GP Emilia Romagna F1: Os cinco melhores

Por a 25 Abril 2022 11:45

Por Fábio Mendes e Pedro André Mendes

Imola deu-nos imagens fantásticas. Com as bancadas cheias de Tifosi, que pintaram de vermelho as bancadas do circuito em mais uma enchente na F1. O público tinha saudades de ver os carros em pista ao vivo e a F1 ganhar ainda mais cor com os fãs. Dentro de pista, o espetáculo não desiludiu. Os deuses das corridas continuam generosos e ofereceram-nos mais um bom espetáculo. Destacamos alguns dos melhores do fim de semana em Imola:

# Max Verstappen

Max Verstappen foi rei e senhor em Imola. A Red Bull apresentou um pacote de melhorias no RB18, num fim de semana em que havia pouco tempo de treinos para afinar as atualizações, mas a Red Bull fez um excelente trabalho e colocou à disposição de Verstappen e Sergio Pérez um carro competitivo. Em condições de piso molhado a Ferrari pareceu ter uma ligeira vantagem, mas em piso seco o cenário inverteu-se. Verstappen conseguiu a pole na sexta, venceu a corrida Sprint depois de uma má largada (o carro de Leclerc gastou demasiado pneu) e na corrida largou melhor e nunca mais foi incomodado. Uma prestação imaculada, gestão perfeita da corrida por parte do piloto e da sua equipa, e uma resposta importante, mantendo-se na luta pelo título. Verstappen esteve sempre sereno e em Imola esteve acima de todos.

# Lando Norris

Norris gosta dos ares de Itália e se no ano passado em Imola já tinha dado nas vistas, também em condições difíceis, este ano repetiu a dose. A McLaren apresentou-se mais competitiva este fim de semana e conseguiu melhorar o andamento do seu MCL36. Daniel Ricciardo esteve sempre perto de Norris e a dupla apresentou andamentos similares. Mas a grande diferença foi que Norris teve uma boa largada e conseguiu garantir aí a presença no top 5 enquanto Ricciardo errou e ficou pelo caminho. Depois do arranque, Norris não conseguiu aguentar Leclerc e cedeu o terceiro lugar, mas nunca mais foi incomodado. Raramente apareceu na transmissão mas apresentou sempre um bom ritmo e fez novamente uma boa gestão. Em condições de pista molhada ou mistas, Norris destaca-se. Um grande talento que espera um carro capaz de o aproximar das lutas de Leclerc e Verstappen.

# Valtteri Bottas

Afinal, sair da Mercedes foi uma bênção. Além de não estar a sofrer com o que se passa do lado dos Flechas de Prata, Bottas passou de ator secundário na Mercedes para personagem principal na Alfa Romeo. E isso tem-se notado na postura do piloto dentro e fora de pista. Bottas nunca foi um mau piloto, o seu talento sempre foi subvalorizado, mas a parte mental foi o que o impediu de chegar mais longe. Já sem a pressão da Mercedes, Bottas pôde mostrar do que é capaz e em Imola voltou a fazer uma excelente corrida, comprovando também o potencial do seu carro. A mudança para a Alfa Romeo podia parecer um passo atrás, mas trouxe-lhe a calma e a alegria que talvez não tenha sentido na Mercedes. Mais uma boa prestação e a prova que a Alfa pode ser um caso sério este ano.

# Aston Martin

Neste fim de semana a Aston Martin tem motivos para ficar feliz com os seus pilotos. Depois de uma exibição desastrosa em Melbourne, Sebastian Vettel e Lance Stroll foram dos melhores do fim de semana. Stroll dá-se bem com a chuva e Vettel tem muita experiência e sabe lidar com condições difíceis como poucos. Foi graças a eles que a Aston Martin conseguiu pontuar com os dois carros. Em piso seco, a Aston fica no fundo do pelotão, mas em chuva, a capacidade dos pilotos fez a diferença. Há muito trabalho pela frente, mas já marcaram os primeiros pontos do ano, o que é menos um fator de pressão. Destaque para Vettel que depois de perder duas corridas, e de um regresso mau, mostrou que quem sabe, não esquece.

# George Russell

Alex Albon era uma opção interessante para estar nestes cinco destaques, mas a corrida de George Russell merece ser enaltecida. Com problemas de subviragem desde o arranque da prova, soube lidar com isso, e quando passou para os pneus de piso seco, a equipa não fez as alterações necessárias. Russell teve de lidar com um carro subvirador, além de enfrentar as oscilações que lhe provocaram dores nas costas e no peito. O W13 não é nada fácil de pilotar, mas Russell respondeu ao desafio de forma brilhante. Soube gerir os pneus, atacou quando devia e defendeu-se muito bem de Bottas no final. Russell vai confirmando que foi a opção certa para a Mercedes e vai ganhando o respeito da sua equipa, enquanto Lewis Hamilton parece perdido.

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4 Comentários
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Lagaffe
Lagaffe
2 anos atrás

Dentro da pista o espetáculo não desiludiu??
Deixem-se de tangas foi uma corrida miserável com procissões intermináveis.

Scuderia Fast Turtle
Scuderia Fast Turtle
Reply to  Lagaffe
2 anos atrás

Mao foi uma boa corrida. Mas yambem nao foi assim tao ma.

Lagaffe
Lagaffe
Reply to  Scuderia Fast Turtle
2 anos atrás

Eu acho que foi mesmo má, ligeiramente mascarada pela chuva que proporcionou os momentos mais interessantes. Depois do arranque, há as recuperações de posição do Russel e a saída de pista do Leclerc. O resto foi ver volta após volta o Hamilton a tentar fazer a mesma manobra e o Gasly sem qualquer dificuldade a proteger-se. Como o próprio disse, não foi difícil.

917/30
2 anos atrás

Tsunoda merecia estar entre os cinco melhores!

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