GP Emilia Romagna F1: 10 lições de Imola

Por a 25 Abril 2022 13:15

Por Fábio Mendes e Pedro André Mendes

Foram muitos os motivos de destaque em Imola, quarta prova do campeonato do mundo de F1. Escolhemos 10 pontos de interesse do primeiro fim de semana em solo europeu:

# Red Bull melhorou com os upgrades e não facilitou

No ano passado tivemos a prova que a Red Bull não facilita nos upgrades durante a época e este ano deveremos ver mais do mesmo. Os Bull ‘s são uma das melhores estruturas da F1 e o ritmo de desenvolvimento que costuma aplicar durante as épocas é sempre elevado. Arriscaram com um pacote de melhorias num fim de semana de corridas Sprint, mas com isso conseguiram  ganhar alguma vantagem sobre a Ferrari. A Red Bull voltou a encontrar um bom equilíbrio. Uma dupla que garante muitos pontos e um departamento técnico que sempre trabalhou muito bem. 

# Ferrari voltou a falhar perante o seu público

A Ferrari falhou este fim de semana. Os principais responsáveis foram os pilotos, com Carlos Sainz a colocar-se em apuros na qualificação (na corrida teve apenas azar) e Charles Leclerc que cometeu um erro grave no fim da corrida. Daqueles erros que um candidato ao título não pode fazer. Mas como se trata de um esforço de equipa, a Ferrari falhou na sua primeira apresentação perante o seu público este ano. Este resultado em nada belisca o rótulo de candidata, mas relembra que o ano não será fácil e que é preciso estar sempre muito perto da perfeição para atingir o sucesso. Será que a pressão do público teve influência? Talvez um pouco.

# McLaren voltou a melhorar e Norris foi brilhante

Não é o começo de época  que a McLaren desejaria, sendo que a luta pelos primeiros lugares era sempre mais apetecível. Mas olhando ao que aconteceu nestas primeiras corridas, não podemos deixar de destacar a boa evolução que a equipa tem feito. Desde o pesadelo do teste do Bahrein que a equipa tem recuperado a forma e dado passos interessantes rumo a uma recuperação que até parecia pouco provável a curto prazo. As circunstâncias também ajudaram, mas o trabalho da equipa e dos pilotos é notório. Lando Norris assume-se novamente como a estrela da equipa. Mais uma excelente exibição e mais um pódio em seu nome. 

# George Russell voltou a salvar a Mercedes

Não fosse Russell, as duas últimas corridas da Mercedes teriam sido perto de desastrosas. O jovem britânico tem assumido as despesas da equipa e tem dado tudo em pista. Consegue entender melhor o W13 e tirar mais partido dele do que Lewis Hamilton, que nesta fase está perdido e longe do que já o vimos fazer. A Mercedes atravessa uma fase negativa e já não se lembrava de viver estes momentos. As saídas de pessoal da área técnica pode ser uma das respostas para o mau momento, mas são necessárias soluções para este momento. Se no ano passado a Mercedes já tinha sido testada, este ano é uma prova de fogo.

# Alex Albon é claramente o nº1 da Williams

Alex Albon está a encostar Nicholas Latifi a um canto. O regresso do tailandês está a revelar-se numa excelente jogada da Williams. O talento de Albon já rendeu um ponto e em Imola, com um carro pouco competitivo, ficou à porta dos pontos. Esta era uma oportunidade de ouro para Albon mostrar o que pode fazer na F1, depois da passagem falhada pela Red Bull e está a aproveitar esta segunda oportunidade da melhor forma. Mais uma excelente prestação depois de um ano afastado da competição. Latifi começa a fazer contas de cabeça e se não melhorar pode mesmo ter o lugar em risco no fim do ano.

# Valia dos pilotos deu pontos à Aston Martin

Até agora sempre que falávamos da Aston Martin era pelos piores motivos. O ano passado correu mal, mas 2022 ainda tem sido pior. O carro parece ter nascido mal e precisa de uma versão ultra melhorada para permitir aos seus pilotos discutirem posições pontuáveis. Mas em Imola, Sebastian Vettel e Lance Stroll sacaram dos seus trunfos e, aproveitando a pista molhada na fase inicial da corrida, conseguiram somar pontos preciosos.

Os problemas da equipa estão longe de estarem solucionados, a quilómetros disso, mas podem pelo menos festejar este resultado. 

# Valtteri Bottas está em grande forma

Parece existir sempre um pequeno pormenor que não permite a Valtteri Bottas terminar uma corrida no pódio, porque o finlandês aos comandos do bem construído Alfa Romeo C42 bem merece terminar entre os 3 primeiros. 

Há potencial para, nesta fase da época, Bottas liderar o segundo pelotão, mas tem um ou outro azar que não o permite. 

Valtteri Bottas comprovou mais uma vez que tem lugar na Fórmula 1 e que na Mercedes não conseguiu dar tudo o que tinha como piloto. 

# Alonso merece ter mais sorte

Fernando Alonso é perseguido pelo azar. O piloto espanhol estava novamente forte este fim de semana, embora tenha perdido posições na corrida sprint, mas nem sequer conseguiu terminar cinco voltas na corrida do GP de Emilia Romagna, depois de ter sido obrigado a abandonar com danos no flanco direito do Alpine A522. 

Tem apenas dois pontos no campeonato, que não demonstram nada do potencial do piloto espanhol aos comandos do carro francês. 

# Hamilton atravessa um período muito complicado

Lewis Hamilton deverá atravessar o período mais conturbado da sua carreira. Em Imola chegou ao cúmulo de Toto Wolff pedir desculpa ao piloto britânico pelo carro que a equipa construiu. Tudo isto depois de um pequeno arrufo entre os dois. A verdade é que George Russell tem vindo a fazer melhor que Hamilton com o mesmo material. 

Agora que Hamilton afirmou que não acredita no título, pode estar a pensar em terminar a carreira?

# Corridas Sprint vieram para ficar

As corridas sprint são só três em 2022 apenas porque as 10 equipas não conseguiram chegar a acordo sobre o aumento do valor a ser pago pela Fórmula 1. Não fosse esse diferendo, teríamos mais que 3 corridas sprint e seriam bem-vindas. 

O formato pode não agradar, mas sempre apimenta o fim de semana. Mesmo em Imola, onde muitas vozes se levantaram que seria uma sprint monótona. Não foi nada assim. O facto dos oito primeiros passarem a pontuar, foi um acrescento de qualidade. 

Vamos esperar pelas duas sprints que faltam, mas em 2023 a Fórmula 1 quer mesmo aumentar o número de corridas.

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