GP do México F1: Os desafios da altitude

Por a 27 Outubro 2022 14:47

Já se sabe que o Autódromo Hermanos Rodriguez apresenta caraterísticas únicas que poderão mudar um pouco o cenário competitivo vigente nas últimas corridas. A altitude a que o circuito se encontra apresenta desafios únicos para as equipas e os pilotos.

Dada a altitude da pista (2200 m), as condições que as máquinas vão enfrentar são substancialmente diferentes das que as equipas enfrentaram até agora. O ar mais rarefeito significa que o comportamento aerodinâmico dos carros difere e há equipas que poderão lucrar mais ou menos.

Com o ar cerca 20% menos denso do que se encontra ao nível do mar, a forma como os monolugares de F1 geram apoio aerodinâmico muda. É frequente observarmos os carros com as configurações de apoio máximo (semelhante às usadas no Mónaco, por exemplo) a permitirem, ainda assim, algumas das velocidades de ponta mais altas do ano.

A menor densidade do ar traz alguns desafios. Primeiro, a capacidade de arrefecimento do é menor e por isso as equipas são obrigadas a usar mais aberturas no capot motor para promover um arrefecimento mais eficaz. As equipas com mais problemas de sobreaquecimento e menor fiabilidade poderão sofrer mais com estas condições. Segundo, a questão do arrasto e do apoio aerodinâmico é evidente. Com menos densidade do ar, os carros têm menos arrasto e por isso, os monolugares com mais arrasto poderão sofrer menos. O caso da Mercedes é um dos que mais curiosidade suscita, sendo que o W13, apesar da configuração radical, é dos carros que menos velocidade de ponta apresenta, devido à menor potência do motor Mercedes, mas essencialmente devido ao maior arrasto do carro. No México essa situação tem menor peso. Com níveis de apoio menores do que o considerado normal, os carros poderão deslizar mais em pista, o que poderá provocar maior desgaste térmico das borrachas. Aliás, esse desgaste será outra das dores de cabeça, pois as variações de temperatura ao longo do dia são acentuadas, pelo que o nível de desgaste poderá variar significativamente.

Há, no entanto, uma curiosidade para este fim de semana. Será a primeira vez que estes monolugares irão enfrentar estas condições. Com a nova filosofia de criação de apoio aerodinâmico, mais focada nos fundos dos carros, há curiosidade para ver como estes carros enfrentam estas condições e que tipo de implicações têm na afinação e comportamento dos monolugares. Mais ainda, é a primeira vez que estes motores, pensados para receber uma mistura de combustível mais rica em etanol, vai enfrentar as exigências do traçado mexicano, com a sua longa reta.

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