F1: Porque Nico Hulkenberg não chegou mais longe? Nico Rosberg dá a resposta

Por a 2 Janeiro 2025 10:37

Nico Rosberg acredita que a falta de “inteligência social” e a tendência de Nico Hulkenberg para “queimar pontes” com os diretores de equipa prejudicaram a sua carreira na Fórmula 1, apesar do seu talento.

Rosberg considera “inacreditável” que Hulkenberg, outrora considerado uma das melhores promessas nas categorias júnior, detenha o recorde de maior número de corridas de F1 (227 até agora) sem um lugar no pódio.

As oportunidades perdidas por Hulkenberg, como a pole position no Brasil em 2010 e o Grande Prémio da Alemanha de 2019, evidenciam o seu potencial não realizado. Embora Rosberg reconheça os fortes desempenhos de Hulkenberg em qualificação e o seu ressurgimento na Haas, sugere que a inconsistência na corrida e os problemas de relacionamento com responsáveis de equipa limitaram as suas hipóteses em equipas de topo.

“É inacreditável que Nico Hulkenberg nunca tenha subido ao pódio”, disse Rosberg à Sky Sports F1. “Ele era o maior talento da Fórmula 3, Fórmula 2, e mostrou vislumbres de génio absoluto na Fórmula 1. Mas, de alguma forma, nunca correspondeu a essa expetativa, exceto este ano, maximizando o carro o tempo todo. Na qualificação, dir-se-ia que ele é um dos melhores de toda a grelha este ano, tem sido fantástico de ver. É claro que, por vezes, ainda há pontos de interrogação sobre o seu ritmo de corrida e a sua habilidade, mas mesmo aí, este ano, ele tem-se saído bem.”

Rosberg rejeita a noção de má sorte, argumentando que os pilotos criam as suas próprias oportunidades. Ele apontou as dificuldades de Hulkenberg contra Daniel Ricciardo na Renault como prova das suas fraquezas, contrastando-as com as dificuldades posteriores da carreira de Ricciardo. Em última análise, Rosberg acredita que Hulkenberg não correspondeu às expetativas devido a inconsistências de desempenho e oportunidades estratégicas perdidas.

“Se mostrares que és um dos melhores, vais para o carro da sorte, e ele nunca o mostrou”, explicou o piloto de 39 anos. “Além disso, ele não era o melhor socialmente. Falo de inteligência social, trabalhar com os chefes de equipa para se colocar na posição certa, porque ele queimou algumas pontes no início da sua carreira – isso era uma coisa que ele poderia ter feito melhor. E a outra coisa é que, às vezes, ele teve essas fases em que simplesmente não era bom o suficiente, como Daniel Ricciardo vencendo-o na Renault de forma justa. Vejam onde está o Daniel Ricciardo. Acontece que ele também não era o melhor”.

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14 comentários

  1. Cágado1

    2 Janeiro, 2025 at 11:52

    Porque é que o Rosberg não fala do facto de o Hulk ter batido o Sainz na Renault?… Dava-lhe cabo da teoria.

  2. Pity

    2 Janeiro, 2025 at 12:07

    Verdade seja dita, o Hulkenberg, na maior parte da carreira, não teve carro para subir ao pódio. Lembro-me apenas de uma vez em que podia tê-lo feito, mas estragou tudo com um despiste, só não me recordo em que corrida.

    • Cágado1

      2 Janeiro, 2025 at 14:05

      As duas maiores hipóteses de que me lembro, foram corridas com condições mistas:

      Brasil 2012, Force India, espetou-se no Hamilton ao tentar recuperar a liderançaAlemanha 2018, Renault, foi um dos muitos pilotos a ser apanhado na ratoeira da pista de dragster de Hockenheim

      • Danny Ric Fan Club

        2 Janeiro, 2025 at 14:58

        *2019.

        • Cágado1

          2 Janeiro, 2025 at 16:25

          Tens razão. Em 2018 tb esteve em lugar de pódio, mas perdeu-o quando a pista secou. Foi em 2019 que foi um do muitos a bater na curva 16.

      • Pity

        2 Janeiro, 2025 at 15:48

        Não me referia a essa do Brasil, isso tenho a certeza, foi uma em que ele se despistou sozinho, mas também ando numa de mandriice e não me apetece ir ler os meus apontamentos de épocas passadas, tenho uma vaga ideia de que foi nos tempos da Renault, mas só isso. Se fosse de algum dos meus favoritos, de certeza que a minha memória estaria melhor 😉

        • Cágado1

          2 Janeiro, 2025 at 16:23

          Outra que eu me lembro foi em Baku 2018, tb com Renault, em que ia em 5º quando bateu. O Vettel e Bottas que iam à frente dele tiveram problemas e com jeitinho poderia ter ido ao pódio.

    • Danny Ric Fan Club

      2 Janeiro, 2025 at 14:58

      Não é verdade. Teve carro para subir ao pódio. Enquanto estiveram ambos na Force India, o Pérez foi seis vezes ao pódio contra as zero do Hülkenberg.

      • Cágado1

        2 Janeiro, 2025 at 16:12

        *Só 4 foram quando estavam os 2 na Force India. Dizer que o Force India era um carro para lutar pelo pódio é um overstatement. Sim, o Pérez conseguiu e o Fisichella tb, mas isso não faz dele um concorrente natural ao pódio.

        • Danny Ric Fan Club

          2 Janeiro, 2025 at 18:05

          Sim, tens razão. Dois dos pódios do Pérez na Force India foram com um companheiro de equipa diferente. Mesmo assim, não deixa de ser flagrante a falta de desempenho do Hulk. Se fosse um jogo de futebol, teria perdido para o Pérez por 4-0 – o que, segundo os filósofos da bola, constitui uma «goleada».

          • Cágado1

            2 Janeiro, 2025 at 18:41

            Mas como os pódios não dão pontos, se virmos os 3 anos do par na Force India, o Pérez ganha 2×1, ou, considerando os 3 anos 1 só ‘jogo’ o resultado foi 238×226 para o Mexicano – o que é um resultado perfeitamente equilibrado. (Como saberás, eu gosto dos 2, preferi ligeiramente o Pérez, mas a distância entre ambos não é assim tão grande. Essa é que é essa!). O Hulk fez o grande erro de sair da Force India para a Sauber, quando estava em ascensão e teve dificuldade em recuar, para recuperar dele, enquanto o Pérez soube aprender com humildade do erro McLaren e ser ainda mais forte. Vamos ver se a história a 2 ainda tem mais capítulos, ou acabou por aqui.

          • Danny Ric Fan Club

            2 Janeiro, 2025 at 21:59

            «Os pódios não dão pontos».
            A sério? Da última vez que vi um GP, a vitória (lugar cimeiro do pódio nesse longínquo ano de 2024) «dava» 25 pontos. O segundo lugar – que, nessa era, conferia direito a subir ao pódio – rendia 18 pontos; e o terceiro lugar, que era o degrau mais baixo do pódio, atribuía 15 pontos. Um rápido raciocínio aritmético permitiu-me concluir que, como o quarto lugar apenas conferia 12 pontos e todos abaixo desse são gradualmente menos pontuados, os lugares do pódio «dão» pontos. Mas isto, repito, era num passado longínquo… ou talvez na minha imaginação.
            Quanto a nossa vexata quaestio, eu comecei a interessar-me pela carreira do Nicolas Hülkenberg em 2007, quando foi terceiro na F3 Euroseries e era piloto de testes e reserva da Williams. Tinha enormes expectativas quando chegou à F1, mas nada correu como se poderia esperar de um piloto que foi campeão em todas as categorias em que competiu. Foi sistematicamente batido pelo Rubens Barrichello, o que já de si era mau sinal, mas percebi que o Hulk era um flop completo no GP de Itália desse ano, quando reparei que era incapaz de fazer a mesma curva duas vezes da mesma maneira: ou travava demasiado cedo ou demasiado tarde, as trajectórias eram erráticas e imprecisas e o ritmo era inconstante. Os seus bons momentos foram sempre raros. Ainda por cima, descubro com esta entrevista que, apesar de o autosport.pt o tratar como «o simpático alemão», é um tipo de maus fígados e ressentimentos, uma espécie de Fernando Alonso com mais piadas e menos talento (se é que se lhe pode atribuir algum talento, a não ser o de amealhar uns pontitos de vez em quando).

          • Cágado1

            3 Janeiro, 2025 at 21:18

            Pódios não dão pontos. O que dá pontos é a classificação – independentemente de subir ao pódio ou não. Essa de contar 4×0, pq subiu 4 vezes ao pódio e o outro não, é uma ideia reminiscente do sistema de medalhas que o ‘Tio Bernie’ quis pôr na F1. 3 4ºs ludares, por ex, dão os mesmo pontos que 2 2ºs – acho que até tu sabes isso, por muito que faças para torcer as coisas ao teu jeito.
            Eu segui o Hulk desde a A1GP (1 ano antes de ti), tb eu tinha enormes esperanças nele e tb eu fiquei decepcionado quando levou no côco do Barrichello – mas como sempre achei o brasileiro subvalorizado, não foi isso que me fez perder esperança no Hulk. O que se seguiu não esteve à altura do esperado, mas não precisas passar a vida a inventar para o deitar abaixo. Já agora, ganhar Le Mans à 1ª, num ano em que houve competição a sério, não é para todos.

          • Cágado1

            3 Janeiro, 2025 at 21:28

            Pódios não dão pontos. O que dá pontos é a classificação – independentemente de subir ao pódio ou não. Essa de contar 4×0, pq subiu 4 vezes ao pódio e o outro não, é uma ideia reminiscente do sistema de medalhas que o ‘Tio Bernie’ quis pôr na F1. Felizmente, 3 4ºs ludares, por ex, dão os mesmo pontos que 2 2ºs – acho que até tu sabes isso, por muito que faças para torcer as coisas ao teu jeito.
            Eu segui o Hulk desde a A1GP (1 ano antes de ti), tb eu tinha enormes esperanças nele e tb eu fiquei decepcionado quando levou no côco do Barrichello – mas como sempre achei o brasileiro subvalorizado, não foi isso que me fez perder esperança no Hulk. O que se seguiu não esteve à altura do esperado, mas não precisas passar a vida a inventar para o deitar abaixo. Já agora, ganhar Le Mans à 1ª, num ano em que houve competição a sério, não é para todos.

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