F1: Prioridade da Aston Martin é somar máximo de pontos, depois de sacrificar algumas corridas

Por a 14 Novembro 2023 11:52

A Aston Martin atravessou uma fase menos bem conseguida, estando na luta pelos lugares pontuáveis, ao contrário do que aconteceu com os adversários diretos no campeonato, tendo que sacrificar algumas corridas para experimentar novas configurações com os monolugares em regime de parque fechado saindo do pitlane, por exemplo. No entanto, depois do pódio de Fernando Alonso e do bom resultado de Lance Stroll no Grande Prémio de São Paulo, a equipa de Silverstone quer dar prioridade à conquista do máximo de pontos nas duas últimas provas da temporada, deixando num plano secundário o testar novas soluções para o projeto do monolugar de 2024.

Ainda no Brasil, o diretor de desempenho da Aston Martin, Tom McCullough, admitiu que as experiências realizadas pela equipa, principalmente em Austin e no México, foram “um pouco excessivas”.

Recordamos que em Austin, e depois de terem feito poucas voltas no único treino livre com evoluções em ambos os carros, a Aston Martin decidiu experimentar configurações diferentes em ambos os carros para perceberem se havia ganhos com o novo fundo introduzido. Na primeira prova das três consecutivas, apenas Lance Stroll somou pontos – foi sétimo classificado – uma vez que Fernando Alonso teve de abandonar, depois de na Sprint a equipa ter também terminado com um monolugar em pista – Stroll desistiu – mas fora dos pontos.

No México, uma semana depois de Austin, a Aston Martin substituiu o fundo do AMR23 de Stroll, os painéis dos flancos, a asa traseira, a ‘anti-roll bar’ e o material dos travões dianteiros. Todas as alterações foram efetuadas com o acordo da FIA para uma especificação diferente da usada originalmente, assim como foram efetuadas alterações na afinação da suspensão, mas com o carro em regime de parque fechado, voltando desta forma o piloto canadiano a ter de arrancar para o Grande Prémio da via das boxes, pela segunda vez consecutiva. Não correu bem, porque ambos os pilotos tiveram de abandonar a prova na Cidade do México. 

“Estamos realmente concentrados, nestas próximas corridas, em tentar obter o máximo de pontos possível, em vez de fazer muitos projectos de pesquisa e desenvolvimento vossa frente na pista”, explicou McCullough na conferência de imprensa em São Paulo, acrescentando, mais tarde ao Motorsport.com, que a sua equipa começou “a tentar fazer grandes testes e a compreender o que se passará no próximo ano, o que já fizemos e temos todos os dados em banco. É difícil fazer todo o trabalho de desenvolvimento, especialmente durante um evento com Sprint, não queremos começar a partir das boxes [alterando as especificações de um carro]. Introduzimos algumas peças, fizemos alguns testes”. O responsável da estrutura de Silverstone admitiu que, “em retrospectiva, talvez não tenha sido a coisa certa a fazer” durante dois fins de semana consecutivos, ainda que estejam “satisfeitos por termos um bom entendimento da forma de desenvolver o carro, o que é fundamental para o próximo ano”. 

O chefe de equipa, Mike Krack, explicou que queriam “aprender o mais possível para o próximo ano, mas, obviamente, depois sacrificamos um pouco os resultados”. Krack justificou as experiências em Austin e no México, porque era necessário combinar uma “série de peças”. “Os carros são muito complicados e é preciso compreender realmente as diferentes áreas, como interagem umas com as outras”, salientou. 

Agora, restando apenas duas corridas para o final da temporada e com 21 pontos de desvantagem para a McLaren e no quinto posto do mundial de construtores, o foco é somar o máximo de pontos.

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