GP Emilia Romagna F1: Os cinco melhores
Por Fábio Mendes e Pedro André Mendes
Imola deu-nos imagens fantásticas. Com as bancadas cheias de Tifosi, que pintaram de vermelho as bancadas do circuito em mais uma enchente na F1. O público tinha saudades de ver os carros em pista ao vivo e a F1 ganhar ainda mais cor com os fãs. Dentro de pista, o espetáculo não desiludiu. Os deuses das corridas continuam generosos e ofereceram-nos mais um bom espetáculo. Destacamos alguns dos melhores do fim de semana em Imola:
# Max Verstappen
Max Verstappen foi rei e senhor em Imola. A Red Bull apresentou um pacote de melhorias no RB18, num fim de semana em que havia pouco tempo de treinos para afinar as atualizações, mas a Red Bull fez um excelente trabalho e colocou à disposição de Verstappen e Sergio Pérez um carro competitivo. Em condições de piso molhado a Ferrari pareceu ter uma ligeira vantagem, mas em piso seco o cenário inverteu-se. Verstappen conseguiu a pole na sexta, venceu a corrida Sprint depois de uma má largada (o carro de Leclerc gastou demasiado pneu) e na corrida largou melhor e nunca mais foi incomodado. Uma prestação imaculada, gestão perfeita da corrida por parte do piloto e da sua equipa, e uma resposta importante, mantendo-se na luta pelo título. Verstappen esteve sempre sereno e em Imola esteve acima de todos.
# Lando Norris
Norris gosta dos ares de Itália e se no ano passado em Imola já tinha dado nas vistas, também em condições difíceis, este ano repetiu a dose. A McLaren apresentou-se mais competitiva este fim de semana e conseguiu melhorar o andamento do seu MCL36. Daniel Ricciardo esteve sempre perto de Norris e a dupla apresentou andamentos similares. Mas a grande diferença foi que Norris teve uma boa largada e conseguiu garantir aí a presença no top 5 enquanto Ricciardo errou e ficou pelo caminho. Depois do arranque, Norris não conseguiu aguentar Leclerc e cedeu o terceiro lugar, mas nunca mais foi incomodado. Raramente apareceu na transmissão mas apresentou sempre um bom ritmo e fez novamente uma boa gestão. Em condições de pista molhada ou mistas, Norris destaca-se. Um grande talento que espera um carro capaz de o aproximar das lutas de Leclerc e Verstappen.
# Valtteri Bottas
Afinal, sair da Mercedes foi uma bênção. Além de não estar a sofrer com o que se passa do lado dos Flechas de Prata, Bottas passou de ator secundário na Mercedes para personagem principal na Alfa Romeo. E isso tem-se notado na postura do piloto dentro e fora de pista. Bottas nunca foi um mau piloto, o seu talento sempre foi subvalorizado, mas a parte mental foi o que o impediu de chegar mais longe. Já sem a pressão da Mercedes, Bottas pôde mostrar do que é capaz e em Imola voltou a fazer uma excelente corrida, comprovando também o potencial do seu carro. A mudança para a Alfa Romeo podia parecer um passo atrás, mas trouxe-lhe a calma e a alegria que talvez não tenha sentido na Mercedes. Mais uma boa prestação e a prova que a Alfa pode ser um caso sério este ano.
# Aston Martin
Neste fim de semana a Aston Martin tem motivos para ficar feliz com os seus pilotos. Depois de uma exibição desastrosa em Melbourne, Sebastian Vettel e Lance Stroll foram dos melhores do fim de semana. Stroll dá-se bem com a chuva e Vettel tem muita experiência e sabe lidar com condições difíceis como poucos. Foi graças a eles que a Aston Martin conseguiu pontuar com os dois carros. Em piso seco, a Aston fica no fundo do pelotão, mas em chuva, a capacidade dos pilotos fez a diferença. Há muito trabalho pela frente, mas já marcaram os primeiros pontos do ano, o que é menos um fator de pressão. Destaque para Vettel que depois de perder duas corridas, e de um regresso mau, mostrou que quem sabe, não esquece.
# George Russell
Alex Albon era uma opção interessante para estar nestes cinco destaques, mas a corrida de George Russell merece ser enaltecida. Com problemas de subviragem desde o arranque da prova, soube lidar com isso, e quando passou para os pneus de piso seco, a equipa não fez as alterações necessárias. Russell teve de lidar com um carro subvirador, além de enfrentar as oscilações que lhe provocaram dores nas costas e no peito. O W13 não é nada fácil de pilotar, mas Russell respondeu ao desafio de forma brilhante. Soube gerir os pneus, atacou quando devia e defendeu-se muito bem de Bottas no final. Russell vai confirmando que foi a opção certa para a Mercedes e vai ganhando o respeito da sua equipa, enquanto Lewis Hamilton parece perdido.
Já não é mais possível o Autosport continuar a disponibilizar todos os seus artigos gratuitamente.
Para que os leitores possam contribuir para a existência e evolução da qualidade do seu site preferido, criámos o Clube Autosport com inúmeras vantagens e descontos que permitirá a cada membro aceder a todos os artigos do site Autosport e ainda recuperar (varias vezes) o custo de ser membro.
Os membros do Clube Autosport receberão um cartão de membro com validade de 1 ano, que apresentarão junto das empresas parceiras como identificação.
Lista de Vantagens:
-Acesso a todos os conteúdos no site Autosport sem ter que ver a publicidade
-Oferta de um carro telecomandado da Shell Motorsport Collection (promoção de lançamento)
-Desconto nos combustíveis Shell
-Acesso a seguros especialmente desenvolvidos pela Vitorinos seguros a preços imbatíveis
-Descontos em oficinas, lojas e serviços auto
-Acesso exclusivo a eventos especialmente organizados para membros
Saiba mais AQUI
Dentro da pista o espetáculo não desiludiu??
Deixem-se de tangas foi uma corrida miserável com procissões intermináveis.
Mao foi uma boa corrida. Mas yambem nao foi assim tao ma.
Eu acho que foi mesmo má, ligeiramente mascarada pela chuva que proporcionou os momentos mais interessantes. Depois do arranque, há as recuperações de posição do Russel e a saída de pista do Leclerc. O resto foi ver volta após volta o Hamilton a tentar fazer a mesma manobra e o Gasly sem qualquer dificuldade a proteger-se. Como o próprio disse, não foi difícil.
Tsunoda merecia estar entre os cinco melhores!