GP de Las Vegas de F1: 5 histórias que prometem passar pelo paddock

Por a 15 Novembro 2023 13:12

O próximo fim-de-semana é um dos mais esperados do ano no paddock da Fórmula 1, havendo algumas questões que serão respondidas que poderão ter impacto no futuro da categoria.

Las Vegas – uma mudança de paradigma?

O Grande Prémio de Las Vegas e o seu possível sucesso ou insucesso será um dos grandes temas de conversa ao longo de todo o fim-de-semana.

Pela primeira vez na história da Fórmula 1, não existirá um promotor do evento, sendo a própria FOM o organizador do Grande Prémio, tendo para isso investido quinhentos milhões de euros.

O objetivo da Liberty Media – a empresa que controla os aspetos comerciais da categoria máxima – é tornar a prova de Las Vegas numa das suas joias da coroa, um pouco à semelhança do que acontece com o Mónaco na Europa e, em alguma medida, com Singapura no sudoeste asiático.

Nada foi deixado ao acaso, tendo a FOM investido num complexo que albergará as boxes durante o Grande Prémio, que será o palco de exibições da competição ao longo de todo o ano, o que permitirá à Fórmula 1 manter presença numa cidade que recebe mais de três milhões de visitantes todos os anos.

Caso o Grande Prémio de Las Vegas seja um sucesso, e pode levar anos até o ser considerado, o paradigma organizativo das provas de Fórmula 1 pode mudar e a FOM sentir-se-á capaz de repetir o risco noutras paragens, sendo a mais óbvia África, onde uma prova é desejada já há alguns anos.

As temperaturas e os pneus

As temperaturas que se sentirão e Las Vegas durante Grande Prémio serão, seguramente, um dos grandes temas de conversa.

Com a corrida marcada para as 22h00 locais e a qualificação para as 00h00, pilotos e carros enfrentarão temperaturas do ar em torno dos 10ºC, o que é muito bom para os motores e para a aerodinâmica, ar mais denso, mas será um enorme problema para os pneus que terão de funcionar com temperaturas do asfalto, provavelmente, inferiores aos 10ºC.

Colocar os Pirelli na temperatura correta de funcionamento será um desafio para todas as equipas e quem o conseguir fazer da melhor forma possível poderá ter uma vantagem decisiva ao longo de todo o fim-de-semana.

A Red Bull tem sempre algumas dificuldades em aquecer convenientemente os pneus dianteiros, sobretudo em qualificação, o que poderá abrir uma janela de esperança para as restantes equipas.

GM avança com motores

A GM deu o derradeiro passo que poderia dar para poder garantir um lugar na grelha de partida à Andretti ao registar-se como um construtor de unidades de potência para 2028.

A FOM sempre deixou no ar que a, aceitar a alguma nova equipa, teria de ser uma de um construtor e, muito embora a Cadillac estivesse envolvida no projeto na Andretti, houve sempre alguma desconfiança sobre o verdadeiro peso da marca norte-americana.

Agora, com a oficialização da GM, detentora da Cadillac, como construtora de unidades de potência, as dúvidas, apesar de não se terem dissipado totalmente, esmoreceram, o que deixa o ónus nas presentes equipas e na FOM.

Os chefes de equipa e Stefano Domenicali estarão, portanto, debaixo dos holofotes em Las Vegas, devendo ser veemente questionados sobre a sua posição relativamente ao recente desenvolvimento do projecto da Andretti Cadillac F1.

Las Vegas joga futuro imediato da Mercedes

A Mercedes teve uma Grande Prémio de São Paulo para esquecer, tendo sofrido com o comportamento do seu monolugar. Depois de ter introduzido um novo pacote aerodinâmico nos Estados Unidos, parecia que a equipa de Brackley estava no bom caminho, mas em Interlagos sentiu problemas na gestão dos pneus, o que levou a que ficasse na segunda metade das posições pontuáveis com Lewis Hamilton, ao passo que George Russell abandonou com problemas na unidade de potência do seu monolugar.

Os responsáveis da Mercedes acreditam que os problemas no Brasil se deveram a uma má afinação provocada pela situação criada pelo facto de ter sido um ‘fim-de-semana sprint’.

Las Vegas, sendo um circuito novo e com temperaturas baixas, poderá não ser a melhor oportunidade para a equipa de o construtor germânico validar as conclusões tiradas após a prova de São Paulo, mas será um evento de grande importância para a Mercedes na luta pelo segundo posto do Campeonato de Construtores com a Ferrari e para confirmar uma direcção para o projecto do próximo ano.

Haas e as suas dúvidas

A Haas vai disputar o Grande Prémio de Las Vegas com dois carros em configurações distintas, depois de as dúvidas criadas com a introdução de um novo pacote aerodinâmico em Austin que não está a dar os resultados esperados.

Segundo a equipa, Nico Hulkenberg utilizará a especificação mais antiga, dado não gostar do comportamento do monolugar da formação norte-americana com os novos flancos, inspirados no Red Bull, ao passo que Kevin Magnussen mostra-se mais adaptado, usando, por isso, a mais recente configuração.

No entanto, não há como esconder que o novo pacote aerodinâmico não deu os resultados esperados, uma vez que, caso fosse um claro um passo em frente, o piloto alemão não se escusaria a tentar dominá-lo e usá-lo a seu favor. Numa altura em que a Haas está em batalha com a Alfa Romeo e com a AlphaTauri por fugir ao último lugar do Campeonato de Construtores a incapacidade da equipa em desenvolver o seu carro poderá atirá-la para uma crise que poderá colocar em causa a sua existência tal e qual como a conhecemos presentemente.

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