O panorama contratual atual da F1 combina acordos de curta, média e longa duração, refletindo a estratégia de preservar eventos históricos, explorar novos mercados e, em alguns casos, implementar modelos de rotação entre circuitos.
O Grande Prémio da Emília-Romanha, em Imola, disputou este ano a última corrida ao abrigo do contrato vigente, que termina em 2025, embora exista a possibilidade de renovação. Las Vegas, que regressou em 2023 com um traçado urbano pela famosa Strip, também tem contrato até 2025, mas existem planos para prolongá-lo por mais uma década.
Entre os eventos confirmados até 2026 estão Baku, Austin e Barcelona — este último mudará para Madrid a partir desse ano —, assim como Zandvoort, que se despedirá do campeonato, citando razões financeiras.
Singapura e México asseguraram a sua continuidade até 2028, enquanto Suzuka estendeu até 2029. O Brasil, a Áustria, Abu Dhabi, a Arábia Saudita e a China garantiram a sua presença até 2030. O Canadá, Monza, Mónaco e Spa-Francorchamps — este último num regime de rotação — têm acordos até 2031.
No horizonte um pouco mais distante, o Hungaroring e o GP do Qatar estão garantidos até 2032. Silverstone prolongou o seu compromisso até 2034, mantendo-se como referência histórica desde que recebeu a primeira corrida do campeonato, em 1950.
No topo da longevidade contratual surge o Bahrein, com acordo até 2036, seguido da Austrália, que assegurou a realização da prova até 2037 e voltará a abrir a temporada em várias ocasiões. O recorde absoluto pertence a Miami, que, após extensão assinada em maio de 2025, permanecerá no calendário até 2041, marcando um compromisso sem precedentes na história da Fórmula 1.
Grande Prémio
Contrato até ao final de
Grande Prémio da Emília-Romanha
2025
Grande Prémio de Las Vegas
2025
Grande Prémio dos Países Baixos
2026
Grande Prémio do Azerbaijão
2026
Grande Prémio dos Estados Unidos
2026
Grande Prémio de Singapura
2028
Grande Prémio do México
2028
Grande Prémio do Japão
2029
Grande Prémio do Brasil
2030
Grande Prémio de Abu Dhabi
2030
Grande Prémio da Arábia Saudita
2030
Grande Prémio da Áustria
2030
Grande Prémio da China
2030
Grande Prémio de Itália
2031
Grande Prémio da Bélgica
2031
Grande Prémio do Canadá
2031
Grande Prémio do Mónaco
2031
Grande Prémio do Qatar
2032
Grande Prémio da Hungria
2032
Grande Prémio da Grã-Bretanha
2034
Grande Prémio de Espanha (Barcelona/Madrid)
2035
Grande Prémio do Bahrein
2036
Grande Prémio da Austrália
2037
Grande Prémio de Miami
2041
Onde se pode encaixar Portugal?
Se a entrada acontecer em 2027, como anunciou o Primeiro-Ministro, as vagas mais prováveis surgem entre as provas com contratos a terminar: Países Baixos, Azerbaijão e Estados Unidos (Circuito das Américas). No entanto, o mercado norte-americano é estratégico para a F1 e o COTA deverá manter-se. O Azerbaijão consolidou-se como presença importante na região e também tem hipóteses de renovação.
O caso mais frágil parece ser Zandvoort. Apesar de muito procurado graças a Max Verstappen, enfrenta dificuldades financeiras e não conta com apoio governamental. Com custos que podem atingir 70 milhões de euros, os organizadores consideram insustentável manter o evento, abrindo potencialmente espaço para o regresso do Grande Prémio de Portugal. Outra hipótese é Imola, caso não haja renovação.
Concorrência e vantagens portuguesas
Portugal não é o único candidato: África do Sul e Tailândia também pretendem entrar no calendário, o que aumentará a disputa por vagas.
Entre os trunfos portugueses estão a meteorologia favorável, uma infraestrutura elogiada por pilotos e equipas, a experiência de organizar corridas em 2020 e 2021 — ambas em condições exigentes — e a reputação de eficiência das organizações nacionais. O Governo português já manifestou disponibilidade para investir, o que poderá ser decisivo.
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4 comentários
Pity
15 Agosto, 2025 at 11:19
Se, e é um grande “se” a F1 voltar a Portugal, entrará no futuro sistema de rotatividade.
O Azerbaijan carregado de petromoney e uma cidade em alta, vai deixar fugir o que Portugal não pode pagar…não parece nada!
O que pareceu, foi que o discurso no Allgarve tinha pinta de ser para epater les bourgeois, que se sentiram extasiados, especialmente os locais, a acharem que são ‘favas contadas’ e cash no bolso.
Pity
15 Agosto, 2025 at 11:19
Se, e é um grande “se” a F1 voltar a Portugal, entrará no futuro sistema de rotatividade.
F1 FOR FUN
15 Agosto, 2025 at 13:40
Concordo com a Pity. Até porque não temos €€€ para mais.
Mpabe Lyan
15 Agosto, 2025 at 19:22
Azerbaïdjan: Out
Portugal: In
Nrpm
15 Agosto, 2025 at 22:38
O Azerbaijan carregado de petromoney e uma cidade em alta, vai deixar fugir o que Portugal não pode pagar…não parece nada!
O que pareceu, foi que o discurso no Allgarve tinha pinta de ser para epater les bourgeois, que se sentiram extasiados, especialmente os locais, a acharem que são ‘favas contadas’ e cash no bolso.