F1: Williams aberta a aproximação à Mercedes

Numa situação cada vez mais complicada a Williams tenta encontrar formas de saír da crise que se instalou na equipa britânica e uma aproximação ao seu fornecedor de motores não está fora de hipótese.

Já tinha sido noticiado a possibilidade da Williams receber caixas de velocidade da Mercedes, mas há abertura para que a colaboração seja mais estreita e que possa ter moldes semelhantes  da parceria Haas/ Ferrari.

“A Fórmula 1 está a mudar”, disse Paddy Lowe ao site oficial da F1. “A Force India foi uma das primeiras a abandonar a definição construtor que historicamente as equipas seguiam, de fazer tudo excepto o motor. Vimos mais e mais equipas adoptando caixas de velocidade de outros lugares. Agora temos o modelo Haas, onde se adopta tudo o que pode ser aproveitado. Estamos abertos a todas as possibilidades. Temos de evoluir com os tempos e fazer o melhor para o desempenho da equipa.  A Williams tem uma forte cultura de ser independente. Temos capacidade para fazer peças na nossa própria fábrica e temos  orgulho disso. Não vejo a equipa a afastar-se drasticamente desse formato. Mas estamos abertos a essa ideia.”

A Williams procura forma de facilitar o trabalho à sua equipa.  Podendo direccionar mais meios para zonas que neste momento têm uma necessidade urgente de evolução, a equipa poderia crescer mais depressa e daí a vontade de usar um modelo parecido ao da Haas que, curiosamente, foi muito criticado no início, mas agora começa a ser cada vez mais falado.

Este tipo de parceria por um lado permite às equipas crescerem muito mais depressa ao nível da performance, tornando-se mais barato para equipas usarem material que estruturas maiores têm de fazer para equipas os seus chassis. Mas também retira um pouco do espírito de inovação da F1. As equipas novas sempre tentaram fazer o seu caminho pelo seu próprio pé. Muitas delas fracassaram numa F1 cada vez mais virada para as equipas grandes. É por isso natural que enquanto não surgem outras medidas ( a mais falada é o tecto orçamental) as equipas tentem sobreviver e encontrar formas de manter-se competitivas.