GP Emilia Romagna F1: Foi tomada a decisão certa no atraso da ativação do DRS?

Por a 26 Abril 2022 18:15

Um dos temas muito referido no final da prova em Imola, no fim de semana passado, foi o atraso na ativação do DRS por parte da direção de corrida. Foram necessárias 35 voltas para que o DRS fosse finalmente ativado. Para uns foi a decisão certa, para outros tal motivou uma corrida mais enfadonha até esse ponto.

O DRS foi criado para promover mais ultrapassagens. Numa altura em que os carros já eram difíceis de seguir, o DRS surgiu como uma solução de recurso que se foi mantendo, cujo objetivo era promover uma aproximação mais fácil aos pilotos que perseguidores, para assim promover mais lutas em pista. No entanto, o DRS tem dado resultados mistos. Em algumas corridas vemos que o DRS serve o propósito para o qual foi criado, levando a uma aproximação mais facilitada e promovendo lutas interessantes. Mas não poucas vezes vimos o DRS a facilitar em demasia as manobras, com ultrapassagens sem história. Os carros desta geração foram criados para minimizar essa necessidade, mas parece claro que o DRS está para ficar. Na pequena amostra de corrida com piso seco (ou quase seco) em Imola, as perseguições são mais fáceis e que estes novos carros podem andar mais tempo na traseira dos adversários sem sentirem em demasia os efeitos da falta de apoio aerodinâmico. No entanto, as ultrapassagens foram escassas e numa F1 que exige muitas ultrapassagens para fazer render o espetáculo, notou-se a falta do DRS.

Alguns pilotos queixaram-se que foi ativado demasiado tarde, mas as condições de pista eram difíceis e com apenas uma trajetória seca, as ultrapassagens exigiram ir para a zona molhada da pista. A direção de corrida teve pouca vontade de ver um incidente como o do ano passado entre Valtteri Bottas e George Russell e jogou pelo seguro. O espetáculo perdeu, mas na minha opinião, foi a decisão certa. Sem precipitações, sem busca desmesurada pelo espetáculo. Portanto o timing da ativação terá sido o correto.

Quanto ao DRS em si, voltamos a ver casos em que o DRS ajudou nas ultrapassagens apenas o suficiente e o espetáculo foi bom, noutros casos vimos diferenças demasiado grandes e ultrapassagens demasiado facilitadas. Mas somos forçados a reconhecer que sem o DRS estas corridas poderiam ser um pouco mais processionais e, como tal, é uma ferramenta que ainda faz sentido manter nesta geração de carros.

Aproveitamos para desafiar os leitores sobre este tema: Deveria o DRS ser ativado mais cedo? O DRS ainda é necessário para o espetáculo?

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3 Comentários
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gtman
gtman
2 anos atrás

Investiu-se carradas de dinheiro para uma fórmula mais competitiva e a montanha pariu um rato. Na maioria das corridas as ultrapassagens vão ser tão ou mais difíceis. Os carros podem seguir mais perto mas o DRS é muito menos efectivo e ficamos na mesma. Tirar o DRS da equação era voltarem as nauseantes corridas de entre o meio da década de 90 e o principio dos anos 2000.

Daniel Sousa
Daniel Sousa
2 anos atrás

Acho que o DRS foi activado no momento certo. Activar antes não iria proporcionar nada diferente dadas as condições de pista e iria apenas aumentar o risco.
O DRS ainda é importante para o espetáculo, na medida em que a maioria das ultrapassagens só são possíveis com DRS. Contudo acho boa ideia retirar o DRS em algumas provas, por exemplo em Monza ou agora em Miami. Talvez não fosse necessário, dadas as grandes rectas.

Last edited 2 anos atrás by Daniel Sousa
Não me chateies
Não me chateies
2 anos atrás

O DRS disvirtua a F1, a defesa também faz parte das corridas e o DRS nega isso. O DRS torna a F1 previsível, prefiro menos ultrapassagens, separar o trigo do joio e quem tem kit de unhas consegue as ultrapassagens na mesma.

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