F1: O regresso à Catedral da Velocidade

Por a 5 Setembro 2019 14:36

O GP de Itália é sempre um momento especial para a F1. A paixão dos adeptos italianos pelo desporto motorizado e pela Ferrari tornam esta corrida num evento ainda mais especial.

Será a 69ª prova no Autódromo Internacional de Monza, a Catedral da Velocidade, baptizada pelas velocidades que se atingem e a velocidade média de cada volta. Monza viu 36 vencedores diferentes e 37 detentores da pole position.

Michael Schumacher e Lewis Hamilton são os pilotos que mais vezes venceram em Monza (cinco vezes) e Rubens Barrichello o piloto seguinte com mais sucesso (três vezes). A Ferrari é, de longe, a equipa com mais vitórias em Monza, com 18 triunfos, contra 9 da McLaren e 7 da Mercedes. A pole position “deu” a vitória por 24 vezes.

A Ferrari chega a Monza com a moral em alta, depois de finalmente ter conseguido vencer em 2019. O fim de semana de Spa deu-nos uma Scuderia forte e sem cometer grandes erros, o que permitiu finalmente vencer. O triunfo vem no momento certo e em Monza a equipa quererá manter o bom momento. A filosofia do carro encaixa de forma perfeita nas necessidades para a pista italiana e até poderíamos ser levados a pensar que a Ferrari queria vencer em casa a todo o custo no ano em que festeja os 90 anos da criação da marca. Charles Leclerc está em destaque depois da sua primeira e emocionante vitória em Spa e é visto como o favorito à vitória, depois de mais uma prestação algo cinzenta de Sebastian Vettel que não consegue encontrar o ritmo certo para se destacar.

A Mercedes tem a questão do título praticamente assegurada e em Monza deverá apenas “limitar os danos”, o que em Spa resultou no segundo e terceiro lugar. O ritmo de corrida dos Flechas de Prata foi muito bom e por pouco Hamilton não chegava a Leclerc. Apesar da vantagem teórica da Ferrari a Mercedes tem de ser sempre tida em conta na luta pela vitória. Hamilton dá-se bem com os ares de Itália e o seu momento de forma faz dele um crónico candidato. Já Valtteri Bottas mantém o mesmo registo constante mas pouco entusiasmante.

Para a Red Bull não deverá ser um fim de semana tão positivo. A exigência nas Unidades Motrizes e a penalização a Max Verstappen serão factores que afectarão o fim de semana da equipa, que teve um regresso de férias menos conseguido, com Verstappen ficar fora de prova sem completar uma volta sequer. Já Alex Albon começou da melhor maneira a sua aventura na Red Bull com uma excelente recuperação tendo largado da 17ª posição da grelha para terminar em quinto. Um bom resultado que tira alguma pressão e permite encarar esta próxima prova com mais confiança.

Nas lutas no meio da tabela tudo está em aberto. A McLaren ficou a zeros pela quarta vez este ano, de forma injusta pois Carlos Sainz e Lando Norris tiveram problemas técnicos que os impediram de lutar por pontos. O ritmo da McLaren foi interessante e embora não seja favoritos para Monza, poderão ter uma palavra a dizer na luta pelo top 10.

Racing Point e Alfa Romeo poderão ter alguma vantagem pois as unidades motrizes permitem ambicionar algo mais. A Racing Point introduziu melhorias no final da primeira metade e apresentou-se ambiciosa para esta segunda metade. O ritmo em Spa animou e a equipa parece ter argumentos para estar na lutar por bons pontos, tal como a Alfa Romeo, que a jogar “em casa” e com o poderoso motor Ferrari, quer dar uma alegria aos fãs. Nestas equipas, Sergio Pérez e Kimi Raikkonen são os destaques pois Lance Stroll e especialmente Antonio Giovinazzi não parecem ter vindo de férias na melhor das formas. O italiano tem mesmo o seu lugar em risco devido às fracas exibições até agora.

Do outro lado da balança estão a Williams, que continua a sua evolução mas que ainda está longe da concorrência e a Renault que voltou a ter um fim de semana fraco em Spa. A equipa francesa continua a desiludir e os problemas na unidade motriz continuam, com a McLaren a pagar caro por isso na última prova. Haas e Toro Rosso são as incógnitas, embora do lado da equipa americana se espere um fim de semana difícil como foi em Spa (as pistas tem características muito semelhantes) e a Toro Rosso, com um Daniil Kvyat em forma, poderá ser uma das boas surpresas.

Desde o GP de Franças que temos visto corridas muito boas, animadas e com excelentes lutas. Monza deverá reunir todos os ingredientes necessários para que tal se repita, naquela que é a última ronda em solo europeu.

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