F1: Renault recetiva à renegociação com a Andretti-Cadillac para fornecer motores

Por a 28 Novembro 2023 17:37

O acordo de fornecimento de unidades motrizes e outros componentes entre a Renault e a Andretti expirou, estando agora a equipa de Michael Andretti obrigada a negociar para tentar alcançar um acordo com o mesmo ou outro fornecedor para competir na Fórmula 1 até a General Motors fornecer os seus próprios motores em 2028. Apesar do Presidente da FIA garantir que, conseguindo o lugar na grelha nas discussões comerciais com a Formula One Management (FOM), a equipa norte-americana pode contar com motores para competir mesmo que não alcance um novo contrato de fornecimento, porque o regulamento assim o exige, o fabricante francês está disposto a voltar a comprometer-se com a Andretti-Cadillac para o seu fornecimento, avisando Bruno Famin, responsável da Alpine, que neste momento a “bola está do lado da Fórmula 1”.

Bruno Famin tinha já confirmado que havia um “contrato preliminar com a Andretti”, mas terminou o seu prazo porque deveria ter sido concedida a entrada na Fórmula 1 à equipa norte-americana até uma certa data, o que não aconteceu, visto que o processo de análise da candidatura por parte da FIA foi moroso, tendo ainda pela frente a negociação com os detentores dos direitos comerciais, que terá também de dar luz verde para ser formada a 11ª equipa da competição.

Sem contrato para unidades motrizes, e caso não exista qualquer acordo se e quando a FOM permitir a entrada da estrutura na competição, um dos dois fabricantes de motores com menor número de equipas-clientes terão de fornecer a Andretti-Cadillac, segundo o regulamento da FIA. Mas isso não deverá ser necessário, porque a Alpine-Renault está aberta a voltar a negociar com os norte-americanos.

“Estamos a falar com a Andretti e com a General Motors”, disse Famin em Abu Dhabi. “Ficamos satisfeitos em falar com eles se conseguirem a entrada, teremos todo o gosto em retomar as conversações. Por enquanto, está um pouco em standby, mas não por nossa causa”. O responsável da Alpine reforçou a ideia que já não existe um acordo entre as partes porque todo o processo é longo. “O tempo e a duração do processo são muito mais longos do que o esperado. Primeiro, do lado da FIA, a FIA demorou muito mais tempo a responder do que tinha dito no início. A bola está agora do lado da Fórmula 1. Se conseguirem a entrada, teremos todo o gosto em discutir com alguém”.

Famin salientou que “tínhamos um pré-contrato que expirou. De facto, neste momento não temos qualquer acordo nem qualquer compromisso legal, mas temos todo o gosto em falar com eles e ver o que podemos fazer em conjunto”.

Em relação ao tão afamado “valor acrescentado” que tantas equipas questionam que a Andretti possa trazer à competição, Famin considera que “se entrarem na competição, é porque terão demonstrado que trazem muito valor acrescentado à Fórmula 1 e que o valor do campeonato para todas as equipas não será diluído por causa disso”, concluiu.

A General Motors anunciou o seu registo oficial junto da FIA como fabricante de unidades motrizes para a Fórmula 1 a partir da temporada de 2028, juntando-se à Red Bull-Ford Powertrains, Ferrari, Honda, Mercedes, Alpine-Renault e Audi como fornecedor, mas apenas nessa temporada. Caso a Andretti-Cadillac consiga a sua entrada na competição para antes desse ano – Michael Andretti aponta para a entrada na competição na temporada de 2025 – precisará de motores para competir, podendo aí entrar em cena os franceses.

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