F1, Sérgio Pérez: “Christian disse que só colocavam dois carros em pista por ser obrigatório”
Sergio Pérez falou sobre o primeiro encontro que teve com Christian Horner, diretor da Red Bull, nas primeiras conversas visando um contrato com a equipa. A experiência inicial do mexicano mostra o que poderá ser o verdadeiro problema da Red Bull.
Segundo Pérez, desde o primeiro contacto que entendeu que o foco da equipa estava todo em Max Verstappen e que o segundo carro era mais visto como uma obrigação aborrecida. O ex-piloto da Red Bull contou como foi o primeiro contacto com o que viria a ser a sua nova equipa:
“Encontrei-me com o Christian pela primeira vez pessoalmente e ele disse-me: ‘olha, somos uma equipa que vai com dois carros porque é obrigatório. Poderíamos facilmente correr só com o Max’. E era quando o Alex [Albon] estava lá, eles sabiam que o Alex era um piloto excelente. Então eu disse: ‘Bem, então já têm de correr com dois carros, contrata-me.’ E ele ri-se”.
Pérez reconheceu que o foco estava todo do outro lado da garagem e até aludiu ao facto de trabalhar com engenheiros com menos experiência do seu lado da box:
“Então, a partir desse momento, eu entendi muito bem como a equipa funcionava. Quando cheguei à equipa, colocaram-me a competir contra um dos melhores pilotos da história, que já estava muito bem integrado na equipa e os meus engenheiros eram novos, muito bons, muito, muito capazes, mas não tinham nenhuma experiência.
Chegas a uma equipa nova, a primeira coisa que queres é um engenheiro, engenheiros que já tenham experiência. E não era o caso. Então, eu disse: ‘Olha, isto é o que eu tenho.’ Eu concentrei-me nisso, na segunda corrida qualifiquei-me à frente do Max, na quinta ganhei a minha primeira corrida. Eu disse: ‘Olha, aqui tenho um bom futuro.'”.
O futuro de Pérez na Red Bull foram quatro temporadas, onde conseguiu cinco vitórias e um vice-campeonato. A época 2024 acabou com as esperanças de Pérez se manter na equipa, com as suas performances a não justificarem a permanência.
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Pity
26 Junho, 2025 at 17:45
Zangam-se as comadres…descobrem-se as verdades.
Admitindo que o Perez não está a inventar (não vejo porque o faria), são declarações graves, mas que justificam o porquê de ninguém vingar no “outro” carro.
Focar num único piloto, por muito genial que ele seja, é uma mentalidade estúpida que, a qualquer momento, pode deixar a equipa “descalça”. Verstappen não é eterno, nem imune a acidentes ou doenças que o impeçam de correr por várias provas. Se o Verstappen tiver um azar semelhante ao de Schumacher em Silverstone 99, (não lho desejo), como é que fica a equipa? Terão um “Irvine” no outro carro, capaz de liderar a equipa?
Ter um primeiro e um segundo piloto definidos não é grave, mas considerar o segundo piloto como um fardo obrigatório, é.
Fabiano Bastos das Neves
26 Junho, 2025 at 18:18
Se a declaração do Perez for verdadeira, sim, é grave. Mas ele aceitou essa condição, a qual conhecia desde o início da reação com a equipe.
Mas eu, pessoalmente, vejo sim razão para ele dar uma “aumentada” nesse aspecto. Desta forma ele acaba sobrevalorizando seus resultados na equipe e seu valor como piloto. Imagina, se ele viesse a público dizer que recebia tratamento igual ao dispensado ao Verstappen, o que estaríamos falando dele agora?
Pity
26 Junho, 2025 at 18:58
Sim, Fabiano, o que é estranho é ele ter aceitado ir para lá nessas condições.
No meu comentário, faltou-me acrescentar que aguardo uma resposta do Horner. Se este não rebater o Perez, significa que ele falou verdade.
Patucho10
26 Junho, 2025 at 19:39
Para mim o Perez nem precisava de o revelar que eu já sabia a muito tempo que é assim que a Red Bull pensa, enquanto tiver os seus lideres sempre será esta política de tudo para um carro.
E querem mais uma dica para perceber que o Perez está a falar verdade! Basta ver as ultimas épocas que o Perez iniciou na Red Bull. Ele conseguiu fazer frente ao Max nas primeiras corridas até ganhar, após as atualizações no carro o Perez nunca mais se encontrou e passou a andar a milhas do Max.
Este é um motivo pelo qual eu não valorizo tanto os títulos seguidos do Max, teve mérito ? Sim. Mas qualquer um piloto que tivesse no lugar dele com estas regras internas seria campeão.
O melhor exemplo é este ano a McLaren, se desde o inicio decidisse um piloto neste momento muito provavelmente seguia isolado.
Mas querem outro exemplo?
O Hamilton neste momento tinha 8 títulos mundiais! Porque aquela época que foi emocionante entre o Hamilton vs Rosberg na política da Red Bull o Hamilton era campeão e o Rosberg tinha que obedecer as regras e deixar passar o Hamilton.
Mas a Mercedes deu luz verde aos dois pilotos para lutarem por o mundial de pilotos, e da mesma forma a McLaren está a deixar os dois pilotos lutarem por o titulo mundial.
Rhodas
26 Junho, 2025 at 23:09
o Horner nem vai responder…
jo baue
27 Junho, 2025 at 8:40
Que só corriam com 1 carro competitivo, que a 2a box estava contaminada por engenheiros inexperientes, e para cúmulo com a pouca vergonha de o Lambiase ser o superior hierárquico de todos esses engenheiros e estrategas, tudo isso foi aqui escrito em 2024 e até citando algumas vezes o passarinho Bird , sempre seguido de chuva de negativos e com a conversa da treta do costume, alimentada pela pseudo- imprensa ( Grande Max, a pôr no lugar o tipo da racingnews365 agora na Áustria! ) com agenda: O Checo está desconcentado, o Checo tem que melhorar, ou o Checo não está à aktura. E agora após o piloto falar até parece que revelou algum segredo…
jo baue
27 Junho, 2025 at 8:45
Pity,ouça primeiro a conversa com o Memo Rojas, não há nenhuma contradição em o piloto ter optado pela RBR.