F1,Cyril Abiteboul:” Competimos há muitos anos e pretendemos continuar por muitos mais”

Por a 25 Maio 2020 18:15

A situação da Renault não é a melhor com os responsáveis da marca e do governo francês a admitirem até o fim da linha para o construtor francês. No entanto Cyril Abiteboul mantém-se confiante no futuro da equipa de F1.

O responsável pela estrutura francesa na F1 está confiante no futuro da F1 com o novo conjunto de regulamentos a ser aprovado e a permitir um corte drástico nos orçamentos o que poderá potenciar uma aproximação das equipas do meio da tabela ao topo e assim acabar com os dois campeonatos virtuais.

“É uma grande crise, por isso é difícil assumir agora qual será realmente o efeito (económico global). Mas com a melhor distribuição dos prémios, menor limite de orçamento, muito menor do que era e há muito que pressionamos por esse tipo de valores, então, francamente, poderá ser muito bom para nós, muito próximo do nível em que estamos a operar.”

“Na minha opinião, é um modelo de negócios muito melhor. Se as condições já eram boas o suficiente para vários fabricantes ingressarem no desporto no passado, elas serão ainda melhores amanhã. Conseguimos insistir em travar a corrida louca de desenvolvimento no motor, e é realmente insano o que estamos a gastar no motor, e finalmente isso vai mudar. A nossa voz foi finalmente ouvida como talvez a voz que representa o senso comum. Tudo está a apontar na direção certa, para quem já está no desporto”.

“Estamos na Fórmula 1 desde os anos 70. Fomos leais à Fórmula 1 e, claramente, à medida que esperamos, acho que é importante continuarmos fieis às nossas raízes, à nossa origem, à nossa história, não apenas por causa da lealdade, mas também porque significa algo na narrativa que podemos usar para atrair clientes de hoje e de amanhã.”

“O automobilismo tem um valor e uma contribuição únicos. É por isso que acreditamos nele, assim como acreditamos em várias atividades de marketing, não esquecendo que é um desporto e um núcleo de tecnologia. Isto são corridas, é emoção também, e Renault significa emoção. Então tudo isso significa muito, e é por isso que competimos há décadas e pretendemos fazê-lo por muito tempo.”

A aliança Renault-Nissan está comprometida com a Fórmula E e Abiteboul notou que estar na Fórmula 1 permitiu fazer a Fórmula E com um custo acessível. “Várias tecnologias da Fórmula 1 podem ser transferidas para a FE, porque a Fórmula 1 continuará a impulsionar a inovação.”

“Francamente, a tendência para a eletrificação não vai desaparecer, ela vai acelerar em particular com um compromisso assumido no setor automóvel em direção a uma maior sustentabilidade. Então, sim, claramente a Fórmula 1 precisa continuar a apontar nessa direção, mas já é assim desde 2009, com a primeira introdução do KERS e, depois, em 2014, com esta unidade híbrida. Acho que ainda precisamos fazer um trabalho melhor no marketing da F1 em relação a isso. “

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Frenando_Afondo™
Frenando_Afondo™
3 anos atrás

Ainda bem que vão continuar, espero que seja verdade. Já Cyril devia por o lugar à disposição e levar o Prost consigo.

pedro_speed
pedro_speed
3 anos atrás

Sinceramente nunca percebi a estratégia desta marca com a sua presença na F1. A meu ver têm desperdiçado grande parte do sucesso obtido nesta disciplina. Estão na F1 desde meados de 1977 e quase ininterruptamente até aos dias de hoje, pelo menos na qualidade de fornecedora de motores e com grande sucesso. Eis os números: – 37 épocas completas realizadas desde 1978 até 2019, pois apenas não participaram em 5 épocas (1987-1988 e 1998-2000); – Nessas 37 épocas, equiparam a equipa que ganhou o mundial de construtores em 12 temporadas (1992-1997, 2005-2006 e 2010-2013) e o piloto que usou motores… Ler mais »

Scuderia Fast Turtle
Scuderia Fast Turtle
Reply to  pedro_speed
3 anos atrás

A tecnologia da F1 é usada para meterem em grandes carrinhas monovolume que ninguém irá comprar. Ou então no twizy que nem para venda foi.

REnault dorme na parada mesmo.

Lisboa
Reply to  pedro_speed
3 anos atrás

Antes de mais, boa análise e exposição dos resultados da Renault nos últimos 40 anos de F1. No entanto e apesar dos resultados da marca francesa, a maior parte desses resultados, foram conquistados como fornecedores de motores e não como equipa. Apenas 2 campeonatos foram ganhos como equipa, os restantes 10 foram ganhos como fornecedora e, sejamos sinceros, ninguém (e não quero ser injusto) liga ao fornecedor, os fãs e patrocinadores ligam aos pilotos e à equipa apenas. E para cimentar a ideia que ninguém liga aos fornecedores de motores, relembro três coisas; 1°- Não existe campeonato de Fornecedores, mas… Ler mais »

RedDevil
RedDevil
Reply to  pedro_speed
3 anos atrás

É a realidade, a Renault é a marca de motores com melhor palmarés nos últimos 40 anos mas nunca soube capitalizar esse sucesso… quando lançaram o Clio Williams pensei que iriam avançar para algo mais sério com a Williams ( a McLaren tinha o F1 com motor BMW), mas não… Agora é que vêm com os Alpine!!!
A Ferrari já é mais valiosa (valor em bolsa) que a GM e tem um valor semelhante à soma da Ford+FCA…

pedro_speed
pedro_speed
Reply to  RedDevil
3 anos atrás

Curiosamente, na altura do Clio Williams pensei o mesmo!
Nessa altura tinham tudo para criar uma marca de sucesso nos super-desportivos, pois estavam a dominar na F1 com o motor que forneciam à Williams e Benetton.

RedDevil
RedDevil
Reply to  pedro_speed
3 anos atrás

E julgo que seria um tiro certeiro… a Williams tinha o dominio das suspensões (inclusivamente a suspensão activa que tinha sido banida da F1) e da aerodinâmica… podiam ter feito algo mais marcante que o McLaren F1…

Pity
Pity
3 anos atrás

Por tudo o que os meus estimados colegas já escreveram, acho que a Renault deveria focar-se apenas no fabrico de motores, vendendo a parte restante. Com o dinheiro que receberiam dessa venda e aquele que não gastariam na construção e desenvolvimento do chassis, poderiam desenvolver melhor o motor e torná-lo mais competitivo. O problema, é que agora, não têm clientes. A não ser que se concretize a entrada da tão falada Pantera.

Lisboa
Reply to  Pity
3 anos atrás

O problema é que apartir do próximo ano, só mesmo a equipa Renault terá motores franceses.

Se a equipa abandonar a F1, leva com ela o fornecimento dos motores Renault e se não haver quem os utilize, não se justifica internamente o continuo desenvolvimento dos mesmos e com isso, a Renault perde o comboio e dificilmente voltará a F1 mesmo como fornecedora.

sr-dr-hhister
sr-dr-hhister
3 anos atrás

Amanhã é que é. Vais ver.

driver-on-track
driver-on-track
3 anos atrás

a ver vamos….

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