F1: Pirelli explica “tempestade perfeita” que derrotou a Ferrari
Para que se perceba um pouco melhor a complexidade de um Grande Prémio de Fórmula 1, nos dias de hoje, há que ficar a conhecer a explicação dada pela Pirelli relativamente à forma como a Ferrari perdeu para a Mercedes o GP de Itália. Segundo Mario Isola, Diretor de Corrida da Pirelli, tudo se deveu a uma “tempestade perfeita” de circunstâncias que colocaram dificuldades adicionais às equipas e sem estas terem a informação toda, algumas forma surpreendidas, e acima de todas elas a Ferrari.
Todos se lembram que a primeira sessão de treinos livres ficou marcada pela chuva, e também todos se recordam que o segundo treino livre ficou marcado pelo acidente de Marcus Ericsson e pela consequente bandeira vermelha que cortou tempo à sessão. E está aqui parte da explicação do sucedido como refere Mario Isola ao Motorsport: “Com a chuva de sexta-feira, as equipas tiveram que concentrar todo o seu trabalho no carro no segundo treino livre, mas aí houve o acidente de (Marcus) Ericsson, pelo que as equipas tiveram apenas uma hora para testar o carro em formato de qualificação, e também procurar rodar stints mais longos com o carro pesado e o tanque cheio. Mas só conseguiram fazer no máximo 10 voltas, tentando daí extrapolar o que poderia acontecer depois, mas isso não é linear” começou por dizer Isola.
E neste contexto, Kimi Raikkonen foi o piloto a quem se notou mais o desgaste dos pneus, porque rodava à frente e porque isso decidiu-lhe o destino da corrida. Especialmente prejudicado na corrida por causa das circunstâncias únicas que enfrentou. E o facto da Ferrari não ter ‘treinado’ muito com os pneus macios, confiando neles, foi-lhes fatal…
Repare-se que enquanto Raikkonen rodou 23 voltas com pneus super macios, Hamilton colocou 31 voltas nos pneus e quando passaram para os macios, que foram até ao fim da corrida, o finlandês terminou-a com 33 voltas nos seus pneus enquanto Hamilton só tinha 25, e isto fez toda a diferença na fase decisiva da contenda. Basta ter visto como os pneus traseiros do Ferrari de Raikkonen terminaram…
Como se não bastasse, o finlandês teve que se defender muito tempo de Hamilton e antes, Bottas serviu de tampão ao piloto da Ferrari, que saiu da sua boxe quatro segundos na frente de Hamilton, que o inglês recuperou num instante graças ao colega. Foi um fantástico jogo de equipa: “O composto macio é mais propenso a bolhas devido ao baixo desgaste, e como o pneu se desgasta pouco, isso resulta no maior aquecimento do pneu, e o resultado desse aquecimento suplementar são bolhas. Quando se segue de perto o carro da frente (como aconteceu com Raikkonen face a Bottas) os carros perdem apoio aerodinâmico e isso tem que ser compensado nos pneus, com estes a deslizarem mais”. Portanto, como se percebe, foram as circunstâncias da corrida a definir a derrota da Ferrari. E claro, o erro de Vettel, pois com o alemão naquela luta (mesmo que ficasse em terceiro após Della Roggia) as coisas poderia ter sido bem diferente. Mas não foram…
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