne.
Bottas está numa fase positiva e poderá aproveitar para se destacar. As exibições têm sido boas, e a renovação do contrato, além de retirar algum peso de cima do piloto, serivrá como tónico para o finlandês, que vê assim reforçada a confiança que a equipa deposita nele. Numa situação bem diferente está Raikkonen, sem contrato para 2019. Kimi tem justificado em pista a renovação e não deverá estar demasiado incomodado com a sua situação actual, mas as mudanças nas chefias da Ferrari poderão implicar mudanças na gestão da equipa, e as boas prestações poderão não ser o suficiente. Outro dos assuntos que está a ser falado é a grande melhoria da Ferrari, que está a levantar questões nos adversários. O monolugar da Scuderia é agora o mais forte do grid, graças aos upgrades introduzidos na unidade motriz, mas os adversários estão com dúvidas e a Renault afirmou que a Ferrari estará a fazer algo estranho, tendo em conta o aumento súbito na potência dos motores Ferrari desde França, reforçando que “estranho, poderá não ser ilegal.”
Red Bull descontente com a Renault
Na Red Bull, o ambiente é de descontentamento, e a Renault é novamente a visada. Os responsáveis dos Bull´s não gostaram da forma como a Renault geriu o fim de semana passado no que diz respeito ao motor de Daniel Ricciardo. O australiano largou do fim da grelha por troca de três componentes da unidade motriz. A Red Bull queria ter trocado a unidade motriz toda, mas os franceses foram contra a ideia. Não parece fazer sentido não aproveitar a penalização para trocar a unidade completa e ficar assim com componentes para usar no futuro e é por isso que surgem as críticas à Renault. A relação está cada vez mais difícil e com isso a situação de Sainz fica numa incógnita. E falta saber ainda se a falha no motor de Ricciardo não terá implicações para este fim de semana. A Red Bull deposita muitas esperanças neste fim de semana, numa pista onde são muito fortes e onde a diferença na potência dos motores não é tão relevante.
Renault poderá aproveitar dificuldades da Haas
Na luta do meio da tabela, as forças também começam a alterar-se e a Haas, tem beneficiado das melhorias no motor Ferrari. Depois de uma fase de menor fulgor (entre as corridas de Espanha e França), a estrutura americana está agora novamente a dar que falar, embora as expectativas sejam diminutas para esta prova. O VF 18 não gosta de traçados mais lentos, mas a Haas espera minimizar e não ter uma prestação tão má quanto a do Mónaco. A Renault deverá aproveitar para aumentar a distância no campeonato de construtores. Os 21 pontos de vantagem são uma boa almofada e dadas as prováveis dificuldades da Haas, poderão ir de férias com o quarto lugar mais seguro. A Force India vem numa série de três corridas boas e quer manter o ritmo, enquanto a McLaren deverá ter novo fim de semana difícil, com o chassis longe do ideal, depositando em Alonso as esperanças de um resultado positivo.
Nas últimas posições começa a desenhar-se uma luta interessante entre a Toro Rosso e a Sauber. Para já a vantagem parece estar do lado da Sauber e é provável que assim aconteça neste fim de semana, embora os desenvolvimento no monolugar da equipa tenham parado. Haverá também curiosidade para entender se as melhorias da Williams são mesmo sólidas e se continuam antes da paragem.
Horários:
Sexta
TL1 – 10:00 – 11:30
TL2 – 14:00 – 15:30
Sábado
TL3 – 11:00 – 12:00
Qualificação – 14:00 – 15:00
Domingo
Corrida – 14:10
Classificação campeonato / pilotos aqui
Classificação campeonato / equipas aqui
Dados estatísticos da pista:
Comprimento da pista: 4.381 Km
Nº voltas: 70
Distância de corrida: 306.63 Km
Volta mais rápida num GP: M. Schumacher, 2004, 1:19:071
Record de pista: R. Barrichello, 2004, 1:18:436
Nível de Downforce: alto
Pneus escolhidos:
Onboard da pista:
Resumo da corrida do ano passado:
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