F1: Projeto de Madrid pode não significar o adeus definitivo a Barcelona

Por a 23 Janeiro 2024 16:05

Stefano Domenicali, considerou que a proposta de Madrid para acolher, a partir de 2026, o Grande Prémio de Espanha um “verdadeiro exemplo da visão da Fórmula 1 de criar um espetáculo desportivo e de entretenimento”, indo de encontro ao objetivo dos detentores dos direitos comerciais do mundial, como tem vindo a acontecer noutras partes do globo. O responsável máximo da Fórmula 1, confirmou ainda que há discussões com o Circuito de Barcelona-Catalunha sobre o seu futuro, terminando o seu atual contrato com a competição em 2026, não significando que a prova na capital espanhola seja o fim de um evento naquele traçado. Mas também não se assume que possam existir duas corridas em Espanha. 

O rumo que Fórmula 1, sob liderança da Liberty Media e com Stefano Domenicali ao leme da competição, tem sido muito dirigida a novas provas fora do espaço europeu apostando noutros mercados, como nos territórios do Golfo Pérsico e dos Estados Unidos da América, com circuitos mais próximos das pessoas, que é como quem diz, citadinos em detrimento de permanentes.

No caso agora confirmado, a passagem do GP de Espanha para Madrid, Domenicali sublinhou, em declarações ao portal da F1.com, que o projeto mostra que a Europa quer investir na Fórmula 1 e que o evento terá em conta os “adeptos e toda a sua experiência” durante aqueles dias. Mas nada em relação à adição de mais um circuito citadino.

“É uma ótima notícia para a Fórmula 1, pois mostra mais uma vez que existe uma grande apetência em todo o mundo pelo nosso desporto”, disse Domenicali, acrescentando que “mostra que, numa altura em que a Europa é vista como um lugar que não está preparado para investir no nosso desporto, Madrid e outros” locais vão em sentido contrário. Em Madrid, Domenicali sentiu que “desde o primeiro dia, tem havido uma discussão aberta sobre o que este evento pode vir a ser”. 

Ao contrário do que deverá ocorrer em Itália, não seria  credível que Espanha pudesse receber duas provas em simultâneo, e tendo em conta o investimento e o nível do projeto de Madrid, os promotores da prova no Circuito Barcelona-Catalunha teriam de aumentar a ‘parada’ se quisessem manter a Fórmula 1 naquela pista. No entanto, a porta não se fechou por completo, até porque os números das audiências sobre o mercado espanhol subiram muito em comparação com anos passados. Este pode ser um ponto importante nas discussões que estão a ocorrer entre as duas partes e um forte argumento para os catalães, que como sabemos, já perderam antes os testes de pré-temporada para o Barém. 

“Para evitar dúvidas e para esclarecer, o facto de estarmos em Madrid não exclui o facto de podermos ficar em Barcelona no futuro”, disse o responsável da Fórmula 1. “Olhando para o futuro, há negociações em curso para ver se podemos realmente alargar a nossa colaboração com Barcelona, com quem temos uma relação muito boa, para o futuro”.

A relação é longa, uma vez que Barcelona tem sido presença assídua no calendário do mundial desde 1991, com testes incluídos durante alguns anos. O seu atual contrato vigora até 2026, um ano importante para a Fórmula 1, com a entrada em vigor de novos regulamentos e novos protagonistas, como a Audi e talvez a Andretti. 

Até ao final de 2026, a F1 também tem em vigor um acordo de transmissão televisiva de grande envergadura com o serviço de streaming DAZN, assinado recentemente.

Segundo os dados da própria F1, mais de 10 milhões de espectadores assistiram à transmissão do GP de Espanha de 2023, com um aumento significativo das visualizações dos conteúdos nas redes sociais e website da competição. Houve ainda um aumento brutal na audiência televisiva espanhola durante toda a temporada, reforçada pelos dois pilotos daquela nacionalidade que competem atualmente. Enquanto Fernando Alonso foi um dos protagonistas da temporada, principalmente com os pódios consecutivos na fase inicial da temporada, Carlos Sainz foi o único piloto não-Red Bull a triunfar durante o ano. 

“É um bom problema, ter várias cidades – algumas no mesmo país – a querer acolher um Grande Prémio. Isso mostra o valor da nossa proposta, mas temos de nos concentrar na razão do nosso sucesso e certificarmo-nos de que não somos complacentes”, avisou Stefano Domenicali.

Foto: David Ramos/Getty Images/Red Bull Content Pool

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