GP da Austrália de F1: 5 histórias que ‘prometem’ passar pelo paddock

Por a 29 Março 2023 17:34

No próximo fim-de-semana disputa-se a terceira etapa da temporada do Campeonato do Mundo de Fórmula 1, o Grande Prémio da Austrália, e espera-se que o paddock vai continuar em ebulição com algumas histórias que tem vindo a ser discutidas. Apresentamos cinco temas que consideramos poderem dominar as conversas.

Ferrari – uma versão B em Imola?

O início de tempo da Ferrari tem vindo a ser dececionante, não tendo sequer conseguido um pódio, quanto mais competir diretamente com a Red Bull, tendo ainda visto Charles Leclerc abandonar devido a problemas mecânicos, o que levou a que lhe fosse imposta uma penalização na grelha de partida na corrida da Arábia Saudita.

Para já, é evidente, que o SF-23 não tem argumentos para o RB19, crendo-se que perca cerca de 0,8s por volta para o carro da equipa de bandeira austríaca.

Frédéric Vasseur tem vindo a dizer que o monolugar de Maranello tem potencial, mas a equipa não tem conseguido explorá-lo, crendo-se que a ‘Scuderia’ tenha de rodar com o seu carro com uma maior altura ao solo do que para o qual estava projectado, o que significa perder apoio aerodinâmico.

Segundo alguns rumores com origem em Itália, a Ferrari está já a preparar uma versão B do seu monoposto, com a atenção a ser centrada nos flancos, que apesar de manter a filosofia será mais próximo do design da Red Bull, na suspensão traseira e nos canais ‘venturi’ do fundo.

Este pacote técnico deverá ser estreado na primeira etapa europeia, que terá como palco Imola, depois da pausa criada pelo cancelamento do Grande Prémio da China.

As penalizações da Arábia Saudita

A prova de Jeddah terminou em controvérsia devido à penalização aplicada a Fernando Alonso, que depois acabaria por ser removida, o que lhe permitiu somar o centésimo pódio da sua carreira.

Este será um tema abordado novamente, desta feita, no paddock de Melbourne, uma vez que todo o processo foi demasiado moroso – o caso em questão aconteceu no primeiro terço da corrida, levando cerca de uma hora para haver uma decisão, já depois da prova e da cerimónia do pódio, algo absolutamente incompreensível, dado que, idealmente, todas as situações que podem levar a uma penalização com impacto na classificação deveriam ficar resolvidas antes da bandeira de xadrez.

A FIA já resolveu alargar as posições nas grelhas de partida, depois de nas duas primeiras corridas dois pilotos terem sido apanhados fora do seu lugar, mas o seu processo de decisão e a forma como reage a sua direcção de corrida virtual, a operar a partir da Suíça, serão alvo de escrutínio.

Engrossa a lista de candidatos a um lugar na F1

Ainda falta mais de um mês para o final do prazo para os interessados em ter uma equipa de Fórmula 1 apresentarem a sua candidatura, mas vão surgindo cada vez mais informações quanto aos potenciais candidatos.

Um deles é a Andretti, com o apoio da GM, que está já bem documentado, dada a exposição que os americanos deram ao seu interesse.

Outro parece ser a Hitech, que precisa de provar perante a FIA de que o dinheiro para financiar o seu projecto não tem qualquer ligação aos Mazepin, o que seria um ‘dealbreaker’ para a entidade federativa.

Há também rumores de que a Black Falcon, com o apoio da Prema Racing, estaria igualmente na corrida, ao passo que a Honda não está inteiramente fora de tentar assegurar um lugar na grelha de partida.

Surge agora uma nova candidatura, esta liderada por Craig Pollock, o ex-empresário de Jacques Villeneuve e uma das forças motrizes da BAR, equipa que se transformou posteriormente em Honda, Brawn, sendo agora a Mercedes.

O escocês criou a Formula Equal, uma estrutura com a qual pretende haver uma igualdade de géneros a todos os níveis e sediá-la na Arábia Saudita. Para isso, pretende ter o apoio financeiro do país, havendo a abertura da parte do Príncipe Khaled bin Sultan Al-Faisal, o presidente da Federação Saudita do Automóvel e das Motorizadas.

O ambiente na Red Bull

Tudo parece correr bem no reino da Red Bull, mas no último Grande Prémio, realizado na Arábia Saudita, alguns problemas emergiram quanto à gestão dos seus pilotos.

Max Verstappen por diversas vezes não acatou as ordens emanadas pela sua equipa, rodando bastante mais rápido do que lhe estava a ser ordenado na tentativa de apanhar Sérgio Pérez.

Para além disso, o Bicampeão Mundial insistiu em ficar com a volta mais rápida da corrida, o que lhe garante a liderança do Campeonato de Pilotos, tendo o mexicano ficado surpreendido quando soube que o seu colega de equipa tinha assinado o melhor registo da prova na sua última passagem pela linha de meta.

Christian Horner apontou a após a corrida que também Pérez tinha tentado melhorar a marca da sua melhor volta e, só quando errou nas primeiras curvas, abortou o ataque à melhor volta da corrida, mas essa não foi ideia dada pelo mexicano, que deixou escapar que tinha sido instruído para não atacar.

Estes mal entendidos podem vir a minar o ambiente no seio da Red Bull, sobretudo se os dois pilotos voltarem a estar envolvidos diretamente numa luta pela vitória e Pérez sentir que, uma vez mais, Verstappen não está a obedecer às ordens emanadas pela equipa. Recorde-se que este é um assunto que já vem do Grande Prémio de São Paulo do ano passado.

Piastri & McLaren

Oscar Piastri ainda não teve ainda um fim-de-semana ‘limpo’, mas já mostrou que não está na McLaren para fazer o papel de delfim de Lando Norris, tendo sido, até agora, o único piloto da formação de Woking a alcançar a Q3, cortesia da sua prestação na qualificação para o Grande Prémio da Arábia Saudita.

O australiano tem no próximo fim-de-semana a sua prova caseira e será alvo da atenção dos adeptos e dos media locais, o que poderá colocar sob pressão num circuito que tem algumas zonas que não admite erros.

A prestação de Piastri estará sob forte escrutínio em Melbourne, sobretudo depois da sua excelente performance em Jeddah, onde bateu o seu colega de equipa após uma intensa luta corpo a corpo.

Mas também a McLaren será alvo da atenção na Austrália, que tem vindo a protagonizar um início de temporada deprimente, sendo a equipa no último lugar do Campeonato de Construtores sem qualquer ponto. Apesar de ter planeado para Imola um novo pacote técnico, espera-se que a formação de Woking possa dar um passo em frente competitivamente antes.

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