F1: Os pilotos que mais esperaram por uma vitória

Por a 27 Dezembro 2022 11:00

A primeira vitória na Fórmula 1 é sempre a mais importante, além do facto de ser o concretizar o sonho para qualquer piloto, tira um pouco a pressão para se ter sucesso, permitindo abordar as próximas corridas com mais confiança. No entanto, por vezes a primeira vitória demora a chegar e há até quem nunca o consiga. Recordamos aqui os dez pilotos que mais tempo esperaram para levantar o troféu do primeiro lugar no pódio da Fórmula 1.

BOUTSEN Thierry, 95 Grandes Prémios

Thierry Boutsen iniciou a sua carreira na Fórmula 1 em 1983 aos comandos de um dos monolugares da Arrows e continuou na equipa até ao final de 1986, quando ocupou o lugar de piloto na recém criada Benetton e regressou a pilotar um carro movido com o motor Ford-Cosworth que tinha experimentado na Arrows antes de ser trocado pelo BMW, mas desta vez a versão V6 Turbo. Apenas em 1989, no Grande Prémio do Canadá, quando já era piloto da Williams é que o piloto belga venceu a sua primeira corrida na F1, tendo arrancado do sexto lugar da grelha de partida. Foram 94 provas sem vencer, mas depois da vitória em Montreal, Boutsen voltou a triunfar por duas vezes: no mesmo ano na Austrália e em 1990 na Hungria, sempre com um Williams.

HAKKINEN Mika, 96 Grandes Prémios

Mika Häkkinen foi bicampeão do Mundo de Fórmula 1, triunfando em 1998 e 1999, mas realizou 95 Grande Prémios sem atingir a vitória. Foi na última prova da temporada de 1997 no Grande Prémio da Europa, no Circuito Jerez de la Frontera, que Häkkinen subiu ao pódio no lugar mais alto, tendo tido uma boa oportunidade anteriormente – 1º Grande Prémio do Luxemburgo no Circuito de Nürburgring – com a conquista da Pole Position, mas que não aproveitou devido a um problema de motor que o obrigou a desistir.

Depois desta vitória, somaria mais 19 triunfos na Fórmula 1 e inscreveu o seu nome como Campeão do Mundo.

FISICHELLA Giancarlo, 107 Grandes Prémios

Só ao final de 107 Grandes Prémios é que Giancarlo Fisichella venceu na Fórmula 1 (GP do Brasil de 2003, aos comandos do monolugar da Jordan). O piloto italiano iniciou-se na F1 em 1996 com a equipa do seu país, Minardi. Pilotou ainda pela Benetton, Sauber, Renault, Force India e Ferrari, mas foi na Jordan onde atingiu o primeiro triunfo na competição. Voltou a vencer por mais duas vezes, ambas com carros da Renault, em 2005 na Austrália e em 2006 na Malásia. Giancarlo Fisichella é o 14º piloto com mais Grandes Prémios disputados na Fórmula 1.

ROSBERG Nico, 111 Grandes Prémios

Mais um Campeão do Mundo de F1 nesta lista. Rosberg abandonou a carreira no automobilismo no final de 2016, a mesma temporada em que conquistou o cetro mundial, depois de duas épocas consecutivas como vice-campeão, atrás do seu grande rival e companheiro de equipa, Lewis Hamilton.

Senhor de 23 vitórias na Fórmula 1, todas aos comandos dos carros da Mercedes, Nico Rosberg subiu ao primeiro lugar do pódio pela primeira vez no Grande Prémio da China de 2012, tendo sido preciso 110 provas sem pontuar.

BUTTON Jenson, 113 Grandes Prémios

Estreou-se em 2000 pela Williams e foi apontado como uma das grandes esperanças do Reino Unido na Fórmula 1. Teve uma carreira de altos e baixos nos primeiros anos, mas acabou por ser um dos rostos da BAR-Honda e mais tarde da McLaren, além de ter conquistado um título mundial com a Brawn GP em 2009.

Com 306 Grandes Prémios realizados, Jenson Button conquistou um total de 15 vitórias na Fórmula 1, começando em 2006 no GP da Hungria, a sua 113ª corrida.

TRULLI Jarno, 117 Grandes Prémios

Mais um piloto italiano que entrou na F1 pelas mãos da Minardi. Jarno Trulli, no entanto, esteve pouco tempo na estrutura italiana, passando a meio da temporada de 1997 para a Prost. Na F1, onde esteve até 2011, sem interrupções, fez 252 GP, tendo sido também piloto da Jordan, da Renault, da Toyota e da Lotus. Porém, apenas venceu uma prova, o GP do Mónaco, em 2004, que liderou desde a ‘pole position’. Abandonou no final da época de 2011 e faz ainda parte dos “36 magníficos que ganharam só uma vez na F1”

BARRICHELLO Rubens, 124 Grandes Prémios

Um dos pilotos mais carismáticos do paddock da Fórmula 1 até terminar a carreira em 2011, Rubens Barrichello venceu 11 corridas desde a sua estreia na África do Sul em 1993, mas apenas ao 124º GP é que triunfou pela primeira vez. Já na Ferrari, depois de ter passado pela Jordan e Stewart – ainda foi piloto da Honda, Brawn GP e Williams antes de terminar a carreira – Barrichello carimbou a vitória no GP da Alemanha em 2000.

WEBBER Mark, 130 Grandes Prémios

Foi apenas ao 130º Grande Prémio da carreira que Mark Webber triunfou. O Circuito de Nürburgring foi o palco do Grande Prémio da Alemanha de 2009, quando Webber, aos comandos do Red Bull, bateu o seu companheiro de equipa e “miúdo-maravilha” da equipa austríaca Sebastian Vettel. Voltou às vitórias ainda nessa temporada, no Brasil, terminando a carreira na F1 em 2013 com um total de 9 vitórias.

SAINZ Carlos, 150 Grandes Prémios

Filho do lendário campeão de ralis com o mesmo nome, Carlos Sainz subiu ao lugar mais alto do pódio em 2022 no Grande Prémio da Grã-Bretanha com um Ferrari. Foram 149 corridas, passando por equipas como Toro Rosso, Renault e McLaren, até vencer. Com 28 anos de idade, a Ferrari e os tifosi esperam mais vitórias do piloto espanhol nas próximas temporadas.

PÉREZ Sergio, 190 Grandes Prémios

Sergio Pérez passou dois anos na Sauber até que Ron Dennis o contratou para a McLaren numa altura (2013) em que a equipa britânica já não lutava pelos títulos mundiais. Foi um erro tremendo para o piloto mexicano, que ficou quase de fora da Fórmula 1, mas encontrou uma solução para se manter na competição na Force India. Aí conquistou o respeito dos adeptos e mostrou que era um piloto fiável. Com a venda da Force India a um fundo de investimento liderado pelo canadiano Lawrence Stroll, Pérez ficou sem espaço na equipa, que passou a designar-se Racing Point. Encontrou de novo um lugar na Red Bull, um passo surpreendente tomado pela estrutura austríaca, que normalmente não escolhia um piloto de fora do seu programa de formação. Mas foi na penúltima corrida (GP de Sakhir de 2020) com as cores da Racing Point que surpreendentemente Sergio Pérez alcançou a sua primeira vitória da carreira, ultrapassando 189 GP’s sem alcançar o triunfo. Já na Red Bull, Pérez conquistou mais 3 triunfos, podendo somar mais nas próximas épocas.

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2 Comentários
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joaolima
joaolima
1 ano atrás

Desta lista, há 3 que mesmo tendo esperado mais tempo pela sua primeira vitória, ainda se sagraram campeões mundiais.

Lisboa
1 ano atrás

Hoje em dia e tendo em conta o número crescente de GPs disputados por ano, é bem possível um piloto vir a ter de esperar bem mais que a espera que fez o Sérgio Perez.

Espero que o Lando não chegue a tanto tempo à espera, seria cruel.

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