F1: O Top 5 de 2019

Por a 5 Dezembro 2019 15:30

Com o fim da época 2019 é tempo de fazer alguns balanços. Em 2019 tivemos boas corridas, boas lutas em pista e fora dela. No fundo foi uma boa colheita, a qual só faltou uma luta pelo título mais renhida.

Com mais pontos positivos do que negativos a referir desta época, é justo dar destaque aos que mais brilharam este ano. Este é então o meu top 5 de 2019, escolha meramente pessoal:

#1 – Lewis Hamilton

Inevitavelmente, Lewis Hamilton teria de estar nesta lista. O piloto britânico somou mais um título, o sexto da sua carreira e voltou a fazer uma época brilhante. Conquistou 413 pontos, 11 vitórias, cinco poles, 17 pódios, 511 voltas na liderança e o único a completar as 1262 voltas agendadas para 2019. Não terá sido um ano tão bom quanto o de 2018, e a sua performance em qualificação ficou um furo abaixo do que vimos no ano passado, mas em compensação, Hamilton esteve intratável aos domingos. Foi regular, inteligente, atacou e defendeu nos momentos certos e voltou a mostrar porque é um dos melhores de sempre. Começam a faltar adjetivos para o que faz Hamilton em pista. Pode não gostar-se da postura, dos pontos de vista e opiniões, até da sua mensagem, mas dentro de um F1, Hamilton continua a ser o melhor da actualidade e não parece mostrar sinais de querer abrandar.

#2 – McLaren

Se em 2012 me dissessem que a McLaren se iria arrastar pelo fundo da tabela durante quatro anos, provavelmente iria achar essa previsão disparatada. Mas também nessa altura não acreditaria no regresso de Fernando Alonso, na saída de Ron Dennis e nas trapalhadas que a parceria com a Honda trouxe. No fundo, para os apreciadores da equipa de Woking o período de 2013 até a actualidade parece ser mais uma visão de um mundo paralelo que até 2012 poucos achariam possivel existir. 2018 foi um ano duro para a equipa, pois foi o ano do maior banho de humildade dos últimos tempos, e do maior golpe no ego da equipa, na sua história recente. A McLaren aprendeu da pior forma que tinha de mudar, que a culpa de quatro anos negros foi em grande parte sua e que para chegar ao topo teria que se reinventar. Zak Brown tratou da reestruturação, foi buscar nomes sonantes como James Key e Andreas Seidl e viu partir Alonso, cansado de lutar por migalhas. Contratou Carlos Sainz, promoveu a jovem promessa Lando Norris e admitiu que o caminho a percorrer seria longo e duro. Ninguém esperou ver frutos tão depressa. Em 2019 voltamos a ver sorrisos na McLaren, voltamos a ver esperança e, espantosamente, voltamos a ver a equipa no pódio. Foi uma evolução tremenda, de uma equipa que melhorou em praticamente todos os aspectos, sendo o mais visível a performance do carro, que ganhou mais de 2 seg. em comparação com o andamento do ano anterior, um ganho quase absurdo em tão pouco tempo. A McLaren merece destaque pelo salto que deu, pela conquista do troféu virtual da melhor equipa do “campeoanto B”, pela reformulação que colocou a equipa no rumo certo.

Também os pilotos merecem destaque. Carlos Sainz facilmente entra no top 3 dos melhores pilotos de 2019 e fez uma época estupenda, a melhor da sua carreira. Sainz provou o seu talento e provou que é a solução, quando muitos duvidaram disso no inicio do ano, eu incluído. Lando Norris foi também destaque pelo talento que mostrou em pista e pela postura fora dela. A descontração misturada com a timidez de um miúdo de secundário trouxe mais vida e cor à F1, mas provou também que o seu talento é real. Há muito trabalho a ser feito ainda, mas a McLaren pode estar orgulhosa do que fez este ano, assim como os pilotos.

#3 – Max Verstappen

Max Verstappen voltou a ser uma das estrelas da F1. Em 2018 viu Daniel Ricciardo vencer no Mónaco, depois de mais um erro. A frustração foi grande, mas permitiu que subisse um degrau e melhorasse como piloto. Desde essa corrida que Verstappen tem mostrado além do talento que todos lhe reconhecem, mais maturidade e mais inteligência em pista, sem perder o instinto matador e a irreverência. Muito se falou da sua atitude nas últimas corridas, a lembrar a falta de maturidade dos primeiros tempos na Red Bull, mas é difícil apontar o dedo a um piloto que não tinha nada a perder nesta fase. Verstappen provou que tem agora capacidade para lutar por títulos. Fez uma boa época e em 2020, com o carro certo, dará dores de cabeça a Hamilton.

#4 – Charles Leclerc

O primeiro ano de Leclerc na Ferrari foi muito bom. A Scuderia raramente apostava em jovens talentos, mas apostou no monegasco e tal revelou-se acertado. Ficou em quarto lugar no campeonato, foi o piloto com mais poles este ano (7), conquistou duas vitórias, uma delas de sonho, perante os tifosi, em Monza, e bateu o pé a um tetracampeão do mundo. Não foi a época perfeita, e não podemos esquecer alguns erros comprometedores, mas Leclerc soube lidar com a pressão da Ferrari, do seu colega de equipa e mostrou ao mundo que tem tudo para ser uma estrela do futuro.

#5 – Os estreantes de 2019

Em 2019 vimos chegar Lando Norris, Alex Albon e George Russell. E os três deram muito boa conta de si este ano. Pessoalmente, acredito que este trio teve um excelente ano de estreia e que têm motivos para estar orgulhosos. Norris, como foi acima dito, trouxe talento, irreverência e alegria. É um excelente piloto, a quem falta ainda algum nervo nas lutas com outros pilotos. Tem de ser mais duro em certas ocasiões, mas mostrou que tem potencial para voar alto. George Russell teve poucas oportunidades para brilhar e, injustamente, foi o único a não pontuar. Mas a sua postura foi irrepreensível e mostrou, quando pôde, o seu talento. Irá brilhar ainda mais num carro competitivo. Por fim Alex Albon teve um ano quase surreal. De quase certo na Fórmula E, agarrou a oportunidade na Toro Rosso e seis meses depois entrava na Red Bull onde assegurou o lugar para 2020. Foi um ano difícil, em que teve de se adaptar depressa, mas conseguiu fazê-lo muito bem e não cedeu à pressão ou ficou deslumbrado com a velocidade da sua evolução. Para quem há 12 meses atrás nunca tinha estado ao volante de um F1, estar agora numa equipa candidata ao título em 2020 parece um sonho, mas Alon conseguiu manter-se bem acordado e agarrou as oportunidades.

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