GP do Japão F1: Os destaques da corrida

Por a 9 Outubro 2022 10:21

Ainda de queixo caído, metade do mundo começa a entender que Max Verstappen é campeão do mundo, numa corrida completamente atípica e com um final ainda mais atípico. Um arranque caótico, uma longa espera por uma meteorologia mais clemente, uma corrida com apenas 40 minutos e um final surpreendente em que se festeja um título sem ninguém esperar.

Max Verstappen é campeão do mundo. Esse é o maior destaque. De tudo o que se poderá dizer hoje sobre o que aconteceu, Verstappen é campeão! Bicampeão aos 25 anos, igualando grandes nomes da F1. Verstappen foi rei e senhor este ano. Todo o talento que possui foi potenciado por uma postura mais madura, mais calma, adquirida depois do título do ano passado. Algumas das prestações de Verstappen este ano foram assombrosas, sem concorrência à altura. O que fez hoje em Suzuka é prova disso. Em 27 voltas, ganhou 25 segundos de vantagem a Charles Leclerc, à chuva. Verstappen é um predestinado e o bicampeonato é mais que merecido. Sergio Pérez voltou a cumprir a sua parte e foi ele novamente o “responsável” pelo título. Se no ano passado foi o “ministro da defesa” este ano o seu ataque final a Leclerc fechou as contas do título. Uma dupla forte, numa equipa fortíssima, que agora procura o título de construtores.

A Ferrari voltou a ser Ferrari. Mostrou potencial, mas pequenas falhas foram ditando o desfecho final. Sainz ficou fora cedo, Leclerc tentou segurar o segundo lugar, mas desgastou os pneus intermédios muito cedo e por isso ficou à mercê do ataque final de Pérez. Mesmo a paragem nas boxes não foi perfeita. A Ferrari desperdiçou uma boa oportunidade este ano. Ainda pode chegar ao título de construtores, mas apenas matematicamente. Em pista não tem argumentos para igualar a Red Bull.

Esteban Ocon fez uma excelente corrida e agarrou-se ao quarto lugar com tudo o que tinha. Aguentou a pressão do sempre presente Lewis Hamilton e chegou ao fim às portas do pódio. Grande corrida do francês que teve um fim de semana muito forte, enquanto Lewis Hamilton tentou tudo para ganhar mais alguns pontos sem sucesso, fazendo uma corrida positiva. Sebastian Vettel foi dos melhores e a opção de ir logo para os pneus intermédios resultou em cheio, subindo muitas posições e terminando em sexto, numa corrida onde mostrou toda a sua inteligência e qualidade. Fernando Alonso conseguiu bons pontos e a estratégia de duas paragens com intermédios acabou por resultar. No entanto, não brilhou tanto quanto Ocon. George Russell foi oitavo, numa corrida que valeu pelos pontos e pelas excelentes manobras que fez para subir na tabela. Um fim de semana algo cinzento, novamente com problemas de travagem. Nicholas Latifi pontuou finalmente e agora todos os pilotos a tempo inteiro têm pontos. Uma prova em que aproveitou a confusão para se redimir dos erros recentes, pontuando numa corrida em que a Williams acabou com apenas um carro (falha mecânica no carro de Alex Albon). Lando Norris fechou o top 10, mas foi o espelho do fim de semana da McLaren, com pouco brilho e muito discreto, tal como Daniel Ricciardo. Destaque também para a grande largada de Lance Stroll que não conseguiu chegar aos pontos mas que no começo se evidenciou com uma grande manobra. 

O destaque final vai para a FIA. A F1 depende do bom trabalho do órgão federativo, mas as provas do mau trabalho sucedem-se. A decisão de ter uma grua em pista numa altura em que tínhamos carros é incompreensível, mais ainda em Suzuka. O tempo de espera, esse não merece discussão e o facto de termos tido corrida é um sinal mais para a direção de corrida, mas este tipo de erros não pode acontecer. Mas se pensávamos que seria esse o tema da semana, afinal, é o título atribuído por um pormenor nos regulamentos que ninguém reparou porque não faz sentido. Fazer meia corrida (50% das voltas programadas) e receber os pontos todos é no mínimo estranho. Segundo os regulamentos atuais, uma corrida com 2 voltas poderia receber os pontos na totalidade, imaginando no caso de Suzuka, que a corrida começava com 5 minutos antes do fim das três horas regulamentares. Qual a lógica? Foi mais um título entregue de forma estranha e Verstappen merecia mais. A FIA tem de rever procedimentos e melhorar, pois a F1 atravessa uma fase importante e não se pode dar ao luxo de perder fãs com este tipo de erros. 

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2 Comentários
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4RcNg
4RcNg
1 ano atrás

Uma FIA á deriva, com regulamentos inconsistentes, e decisoes pouco consentaneas com o estatuto que a Formula 1 deveria e merece ter.

Lagaffe
Lagaffe
1 ano atrás

O Max é brilhante, um verdadeiro génio ao volante mas este ano pareceu um daqueles anos enfadonhos onde já sabíamos que no final ganhava o LH/MB.
Nas primeiras corridas a Ferrari ainda deu um ar de sua graça mas depois a Red Bull foi imbatível.
Deu-se uma cambalhota nas regras mas ficou tudo igual. Um único anel controla todos os demais.

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