F1: O ressurgimento da McLaren

Por a 24 Junho 2019 13:00

Ainda estamos longe de ver a McLaren dos “velhos tempos” que lutava por vitórias e por títulos. Mas estamos mais perto do que estávamos há um ano atrás.

O fiasco de 2018, em que supostamente seria o ano do regresso aos bons resultados, mas que afinal não passou de um sério aviso que algo precisava mudar, foi o catalisador para uma mudança profunda na equipa de Woking.

Zak Brown entendeu que devia mudar muita coisa e que o funcionamento da equipa estava longe de ser ideal. A primeira fase da reestruturação foi interna, mas o líder da equipa tratou de ir buscar pessoas de grande valia que poderão acrescentar muito. James Key, Andreas Seidl e o próprio Pat Fry, são três nomes de qualidade reconhecida e que ajudarão muito à evolução da equipa, mas este ressurgimento deve-se ao trabalho de casa feito por Brown, e mostra bem a qualidade do staff que a McLaren tem ao seu dispor. Apenas com soluções internas numa primeira fase, a equipa reorganizou-se, analisou friamente os pontos fortes e fracos e tratou de mudar o que devia ser mudado.

O resultado é uma equipa muito melhor, mais capaz, com um carro mais competitivo e acima de tudo, com um espírito de equipa mais vivo. A McLaren era uma equipa algo cinzenta com uma postura fria, muito graças à visão perfeccionista de Ron Dennis. Agora há mais fogo, há mais vida, graças à postura de Brown, que faz questão de agradecer à equipa, aos pilotos, ao pessoal que trabalha na fábrica. A reacção no final da qualificação mostra isso mesmo. Há mais vida, mais cor na equipa, uma atitude mais positiva.

A McLaren bateu no fundo, e demorou até perceber que tinha de mudar. Mas percebeu e agora tem dado passos muito interessantes. A presença de Fernando Alonso e a necessidade de ter resultados imediatos também prejudicou o processo mas agora sem o espanhol, a pressão diminuiu e os resultados estão à vista. Um crescimento sustentado que se nota até em pequenos pormenores como as paragens nas boxes. A McLaren teve a melhor corrida do ano até agora, e o resultado poderia ser muito melhor não fosse o azar de Lando Norris, que teve problemas no sistema hidráulico. Mas até a dupla de pilotos que parecia ser demasiado jovem para o que a equipa precisava, tem mostrado qualidade e capacidade para lutar por mais do que o meio da tabela. Ainda não é a McLaren que todos desejam… mas o caminho para esse sucesso parece ter sido encontrado.

A mudança tem um rosto. Para o bem e para o mal Zak Brown ficará ligado de forma bem vincada aos sucessos e insucessos da equipa nos próximos anos. Para já parece estar a fazer um bom trabalho apesar de ter demorado a entender os problemas e de ter dado demasiada importância a Alonso (um pecado que foi novamente visível na Indy). Brown disse que seriam precisos cinco anos para voltar a ver a McLaren lutar por títulos. Só o tempo dirá se a previsão estava certa.

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