GP Espanha F1/2º pelotão: Alpine impõe-se apesar de erros

Por a 5 Junho 2023 15:53

A Alpine continua a ser a grande força do Segundo Pelotão e, apesar de não ter maximizado o seu potencial no Grande Prémio de Espanha, não teve rivais, uma vez que o arranque dos pilotos da McLaren foi madrasto para a equipa.

A formação do construtor francês continuou a mostrar que só as quatro equipas da frente lhe fogem, e num circuito dito ‘normal’ e sem as características ‘sui generis’ de Monte Carlo a sua posição normal é nono e décimo, isto se não houver problemas entre os Aston Martin, Mercedes e Ferrari, sendo os Red Bull de outro planeta.

Já a McLaren tem se visto este ano, sobretudo depois da atualização que colocou no seu carro em Baku, que o seu monolugar é muito propenso às características dos circuitos, ora estando competitivo, ora estando no fundo das classificações.

O Circuit de Barcelona – Catalunya é inclemente com as debilidades dos carros e prometia ser dar uma imagem actualizada das potencialidades de cada uma das equipas.

Foi, portanto, com surpresa que na qualificação se verificou que Lando Norris assegurava a terceira posição da grelha de partida, apenas atrás de Max Verstappen e Carlos Sainz, superiorizando-se a Pierre Gasly por vinte e quatro milésimos de segundo.

A boa performance da McLaren era reforçada pelo décimo crono de Oscar Piastri, sendo a segunda vez este ano que a equipa de Woking colocava os seus dois pilotos na Q3.

A Alpine não esteve muito longe, tinha ainda Esteban Ocon no sétimo posto da tabela de tempos, mas estava consciente de que estaria em vias de perder a quarta posição de Gasly.

Durante a qualificação o nove recruta da formação de Enstone tinha prejudicado Carlos Sainz e Max Verstappen, quando estes estavam a realizar voltas lançadas, o que resultou em duas penalizações de três lugares na grelha de partida, o que enviou o gaulês para o décimo posto.

Uma vez mais, uma das pechas deste ano da Alpine, a execução, vinha ao de cima, com a equipa a errar assim como o piloto, que se colocou de forma consciente à frente de Sainz.

Parecia que a McLaren poderia ser capaz de bater a sua grande rival na luta pela primazia do Segundo Pelotão, uma vez que tinha, no conjunto, os seus pilotos mais bem colocados na grelha de partida.

A equipa de Woking, que tem vindo a passar por uma temporada bipolar, parecia estar em boa posição para conseguir aproximar-se pontualmente da sua rival.

No entanto, o arranque seria madrasto para as aspirações da formação fundada por Bruce McLaren em 1969.

Norris era suplantado por Lewis Hamilton no arranque, o que não seria um desastre, mas foi apanhado pelo súbito abrandamento do seu conterrâneo, quando este teve de levantar o pé devido ao duelo entre Max Verstappen e Carlos Sainz pela primeira posição.

O jovem da McLaren partiu a asa dianteira no pneu traseiro direito do Mercedes, que miraculosamente não furou, e era obrigado a passar pela via das boxes para trocar o componente do seu monolugar, o que o atirou para último lugar a trinta segundos da cauda do pelotão.

Piastri não tinha também um bom arranque, caindo para décimo primeiro, ao passo que Gasly perdia ainda mais terminando a primeira volta em décimo quarto.

Ocon era quem ganhava com toda a situação rodando em quinto, que se transformaria no oitavo posto com as ultrapassagens sucessivas de George Russell, Fernando Alonso e Sergio Pérez.

O francês, sem capacidade para acompanhar os pilotos das quatro equipas da frente não era também incomodado na cabeça do Segundo Pelotão.

Ocon, sem poder ir mais além, geriu perfeitamente a corrida, terminando num aceitável oitavo posto, beneficiando dos problemas de Charles Leclerc, que arrancou da via das boxes, muito embora não se tenha deixado de sentir um ligeiro desapontamento nos hostes da Alpine, que apesar de ter terminado com os seus dois carros nos pontos, Gasly foi décimo, ficou com o sabor amargo de saber que não teve capacidade de acompanhar a Aston Martin, Mercedes e Ferrari.

No final, Ocon estava a apenas cinco segundos de Alonso, mas este preferiu não atacar o seu colega de equipa, o que condicionou o seu ritmo e, por conseguinte, o seu tempo de corrida potencial.

Mas pior estava a McLaren, que não conseguiu levar nenhum dos seus pilotos até aos dez primeiros.

Piastri, muito embora tenha terminado a primeira volta em décimo primeiro, foi caindo na corrida, vendo a bandeira de xadrez em décimo terceiro, a 14,2s de Ocon.

Norris, por seu lado, depois do incidente da primeira curva, nunca conseguiu recuperar de forma decente, cruzando a linha de meta em décimo sétimo.

O MCL60 Mercedes sofreu com o aumento da temperatura, nunca conseguindo sequer aproximar-se da competitividade evidenciada em qualificação, um panorama que a McLaren já esperava mas não de forma tão evidente.

A Alpine, sem maximizar as oportunidades e com alguns erros de execução, voltava a levar de vencida na luta pela primazia no Segundo Pelotão, ampliando para vinte e três pontos a sua vantagem para a sua rival na luta pelo quinto lugar do Campeonato de Construtores.

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