GP China F1: Rodas mal apertadas… uma tendência preocupante

Por a 13 Abril 2018 10:00

As paragens nas boxes são um dos momentos mais emocionantes de um GP de F1. A estratégia, o trabalho de equipa e o talento do piloto conjugam-se numa manobra que é cada vez mais rápida e pode decidir o curso de uma corrida.

As paragens nas boxes têm evoluído muito ao longo do tempo  e actualmente a troca de quatro rodas é feita em pouco mais de dois segundos, um tempo fantástico. A busca por soluções cada vez mais engenhosas e que permitem poupar tempo por vezes fazem com que as coisas aconteçam tão depressa que fogem um pouco ao controlo.

A tendência que temos visto ultimamente tem sido algo preocupante. A Haas teve duas falhas consecutivas na Austrália, a Ferrari (que usa  o mesmo sistema) também teve duas falhas no Bahrein (uma nos treinos e outra em corrida) e a McLaren entrou neste pouco desejado lote de equipas que este ano já saiu para a pista com uma roda mal apertada.

As consequências de uma roda mal apertada são infelizmente já conhecidas e apresentam um risco grande para quem está em pista e quem vê as provas. Os sistemas de segurança são cada vez mais eficientes mas se vemos que as falhas se sucedem a um ritmo pouco usual, é tempos de repensar algumas coisas.

Mas é preciso repensar com tempo e com calma. A F1 já tomou decisões precipitadas que não beneficiaram o espectáculo e nesta fase não se pode dar a esse luxo. E retirar as paragens nas boxes seria um erro tremendo. Já quando se acabaram com os reabastecimentos ficamos sem um elemento de interesse, mas entende-se a decisão tomada, pela exigência ao nível da segurança e pela vontade de tornar os motores mais eficientes. Mas acabar com as paragens nas boxes, como alguns defendem, seria estar a retirar um elemento crucial do espectáculo e um dos momentos mais aguardados. Talvez seja necessário diminuir o nível de automatização e dar as mecânicos a responsabilidade de confirmar se está tudo bem. Os tempos das paragens aumentariam ligeiramente mas seria igual para todos. O elemento diferenciador seria mantido, e o factor humano (o que mais interessa em qualquer desporto) seria mais uma vez enaltecido.

Os responsáveis pela F1 terão de avaliar muito bem a situação e entender o que se está a passar. Se há realmente motivos para preocupação ou se apenas estamos perante uma anomalia estatística. Basta ver a Williams que nos últimos anos tem conseguido consecutivamente paragens fantásticas sem problemas. A tecnologia actual usada nas paragens tem-se mostrado eficiente e capaz, na grande maioria das vezes. O erro e as falhas fazem parte do espectáculo. É preciso entender a fundo o que se passa para evitar que as repercussões prejudiquem o desporto.

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