F1: Racing Point RP20 ou Mercedes W10, qual é a cópia?

Por a 24 Fevereiro 2020 15:58

Por José Manuel Costa

“Porque será que toda a gente quis copiar os carros da Red Bull e nunca copiaram os nossos que, afinal, já foram campeões do mundo algumas vezes?” Esta pergunta deixada no ar por um engenheiro da Mercedes, deixa no ar interrogações sobre a polémica que se tem levantado sobe o novo RP20, o carro da Racing Point para 2020, que é uma versão em roda do Mercedes W10.

Andy Green, o responsável técnico da equipa de Lawrence Stroll, referiu que “se é para copiar, nada melhor que o fazer com o carro campeão.

Porque razão iria eu olhar para os carros que ficaram em segundo, terceiro ou até em quarto lugar?”

A verdade é que desde que Lawrence Stroll assumiu a equipa e a transformou em Racing Point, erguida sobre as cinzas da Force India, ficou claro que esta seria a equipa B da Mercedes, logo, até por permissão do regulamento, a equipa do canadiano recebeu da Mercedes o motor, transmissão, sistema hidráulico e as suspensões dianteiras e traseiras. Exatamente o que se passa entre a Red Bull e a Alpha Tauri e entre a Ferrari e a Haas.

A verdade é que apesar de Andy Green dizer que “construímos o nosso carro inteiramente com os nossos recursos”, a verdade é que com diz Marcin Budkowski, responsável tecnológico na Renault, “podemos copiar detalhes usando fotografias, mas é impossível copiar o conceito na totalidade.” E na verdade a Racing Point tem uma cópia conforme do W10 e como lembra Budkowski “a não ser que tenhamos indicações precisas de uma equipa de engenheiros conhecedores do conceito do carro, é impossível as coisas correrem bem!”

Já Andreas Seidl, da McLaren, não está muito confortável com a ideia, mas refere que “não há razões para nos queixarmos, pois, toda a gente tem o direito de copiar outro carro. E depois lá estão os regulamentos para evitar que hajam demasiadas peças iguais em dois carros.”

Mas esta ajuda das equipas mais poderosas carrega água no bico: com o estabelecimento das equipas B dos construtores e com a chegada do teto orçamental, Mercedes, Ferrari e Red Bull já estão a usar essas equipas para testar desenvolvimentos já para este ano, utilizando as horas de túnel de vento e de CFD que as equipas satélite não usam para desenvolver o carro de 2020 e o de 2021. Nada que uma redução no preço das mecânicas, da manutenção, ou a cedência de um piloto não pague.

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