F1: Sem parar até Silverstone
Não é costume ter 3 corridas de F1 em três fins de semana consecutivos, mas a vontade dos novos responsáveis da F1 em colocar mais provas no calendário levou à necessidade de fazer uma maratona de 3 provas seguidas, que começou na França, passou pela Áustria e agora termina na Grã-Bretanha.
Quando se fala em F1 é obrigatório falar de algumas pistas. O Glamour de Mónaco, a velocidade de Spa e obviamente Silverstone. A casa mãe da F1, onde tudo começou e que tem recebido de forma quase incessante o Grande Circo.
Poucos imaginariam que a pista da Royal Air Force, que foi aproveitada para fazer corridas de velocidade, se tornaria no berço da paixão de milhões em todo o mundo. A pista é agora muito diferente da que acolheu a primeira prova, mas a paixão essa mantêm-se inalterada, com o publico britânico a ser um dos mais fervorosos.
Quanto aos pontos de interesse para esta prova, temos um campeonato ao rubro. Tivemos 4 vencedores diferentes nas quatro últimas provas e a diferença do líder do campeonato para o segundo é de… 1 ponto. O equilíbrio é também nota de destaque no campeonato de construtores, com a Ferrari a assumir o topo da tabelas com apenas 10 pontos de vantagem. É já a quarta troca na liderança no campeonato de pilotos e a luta entre Hamilton e Vettel continua acesa, chegando agora a um palco que tem favorecido sobremaneira Hamilton, que desde 2014 só sabe vencer naquela que é a “sua pista”, onde conseguiu também três poles e três voltas mais rápidas. Já Vettel tem apenas uma vitória no traçado britânico e duas poles. Espera-se que este fim de semana sorria mais à Mercedes, mas já na Áustria era suposto ter acontecido assim e a corrida teve um final inesperado. As prestações dos dois principais candidatos, tem sido muito iguais, sem um domínio claro de qualquer um dos pilotos, mas em Silverstone, com o apoio dos seus fãs, Hamilton terá um factor extra de motivação.
Além desta luta a dois, teremos os quatro pilotos do costume a querer aproveitar todas as oportunidades que surgirem. Ricciardo e Verstappen já provaram o champanhe no primeiro lugar do pódio e contam com o poder do chassis Red Bull nas curvas rápidas do traçado inglês para compensar a falta de potência da unidade Renault. Raikkonen e Bottas têm estado também na luta por pódios mas enquanto Kimi tem mostrado capacidade para para compensar a falta de ritmo na qualificação, com um bom andamento em corrida, Bottas tem acumulado uma série de azares que o impediram de chegar mais próximo dos líderes. Os 6 homens acima referidos estarão na luta pelos pódios.
Na luta pelo top 5 deveremos ter a Renault e a Haas, com a Force India também a juntar-se a este duo. A Haas vem do melhor resultado de sempre e aparece agora mais forte, depois de uma fase menos conseguida. Grosjean marcou finalmente pontos e Magnussen mantém uma forma muito boa e deverão estar na luta por bons pontos, tal como a Renault que confirma o rótulo de equipa mais sólida na luta pelo top5. A Force India não tem conseguido amealhar tantos pontos quanto gostaria e tem sofrido algumas desistências indesejadas mas está na luta pelo lugar de “melhor dos restantes” embora esteja de novo a enfrentar problemas financeiros.
Quem parece estar em queda livre é a McLaren que anunciou hoje a saída de Eric Boullier. O francês deixa assim a equipa que nunca conseguiu colocar no topo, como era sua intenção desde início. O francês fartou-se do esquema heirárquico demasiado complexo da equipa, estabelecido por Martin Whitmarsh e que, depois da saída de Ron Dennis, complicou a vida a todos ( um esquema de liderança horizontal, onde todos respondem a todos e que dificulta o processo de tomada de decisão). Deverá ter sido o primeiro grande fracasso do francês, mas a culpa não poderá ser apenas dele. Foi mais uma vítima de um sistema que cada vez mais está desadequado à F1.
Da Sauber espera-se agora um pouco de tudo, com a equipa a superar largamente as expectativas (graças a Leclerc) e a Toro Rosso vai sempre depender de Gasly para chegar aos pontos (Hartley está cada vez mais a desiludir). A Williams, numa pista como Silverstone, espera-se novo desastre ao nível dos resultados.
Estatísticas da pista:
Volta de pista : 5.891 Km
Nº de voltas: 52
Distancia de corrida: 306.332Km
Volta mais rápida em corrida: Fernando Alonso, 2010, 1:30:874
Volta mais rápida: Lewis Hamilton, 2016, 1:29:243
Nível de Downforce: Alto
Pneus para 2018:
Horário:
Sexta
TL1 – 10:00 – 11:30
TL2 – 14:30 – 15:30
Sábado
TL3 – 11:00 – 12:00
Qualificação – 14:00 – 15:00
Domingo
Corrida – 14:10
Classificação actual / pilotos: https://www.formula1.com/en/results.html/2018/drivers.html
Classificação actual / equipas: https://www.formula1.com/en/results.html/2018/team.html
Onboard da pista:
No ano passado foi assim:
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