GP do Bahren de F1: 5 histórias do paddock

Por a 8 Março 2023 09:16

O primeiro Grande Prémio da temporada é sempre pródigo em rumores e o Bahrain não foi excepção, havendo rumores e histórias sobre a Andretti, a Cadillac, Porsche, Honda e não só…

A Cadillac quer a Fórmula 1

A Cadillac anunciou o seu desejo de acompanhar a Andretti na entrada na Fórmula 1, mas o construtor americano poderá ingressar na categoria máxima sozinha.

A marca da GM está disposta a entrar no mundo dos Grandes Prémios seja em que condições for e não tem de ser associada à estrutura de Michael Andretti, apesar do anúncio do início do ano, isto segundo os rumores que circulavam no paddock de Sakhir.

Está visto que a Andretti criou inúmeros anticorpos no ambiente da Fórmula 1, devido à abordagem que assumiu para assegurar um lugar na grelha de partida, e o seu lugar na categoria poderá não ser uma garantia.

Segundo os boatos, a Cadillac poderá entrar na disciplina com unidades de potência Renault que seriam rebatizadas com o seu nome, podendo a médio prazo a marca americana manter o motor de combustão interna, mas desenvolver todos os sistemas associados – motores híbridos, baterias, etc – a médio prazo.

Este é um cenário que interessa à Williams e à McLaren, que estão à procura de uma unidade de potência para o novo ciclo regulamentar. A equipa de Grove sempre se mostrou contra a entrada na Fórmula 1 da Andretti e esta possibilidade poderá tornar a sua posição ainda mais inamovível. Já a McLaren apoiou as pretensões dos americanos, sendo interessante verificar se esta posição se altera no futuro.

A perplexidade da Ferrari

Os problemas técnicos que levaram ao abandono de Charles Leclerc, quando rodava no terceiro posto, deixou a Ferrari completamente perplexa.

Ao longo do Inverno a equipa de Maranello não experimentou nada de semelhante e durante os testes de pré-temporada nenhum dos monolugares com unidades de potência passou por uma situação parecida.

No entanto, ainda antes do primeiros Grande Prémio da temporada os técnicos da ‘Scuderia’ encontraram uma anormalidade no V6 turbo híbrido de Leclerc, levando a que fossem trocadas as baterias e a centralina eletrónica do SF-23 número dezasseis.

Apesar disso, na trigésima nona volta Leclerc parou em pista devido a novo problema na centralina electrónica.

A equipa não suspeita de nenhum problema conceptual, como aconteceu o ano passado, antes de um problema num cabo, que deu informação errada ao componente, de um defeito ou na mal montagem de alguma peça. As vibrações a que os carros são sujeitos em Sakhir podem também ter sido a causa do problema.

Seja como for, o carro de Leclerc vai ser alvo de uma análise profunda, esperando o monegasco que a centralina eletrónica não tenha sido afetada, uma vez que, caso seja esse o caso, terá de pagar uma penalização de cinco lugares na grelha de partida para o Grande Prémio da Arábia Saudita, uma vez que cada piloto só tem direito a dois componentes destes para a temporada inteira.

Candidatos a mais para lugares a menos?

De acordo com os rumores do paddock, são pelo menos três os candidatos as duas vagas livres na grelha de partida, mas dois pesos pesados podem estar também na corrida.

Depois da FIA ter aberto um processo de avaliação a candidatos a entrar na Fórmula 1, em Dezembro, ficou claro que a Andretti era uma das interessadas, tendo formalizado o seu desejo com o apoio da Cadillac, uma vez que a FOM apontou que os grandes construtores teriam prioridade.

Mas cada vez surgem mais rumores acerca de outros candidatos, que são apontados como a Hitech e a Mumbai Falcons, uma equipa asiática que tem fortes ligações à Prema, que estaria também envolvido na candidatura.

Esta última é financiada por um bilionário indiano, havendo segurança a este nível, ao passo que a estrutura italiana daria a sua garantia técnica.

Já a Hitech, outra equipa que milita na Fórmula 2 e Fórmula 3, tem também a capacidade técnica para poder dar um salto para o topo do automobilismo, podendo o financiamento vir do pai de Nikita Mazepin, apesar de todas as limitações que existem atualmente aos oligarcas russo.

No entanto, as pretensões destas três candidatas poderão cair por terra se a Porsche e a Honda entrarem no jogo.

Qualquer uma destes dois construtores pretende ingressar na Fórmula 1, mas não têm equipa para o fazer, o que os poderá obrigar a criar uma estrutura de raiz. Esta opção poderia ter um investimento inicial mais onerosos, mas com o actual tecto orçamental, poderiam ser operações lucrativas a médio prazo.

Mercedes contrata na Red Bull

Uma das notícias do fim-de-semana foi a contratação de Jayne Poole por parte da Mercedes, o que, à primeira vista, poderá não ser uma movimentação muito importante, mas tem o seu peso, dado que é oriunda da Red Bull.

A inglesa trabalhava em relação direta com Christian Horner nas funções de COO – chefe de operações – conhecendo grande parte dos segredos da equipa de Milton Keynes, que presentemente domina a Fórmula 1.

Evidentemente que Poole não terá um entendimento do que torna o RB19 o carro a bater esta temporada, mas tem um conhecimento profundo da organização da Red Bull e isso pode ser determinante para uma reorganização da estrutura da Mercedes.

Para além disso, Poole era a responsável máxima pelo departamento de recursos humanos da equipa de Milton Keynes, o que lhe dá uma ideia clara do final do contrato e dos vencimentos de potencias técnicos que interessem à formação dirigida por Toto Wolff.

Se nos próximos meses se assistir a contratações de técnicos da Red Bull por parte da Mercedes, não será de estranhar, sobretudo num momento em que a equipa tem vindo a perder funcionários para outras estruturas.

Outro nome que tem sido apontado à formação de Brackley é o de Jerôme d’Ambrosio, ex-piloto e que foi o chefe de equipa da Venturi na Fórmula E quando esta usou motores Mercedes, que foi visto na boxe da estrutura do construtor de Estugarda aquando dos testes de Inverno.

O belga, segundo os rumores que circulavam em Sakhir, deverá assumir o controlo da academia de jovens pilotos da Mercedes, mas as suas funções poderão ir para além disso.

Novo formato de qualificação em avaliação

A Fórmula 1 irá experimentar um novo formato de qualificação durante o Grande Prémio da Emilia Romagna, que se realizará em Imola no próximo mês de Maio.

A prova transalpina será o primeiro de dois eventos em que serão avaliadas ligeiras alterações à sessão que, no entanto, manterá os três segmentos que caracterizam o actual exercício que define a grelha de partida de cada um dos Grande Prémios.

As alterações passam pela alocação de pneus a cada piloto, que será reduzida de treze jogos para onze, sendo forçados a usar borrachas duras na Q1, médias na Q2 e macias na Q3.

Esta modificação obrigará as equipas a reverem a forma como usam os pneumáticos da Pirelli ao longo do fim-de-semana.

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