GP do Japão F1: Notas AutoSport (Parte I)

Por a 9 Outubro 2018 16:46

Suzuka é daquelas pistas míticas que todos gostariam de visitar… seja na bancada seja em pista (o sonho de qualquer fãs de desporto motorizado). O traçado japonês é ainda hoje passado tantos anos um dos melhores do mundo, mais exigente e mais espectacular. A F1 não pode nunca sonhar sequer em não visitar Suzuka todos os anos. A pista já foi palco de alegrias, tristezas, dramas e consagrações, e este ano ter sido o último capitulo da história do título 2018. Hamilton voltou a estar intocável, Vettel voltou a complicar e a distância entre ambos voltou a crescer.

 

Mercedes – Mais uma vez… os melhores

Tem sido assim desde 2014. A Mercedes criou uma máquina que parece difícil de parar. Com mais ou menos dificuldade, os Flechas de Prata continuam na frente e no final do ano, quando todas as contas são feitas mostram que são os melhores. Este ano o título foi suado, e durante algum tempo pensou-se que a Ferrari tinha o que era preciso para destronar os germânicos, mas a estrutura voltou a mostrar uma força tremenda e conseguiu dar a volta ao texto e estão mais uma vez em vias de “limpar tudo”. Em Suzuka a Mercedes foi sempre mais forte. Nunca ficou no ar a ideia que poderiam ser incomodados e na qualificação vimos a prova disso mesmo. Em corrida foi apenas uma questão de gerir, com Hamilton a divertir-se e a controlar as operações à sua vontade. O britânico está fortíssimo e continua prova-lo a cada fim de semana de provas. Já Bottas ficou novamente longe do seu colega de equipa e não foi sequer capaz de acompanhar o ritmo “domingueiro” do #44, tendo ficado inclusive à mercê de Verstappen. Se tudo correr bem a equipa terá já motivos para festejar em Austin.

Lewis Hamilton: Nota 10

Valtteri Bottas: Nota 8

Mercedes: Nota 10

 

Red Bull: Foi bom e podia ter sido ainda melhor

A Red Bull está a provar novamente que tem um dos melhores chassis do grid, senão o melhor. Enquanto os restantes carros com motores Renault continuam longe da frente, os Bull´s tentam como podem chegar aos lugares cimeiros e têm conseguido isso, com muito mérito. Verstappen voltou a subir ao pódio  (pela sétima vez esta época) e está a confirmar o excelente momento de forma que tem vindo a construir, depois de um início de época complicado.  Verstappen alia sua velocidade a maturidade crescente, embora ainda se veja envolvido em situações menos positivas, como o toque com Vettel (um incidente de corrida) ou o toque com Raikkonen,(evitável, com justa penalização). Mas Verstappen está a amadurecer aos poucos. Já Ricciardo conseguiu finalmente uma corrida sem problemas e graças a isso rondou o pódio. Na qualificação o motor voltou a pregar-lhe uma partida, mas berrou tão alto que até o azar teve de fugir e assim teve um domingo tranquilo, com bom ritmo, boas ultrapassagens e no final um bom resultado, talvez melhor do que tinha esperado, com a colaboração da Ferrari. Houve alturas em que apresentou um ritmo mais forte que os homens da frente mas o quarto lugar já foi um bom prémio de consolação.

 

Max Verstappen: Nota 8

Daniel Ricciardo: Nota 9

Red Bull: Nota 9

 

Ferrari: De erro em erro, rumo à desilusão

Desde Monza que a Ferrari tem perdido terreno para a Mercedes. A primeira corrida, no regresso das férias mostrou um cenário completamente diferente do que vimos a partir daí e a Scuderia foi acumulando erros e prestações menos conseguidas. Nem as melhorias introduzidas entretanto foram capazes de minimizar o poder que a Mercedes tem evidenciado nos últimos tempos. O GP de Suzuka foi mais uma prova que a Ferrari tem ainda de melhorar internamente para conseguir levar a luta até ao fim. O carro não pareceu ter o melhor andamento e na qualificação um erro estratégico da Ferrari complicou ainda mais a tarefa de Vettel. Na corrida o alemão conseguiu recuperar bem, mas meteu-se em problemas com Verstappen e acabou por perder novamente muitas posições. A Ferrari demorou ainda a trazer o #5 para as boxes, tal como fez com Raikkonen e com erros individuais / estratégicos, a Ferrari acabou atrás dos Red Bull. Mais um fim de semana abaixo do expectável e abaixo do que a Ferrari pode e deve fazer. Vettel voltou a fazer uma avaliação errada e arriscar onde não devia, algo que já fez demasiadas vezes este ano.  Este fim de semana vimos o pior da Ferrari e deu para o quinto e sexto lugar. Imagine-se o que poderia dar se a Ferrari mostrasse o melhor.

Kimi Raikkonen: Nota 7

Sebastian Vettel: Nota 6

Ferrari: Nota 7

 

Force India: Muito potencial desperdiçado este ano

E se a Force India tivesse o financiamento necessário desde o início da época? É esta pergunta que fica ao ver as prestações da equipa depois da entrada dos novos investidores. A equipa melhorou com os upgrades introduzidos desde que os novos patrões colocaram dinheiro nos cofres  e em cinco corridas fizeram mais que a Toro Rosso, Sauber e Williams na época toda e estão cada vez mais perto da McLaren. Se não tivessem perdido os pontos, eram nesta fase a melhor equipa do “Campeonato B”.  Pérez fez uma excelente corrida e Ocon poderia ter ficado perto não fosse aquele excesso de velocidade com bandeiras vermelhas que levou a uma penalização. Mais uma excelente prestação da Force India

Sergio Pérez: Nota 8

Esteban Ocon: Nota 7

Force India: Nota 8

 

Haas: Gorsjean de volta aos pontos

Desde o GP da Itália que as coisas não têm corrido como a Haas quereria e o desafio de chegar à Renault tem-se tornado mais difícil. Desde a visita a Monza que a equipa apenas marcou oito pontos, o que é pouco para chegar a uma Renault em claras dificuldades nesta fase. Grosjean já tem o lugar assegurado para 2019, mas continua a ser o piloto tendencialmente em melhor forma da equipa nesta fase e conseguiu mais quarto pontos, numa corrida discreta mas sólida, enquanto Magnussen… voltou a ser Magnussen. Fez uma ultrapassagem assombrosa a Leclerc para pouco depois defender-se como é seu habito e acabar com um pneu furado depois do toque de Leclerc que não teve hipótese de evitar o contacto. Uma manobra vista muitas vezes por parte do dinamarquês que continua a coleccionar momentos brilhantes com manobras perigosas e pouco inteligentes que dão origem a desistências como esta. Ou se ama ou se odeia. Não há meio termo como Magnussen.

Romain Grojsean: Nota 8

Kevin Magnussen: Nota 5

Haas: Nota 7

 

 

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