Fórmula 1 que fizeram história…
Nestes 74 anos de Fórmula 1 foram bem mais de 500 os chassis desenhados para correr em Grande Prémios. Escolher os mais representativos que passaram por estes 2341 números do AutoSport não é fácil, sendo que a primeira tarefa é a de definir os critérios de escolha.
Por isso, decidimo-nos por escolher os chassis que marcaram uma séria evolução tecnológica e os que dominaram por completo a concorrência, mas só até ao dominador F2004, pois a partir daí houve equilíbrio durante alguns anos, entre a Ferrari e a Renault, primeiro, depois a Scuderia com a McLaren. Passámos também pelo ano Brawn GP (2009) e depois sim, veio forte domínio Red Bull, que mais do que um forte domínio de um modelo, foi o domínio de uma estrutura por inteiro. Depois, como bem sabemos, começou a era híbrida e a partir daí um novo ciclo de domínio, da Mercedes, que já terminou começando agora um domínio ainda maior por parte de Max Verstappen e da Red Bull, nestes últimos dois. Mas o que queremos é recordar o passado, fica para outra altura falar dos melhores carros do Séc. XXI, com a exceção do F2004. Então vamos lá…
McLaren MP4-4
Um dos carros mais ganhadores da história da F1. Em 1988, Prost e Senna venceram 15 das 16 corridas da temporada, largando em todas da primeira fila e passando pelo comando também em todas. Embora não sendo muito diferente dos carros anteriores, possuía um dos mais fiáveis e potentes motores fornecidos pela Honda, estando aqui um dos segredos do seu sucesso.
Ano: 1988
GPs. Disputados: 32
Pódios: 25
Pontos: 199
Vitórias: 15
Pole positions: 15
Melhores voltas: 10
Equipa: Honda Marlboro Team
Pilotos: Ayrton Senna e Alain Prost
Motor: Honda 1.5 V6T – 1.500 V6 Turbo, 800 cv às 12.500 rpm
Lotus 79
O Lotus 79 foi cinicamente chamado por um jornalista de “carro para
deitar fora”. Tinha um monocoque muito estreito e o tanque de combustível por trás do cockpit. Muitas peças do carro estavam montadas em volta do chassis, para facilitar a sua extracção ou mudança. Era a exacerbação dos conceitos , “efeito de solo” e aerodinâmica de perfis alares invertidos.
Ano: 1978, 1979
GPs. Disputados: 58
Pódios: 14
Pontos: 112
Vitórias: 6
Pole positions: 10
Melhores voltas: 5
Equipas: John Player Team Lotus, Martini Racing Team Lotus, Team Rebaque
Pilotos: Jean-Pierre Jarier, Mario Andretti, Ronnie Peterson, Carlos Reutemann, Hector Rebaque
Motor: Ford Cosworth DFV 3.0 V8 – 2993cc, V8, 470 cv às 10.800 rpm
Williams FW14B
Em combinação com o motor Renault, formou um conjunto imbatível,
o que permitiu finalmente a Nigel Mansell garantir o tão perseguido título mundial. O chassis era da autoria de Adrian Newey.
Ano: 1992
GPs. Disputados: 32
Pódios: 21
Pontos: 164
Vitórias: 10
Pole positions: 15
Melhores voltas: 11
Equipa: Canon Williams Renault
Pilotos: Riccardo Patrese e Nigel Mansell
Motor: Renault V10 – 650 cv às 11.000 rpm
Brabham BT46B
O Brabham BT46B correu apenas no GP da Suécia de 1978, vencendo através de Niki Lauda. Depois disso, a FIA baniu o carro das pistas, porque o carro tinha uma particularidade: para maximizar o efeito de solo, cujo expoente máximo era corporizado pelos Lotus, a Brabham introduziu uma ventoinha na parte traseira, que provocava a sucção do ar sob o carro e consequente aumento do “downforce”, criando uma vantagem abissal em relação aos outros concorrentes. Segundo a FIA o Brabham contrariava as regras no que dizia respeito à mobilidade dos apêndices aerodinâmicos, que teriam que ser fixos.
Ano: 1978
GPs. Disputados: 2
Pódios: 1
Pontos: 9
Vitórias: 1
Pole positions: –
Melhores voltas: 1
Equipa: Parmalat Racing Team
Pilotos: John Watson e Niki Lauda
Motor: Alfa Romeo 3.0 B12 –
2993cc, V12, 490 cv/12.500 rpm
Renault RS01
Primeiro monolugar construído pela Renault para a F1. Utilizou pela primeira vez um motor com turbo-compressor na F1, com 1,5 litros de cilindrada (os “atmosféricos tinham 3 litros), solução em que muito poucos acreditavam, mas que se revelou ser precursora.
Ano: 1977, 78 e 79
GPs. Disputados: 29
Pódios: –
Pontos: 3
Vitórias: –
Melhor resultado: 4º (Jabouille,
GP USA 1978)
Pole positions: 1
Melhores voltas: –
Equipa: Equipe Renault Elf
Pilotos: Jean-Pierre Jabouille, René Arnoux
Motor: Renault 1.5 V6T – 1.493cc, V6 Turbo
McLaren MP4-2
Foi o segundo modelo da série MP – ou seja, da época de Ron Dennis. É uma evolução do modelo anterior, mas com uma melhor distribuição de pesos e uma aerodinâmica optimizada. Niki Lauda conquistou com ele o seu último título de campeão, com meio ponto de vantagem sobre Prost, em 1984.
Ano: 1984
GPs. Disputados: 32
Pódios: 18
Pontos: 143,5
Vitórias: 12
Pole positions: 3
Melhores voltas: 8
Equipa: Marlboro McLaren International
Pilotos: Niki Lauda e Alain Prost
Motor: TAG 1.5 V6T – 1500 V6 Turbo, 750 cv às 11.500 rpm
Williams FW07
O famoso Williams branco e verde, com as cores da companhia aérea Saudia, pertença da família Bin Laden. Inspirado no Lotus 79, tinha um chassis tão pequeno que os pilotos tinham que dobrar os joelhos para chegar aos pedais.
Ano: 1979 e 80
GPs. Disputados: 27
Pódios: 10
Pontos: 80
Vitórias: 6
Pole positions: 4
Melhores voltas: 4
Equipas: Albilad-Saudia Racing
Team (1979), Albilad-Williams Racing
Team (1980), RAM/Williams
GP Engineering (1980), RAM/Rainbow Jeans Racing (1980)
Pilotos: Clay Regazzoni, Alan Jones, Rupert Keegan, Kevin Cogan, Desiré Wilson, Emilio de Villota
Motor: Ford Cosworth DFV 3.0 V8 – 500 cv/10.000 a 12.000 rpm
Ferrari F2004
Este foi o último Ferrari a dominar de fio a pavio um Campeonato do Mundo de F1. Com ele, Michael Schumacher garantiu o seu sétimo título mundial, depois de vencer 13 das 18 corridas da época, entre elas as cinco primeiras, consecutivas. O F2004 venceu, nesse ano, 15 provas – as outras duas por Rubens Barrichello. Este foi o monolugar mais bem sucedido da história recente da marca do “cavallino rampante”.
Ano; 2004
GPs. Disputados: 36
Pódios: 29
Pontos: 262
Vitórias: 15
Pole positions: 12
Melhores voltas: 14
Equipa: Scuderia
Ferrari Marlboro
Pilotos: Rubens Barrichello e Michael Schumacher
Motor: 3000 Ferrari (Type 053) – V10, 2.997cc