GP de Miami – 5 histórias do paddock

Por a 11 Maio 2023 10:19

O paddock do Grande Prémio de Miami fervilhou com rumores e boatos, indo desde menus até despedimentos e casamentos improváveis…

Americanices que desagradam

O Grande Prémio de Miami tem vindo a ser o cenário de algumas experiências por parte da FOM e este ano voltou a inovar, com uma apresentação de cada um dos pilotos, um a um, vinte e três minutos antes da corrida ter o seu início.

A generalidade dos homens que se sentam atrás do volante não gostaram da experiência, dado que consideram que já fazem muito para a promoção da Fórmula 1 – entre ‘drivers parade’, sessões de autógrafos, eventos para os fãs, etc – e que aquela cerimónia antes do hino nacional da prova ser tocado não traz nada de novo, para além de os submeter à inclemência climatérica, que em Miami significou estar debaixo de sol com 29ºC.

Na sexta-feira da prova houve uma reunião entre a organização e os pilotos, tendo estes demonstrado imediatamente o seu desagrado, mas que não foi ouvido pela FOM.

Não se espera que este procedimento seja repetido em outros Grandes Prémios, mas não está de parte voltar a ser usado no evento de Miami no próximo ano.

Paddock Club com mais classe

A primeira edição do Grande Prémio de Miami foi um desaire no que diz respeito ao Paddock Club, a zona a que qualquer pessoa tem acesso, desde que tenha os bolsos recheados de dinheiro, com os bilhetes a custarem mais de cinco mil euros, normalmente.

Sempre habituados a qualidade superior, o ano passado os ‘convidados’ do Paddock Club foram presenteados com pouca comida e de qualidade inferior, tendo sido o organizador do Grande Prémio, os ‘Dolphins’, o responsável pelo catering.

A situação foi de tal forma desapontante, que Toto Wolff mostrou o seu desagrado publicamente, uma vez que as equipas têm direito a alguns destes bilhetes especiais para os seus convidados, esperando que eles sejam bem tratados.

A FOM foi obrigada a dar um murro da mesa e este ano foi a empresa que habitualmente fornece o Paddock Club a responsável pelo catering e tudo correu da melhor forma, para satisfação de todos.

Boullier no lugar de Szafnauer?

Ainda o evento de Miami não tinha tido o seu início e o ambiente na Alpine escaldava, com o seu CEO, Laurent Rossi, a criticar toda a estrutura, apontando que não estava a tirar partido dos recursos colocados à sua disposição.

O francês não se escusou a admitir que poderia fazer alterações no organigrama da equipa ainda este ano, caso as coisas não começassem a melhorar rapidamente.

A Alpine teve um início de temporada catastrófico e, quando esperava poder estar mais próxima das ‘Três Grandes’, depois do ano passado ter ficado em quarto no Campeonato de Construtores, actualmente está apenas no quinto posto com 14 pontos, contra 78 da Ferrari, tendo ainda sido ultrapassada pela Aston Martin, que se afirma agora como uma das ‘Quatro Grandes’.

Para além disso, a equipa de gestão da equipa não ficou bem na fotografia o ano passado, quando perdeu Fernando Alonso e Oscar Piastri e, por muito que Pierre Gasly possa ser um bom piloto, não parece estar ao nível do espanhol, que este ano já colecionou quatro pódios para a formação do construtor britânico.

Um dos visados nas declarações de Rossi foi Otmar Szafnauer, que o ano passado deixou a Aston Martin para rumar à Alpine, mas pode ter os seus dias contados em Enstone, havendo rumores de que Éric Boullier poderá substituí-lo.

O francês já esteve na equipa, deixando-a quando o financiamento não era suficiente, passando ainda pela McLaren num momento em que esta vivia uma guerra civil.

Mais recentemente, foi o responsável máximo pela organização que realizava o Grande Prémio de França.

Cadillac com o seu próprio motor?

A Cadillac aproveitou o Grande Prémio de Miami, o primeiro do ano nos Estados Unidos da América, para deixar escapar que poderá construir a sua própria unidade de potência a partir de 2027, um ano depois do novo regulamento entrar em vigor.

O construtor americano, que pertence à GM, apoia a candidatura a um lugar na grelha de partida da Andretti, esperando que possa ingressar na categoria máxima do desporto automóvel com a estrutura da família do automobilismo mais conhecida em ‘Terras do Tio Sam’.

No entanto, existem alguns rumores que apontam para que a Cadillac entre na Fórmula 1 com ou sem a Andretti, podendo a McLaren e a Williams ser as grandes candidatas a ficar com as unidades de potência do construtor americano, caso a formação americana não assegure um lugar.

Uma decisão quanto às novas equipas de Fórmula 1 deverá ser tornada pública em meados de Julho.

Honda e Aston Martin reencontram-se?

Um dos rumores que circulou no paddock de Miami foi o da possibilidade crescente de a Honda poder fornecer motores a partir de 2026.

O construtor nipónico está presentemente a ceder as suas unidades de potência à Red Bull, mas oficialmente deixou a Fórmula 1 no final de 2021.

Porém, os japoneses estão a trabalhar para regressar à categoria em 2026, tendo procurado uma equipa para o efeito, uma vez que a formação de Milton Keynes entrará numa relação com a Ford no próximo ciclo regulamentar.

Depois de ter estado em contacto com a McLaren e a Williams, parece ser a Aston Martin a equipa escolhida para o regresso do construtor de Sakura, o que poderá criar algumas dificuldades aos departamentos de marketing das duas marcas, uma vez que estas têm imagens completamente diferentes.

No entanto, os dois nomes já conviveram na Fórmula 1, quando o construtor britânico patrocinou a Red Bull e a o japonês fornecia os seus motores, em 2019 e 2020.

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