GP Bélgica F1, 2º pelotão: Alpine ‘esmaga’ McLaren

Por a 29 Agosto 2022 15:54

Depois de no início da temporada terem sido diversas as equipas que lideraram o Segundo Pelotão, tem vindo a assistir-se mais recentemente a uma hegemonia da Alpine e da McLaren, mas no GP da Bélgica a formação francesa esmagou a sua adversária, tendo disparado na classificação do Campeonato de Construtores.

Depois de a McLaren se ter imposto em Hungaroring, Spa-Francorchamps era o palco de mais um confronto entre as duas equipas, sendo as características dos traçados quase antagónicas, o que poderia alterar completamente a relação de equilíbrio entre as duas forças.

Ao longo dos treinos-livres verificou-se uma igualdade de performances entre a McLaren e a Alpine, muito embora Lando Norris conseguisse manter-se à frente de Fernando Alonso – na 3ª sessão os dois ficaram na 4ª e 5ª posições, com o inglês a deixar o espanhol a 0,096s.

No entanto, um fator disruptivo teria uma influência sobre o fim-de-semana das duas formações, acabando a equipa de Woking por levar a pior.

Num traçado em que as ultrapassagens não são um problema, graças às suas longas rectas e à potência do DRS, foram diversas as equipas que decidiram montar novos componentes de unidades de potência aos seus pilotos e a McLaren e a Alpine não foram exceção, tendo elegido Norris e Esteban Ocon, que teriam de arrancar do final da grelha de partida.

Isto deixava Alonso e Daniel Ricciardo na primeira metade da grelha de partida para defender as cores das respetivas equipas.

Para agravar a situação da formação de Woking, um problema na asa traseira preparada para Spa-Francorchamps do australiano obrigava-o a reverter para uma versão mais antiga e que criava mais arrasto, ficando em desvantagem.

Na qualificação, Ricciardo não conseguia sequer passar à Q3, ao passo que Alonso registava o 6º tempo, atrás do seu companheiro.

No domingo, o espanhol alinhava no 3º posto, graças as penalizações de Charles Leclerc, Max Verstappen e Ocon – todos montaram componentes novos – ao passo que Ricciardo arrancava de 7º.

O francês partia de 16º, tendo Norris atrás de si, sendo um dos motivos de interesse verificar a progressão que cada um deles poderia fazer pelo Segundo Pelotão.

A Alpine partia para a corrida com alguma vantagem e a McLaren normalmente perde no domingo alguma performance relativamente ao que demonstra na qualificação, mas o majestoso circuito desenhado nas Ardenas provoca muitas surpresas, ainda que este ano a tarde dominical se tenha apresentado solarenga e sem chuva no horizonte.

Na verdade, a Alpine esteve perto do sofrer um revés logo nos primeiros instantes de prova.

Alonso, com um bom arranque, fazia o dantesco Raidillon em 2º, mas com Lewis Hamilton no seu encalço.

Aproveitando o cone de aspiração do Alpine ao longo de Kemmel, o inglês colocou-se ao lado do seu arquirrival, com este a defender o interior da primeira parte de Les Combes. Porém, o heptacampeão espremeu o espanhol que em cima do corretor interior não tinha para onde ir, tendo sido o contacto entre os dois carros inevitável.

Depois de subir a roda dianteira – esquerda do Alpine com a sua roda traseira – direita, o Mercedes deu um salto violento, ficando danificado forma terminal – Hamilton abandonava ainda antes de chegar a Blanchimont.

Alonso, apesar do contacto, conseguia continuar em pista com ligeiros danos na sua asa dianteira, muito embora tenha caído para 4º.

Ricciardo era 6º na primeira volta, ao passo que Ocon era 13º e Norris era 15º, notando-se desde logo uma maior facilidade da parte do francês relativamente ao inglês para recuperar posições.

Seria, inclusivamente, devido a pressão do gaulês que o Nicholas Latifi cometeria um erro na saída de Les Combes, colhendo Valtteri Bottas, o que provocou a entrada do Safety-Car em pista, dado o Alfa Romeo ter ficado atascado na gravilha.

A corrida ficou neutralizada até ao início da 5ªa volta, mas quando foi restabelecida, passou a verificar-se o padrão que marcou a performance de McLaren e Alpine ao longo da tarde – Alonso não tinha rivais no Segundo Pelotão e Ricciardo ia perdendo terreno, ao passo que Ocon tinha uma facilidade muito maior que Norris para ganhar posições.

Num dia em que a estratégia adoptada por todos foi a de duas paragens quando se abriu a primeira ronda de paragens nas boxes, na 10ª volta, Ocon era já 10º, seguido de Norris, mas com este já a mais de dois segundos. Alonso seguia confortavelmente em 5º – perdera um lugar para Verstappen – ainda que um surpreendente Sebastian Vettel nos seus espelhos, enquanto Ricciardo, em 8º perdia tempo no encalço de Albon, sem velocidade de ponta para passar o piloto da Williams.

No segundo ‘stint’, Ocon subia a 8º, ao passo que Ricciardo, penalizado pela sua asa de maior arrasto, caía para fora das posições pontuáveis e Norris não conseguia ascender aos dez primeiros.

No final da corrida, Alonso cruzava a meta no 5º posto, beneficiando de uma penalização de Leclerc, e o seu colega de equipa em 7º, somando a Alpine 16 pontos num dia em que a McLaren ficava em branco, tendo agora a equipa de Enstone uma vantagem de 20 pontos no Campeonato de Construtores.

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